27/08/2012



 
Curso Prático de Evangelismo
Parte I   - PRÁTICA
Parte II  - INTEGRAÇÃO OU DISCIPULADO
Parte III - MOTIVOS E AUTORIZAÇÃO
Parte IV - REQUISITOS PARA O EVANGELISMO
 
 
 
Curso Prático de Evangelismo - Parte 1
1. O Propósito de Deus – Ele tem chamado do mundo um povo para si, enviando-o novamente ao mundo, para fazer discípulos de todas as nações. (Mt 25.19; Jo 20.21; At 15.14;)
2. A Autoridade da Bíblia – Como inerrante e infalível Palavra de Deus, afirmamos o poder das Escrituras Sagradas para efetuar o propósito de Deus na salvação do homem. (Rm 1.16; 2 Tm 3.16)
3. A Universalidade de Cristo – Afirmamos que só existe um salvador e um só Evangelho, embora haja uma variedade de maneiras de se realizar a obra de evangelização do mundo. (Jo 4.42; At 4.12)
4. A Natureza da Evangelização – Evangelização em si é a proclamação do Cristo bíblico e histórico como Salvador e Senhor, com o propósito de persuadir os homens, para que por intermédio Dele se reconciliem com Deus. (At 20.47; 2 Co 5.11, 20)
5. A Responsabilidade Social Cristã – “A fé sem obras é morta”, embora a reconciliação do homem com o homem, não signifique a reconciliação deste com Deus, nem ação social, evangelização, afirmamos que ambos são parcelas do nosso dever cristão. (Gn 1.26-27; Lc 6.27,35; Tg 2.14-26)
6. A Igreja e a Evangelização – A Igreja ocupa o ponto central do propósito divino, ela é o instrumento para difusão do evangelho. A evangelização mundial requer que a Igreja toda, leve a todo o mundo, o Evangelho Integral em trabalho mútuo de cooperação (Jo 17.21-23; At 1.8; Gl 6.14; Fp 1.27)
7. A Urgência Missionária – Com mais de dois terços da humanidade, ainda não eficientemente evangelizada, como Igreja, sentimo-nos envergonhados da nossa negligência para com tanta gente. Sendo cada geração responsável pela sua geração, esta é a hora da Igreja orar fervorosamente, e lançarem programas visando à evangelização total do mundo. (Jo 4.9; Rm 9.1-3; 10.11-16)
8. As Culturas e a Evangelização – A evangelização mundial requer o desenvolvimento de estratégias e metodologias novas e criativas, e a cultura de um povo em parte é boa e em outra parte má, devido à Queda, por isso deve sempre ser julgada e provada pelas Escrituras, para que possa ser redimida e transformada para a glória de Deus. ( Mc 7.8,9,13; Rm 2.9-11; 2 Co 4.5)
9. A Educação e a Liderança – Reconhecemos a grande necessidade de melhorar a educação teológica, especialmente em se tratando de líderes de igrejas, existindo em todo povo enorme necessidade de ensino e treinamento para seus pastores e aos leigos nativos. (At 14.21 – 24; Tt 1.5,9)
10. O Conflito Espiritual – Cremos que estamos envolvidos em guerra constante contra os principados e potestades do mal, que buscam destruir a Igreja e malograr sua tarefa de evangelizar o mundo, semeiam falsas doutrinas e mundanismo em nosso meio. O momento demanda vigilância e discernimento. (Jo 17.15; Ef 6.10-20; 2 Co 4.3)
11. Liberdade e Perseguição – A liberdade de praticar e propagar o cristianismo de acordo com a vontade de Deus é um direito nosso, conforme a Declaração Universal dos Direitos Humanos, mas não nos esquecemos de que Jesus nos advertiu de que a perseguição é inevitável, mas nem por isso devemos nos intimidar. ( Mt 5.10-12; At 4.16.21)
12. O Poder do Espírito Santo – A evangelização mundial só se concretizará com uma Igreja cheia do Espírito Santo, sendo Ele quem convence o homem do pecado. O Espírito Santo tem um profundo interesse missionário. (Jo 7.37-39; At 1.8; 1 Co 2.4,5)
13. O Retorno de Cristo – A promessa da segunda vinda de Cristo representa um incentivo a missões. Cremos que o período intermediário entre sua ascensão e o seu segundo retorno deve ser usado para o cumprimento da nossa missão como Povo de Deus, a obra missionária não poderá parar enquanto Ele não vier. (Mc 13.10; 2 Pe 3.13; Ap 7.9)
Síntese do Pacto de Lausanne  
1- LEITURAS IMPORTANTES:
Lc. 4:14-21 Sinais e prodígios e Milagres, pregação aos pobres de espírito onde quer que se encontrem (nós, hoje estamos pregando o evangelho fácil e comodista dentro de quatro paredes, mas Jesus nos ensinou a levar o evangelho onde quer que exista uma prostituta, um bêbado, um viciado, enfim aonde houver trevas que eu leve a luz).
Jo. 20.1 O primeiro Evangelista foi uma mulher, Maria Madalena. As mulheres precisam e devem ter maiores oportunidades na obra de Deus, o Espírito Santo não tem sexo, havia diaconisas na igreja que começou em Atos dos apóstolos, na época de maior machismo judeu; e agora? As mulheres podem entrar nas casas e ajudar na lavagem das vasilhas ou das roupas e até mesmo no feitio do almoço ou na confecção de um bolo; enquanto pregam o evangelho.
2- DEFINIÇÃO DE EVANGELISMO:
            É a arte de compartilhar a Salvação que recebemos e também o seu autor Jesus Cristo, com outra (S) Pessoa (S), através de comunicação direta e indireta.
 
3- DOIS TIPOS DE EVANGELISMO:
1.                  Evangelismo Pessoal: (Ex. Jesus e a samaritana, quebrando as barreiras do preconceito racial; Filipe e Eunuco, sinônimo de obreiro preparado para explicar a palavra de DEUS aos necessitados).
2.                  Evangelismo em massa: (Ex. Jesus e o sermão do monte, com as normas da nova religião; Paulo no Areópago, ensinando que filosofia não traz paz à alma e que só devemos adorar a um DEUS.)
4- ALGUMAS DÚVIDAS RESPONDIDAS ANTES DE INICIAR:
·                    II Coríntios 5:14,15 (Por que evangelizar?)
·                    II Timóteo 2:2-15 (O que é preciso para evangelizar?)
·                    Atos 20:24 (Com o que se preocupar?)
·                    Atos 18:9,10 (O que Temer? Tem 366 vezes a frase não temas na Bíblia.)
·                    Lucas 19:10 (A quem Evangelizar?)
·                    João 15:16 (Quem deve evangelizar?)
·                    Lucas 10:1 (Precisa de Grupos com muita gente?)
·                    Atos 16:13,14 (Quem vai fazer as pessoas se interessarem?)
·                    Provérbios 11:30 (Qual a verdadeira sabedoria?)
·                    Mateus 20:19 (Basta ganhar as almas?)
·                    Marcos 16:15 (Não fazer acepção de pessoas ou de lugares)
·                    Atos 20:20 (De casa em casa)
·                    Mateus 10:16 (Como se comportar?)
5- VISITAS:
            O horário de visitas é muito importante, não devendo as visitas ser de improviso. O horário sendo pré determinado traz algumas vantagens como:
-                                 Disponibilidade de tempo dos evangelizados.
-                                 Os problemas já estarão separados e prontos para serem lançados na conversa entre as duas partes.
-                                 Dificuldades bíblicas já estarão anotadas e separadas.
-                                 Interferências externas já anuladas previamente.
6- LIVROS A SEREM USADOS NO EVANGELISMO:
            Principalmente Bíblias: Evangélica e Católica Apostólica Romana (de Preferência Editora Ave-Maria)
            Livro Seitas e Heresias (Autor: Raimundo F. Oliveira – CPAD)
            Algumas referências e passagens bíblicas importantes que deverão ser guardadas na memória e no coração para serem usadas na hora certa:
-                                 Mateus 10:32 e Mateus 11:28
-                                 João 3:16 e João 5:24
-                                 Romanos 3:23, Romanos 6:23 e Romanos 10:8,9
-                                 I Timóteo 2:5
7- OBSERVAÇÕES IMPORTANTES:
·                                            Em Antioquia houve um verdadeiro avivamento: Havia, profetas, evangelistas, pastores, doutores ou mestres e depois enviaram missionários (Apóstolos). At 13.1-4; Ef 4.11-15;
·                                            Também se manifestavam as operações do Espírito Santo 1 Co 12.8-12;
·                                            Em Samaria o povo se convertia porque via e ouvia os sinais que Filipe fazia At 8.5-21
 
Bíblia de Estudos Pentecostal.
 
 Mais subsídios
O EVANGELISMO PRÁTICO:
            1) O QUE É EVANGELISMO?
            Evangelismo, vem da palavra evangelho, cujas raízes são: a palavra grega “evangelio”, que significa boas novas; e evangelizo que significa trazer ou anunciar boas novas. A palavra evangelho torna-se mais significativa quando estudamos o verbo hebraico “bisar”, que significa “anunciar”, contra, publicar, este verbo é aplicado em Is. 4.27; Sl. 40.9 e 10; Is. 68.11 e 12; que proclama a vitória universal de Jeová sobre o mundo. É proclamar o evangelho de Jeová sobre o mundo. É proclamar o evangelho de Jeová ao povo.
-                                 Evangelismo é a tarefa de testemunhar de cristo aos perdidos.
-                                 Evangelismo é a tarefa de levar homens a Cristo.
-                                 Evangelismo é alistar vidas ao serviços de Cristo.
-                                 Evangelismo é obedecer e proclamar as boas novas.
2) OBJETIVOS DO EVANGELISMO:
a)                                          Anunciar a Cristo (Jo. 1.36)
b)                                          Levar homens a Cristo (Jo. 1.41)
c)                                          Alistar vida para o serviço de Cristo (At. 11.25,26)
d)                                          Proporcionar o crescimento da igreja (At. 2.47;5.14;9.31)
Para atingirmos os objetivos para esta década no Brasil a igreja precisa cerca 20% ao ano:
-                                 Hoje ela esta crescendo 5% ao ano.
-                                 Uma igreja de 100 membros está crescendo 5 membros ao ano.
-                                 Precisa crescer pelo menos com 20 membros ao ano.
-                                 Uma igreja de 500 membros precisa batizar 100.
-                                 Uma igreja de 1000 membros precisa batizar 200 e assim por diante.
COMO DEVE SER FEITO O EVANGELISMO?
Com profundo amor
Com paciência e persistência
Ouvindo a pessoa evangelizada
Usando linguagem que as pessoas compreendam
Fazendo perguntas sábias sobre a salvação
Não fugindo do assunto da salvação
Ex.: Cristo e a Samaritana – Os Judeus não lidavam com os Samaritanos.
Evitando assuntos polêmicos e discussões
Evitando ficar irritado
Mostrando o plano da salvação de modo simples
Procurando responder todas as perguntas com apoio bíblico
Reconhecendo que só ovelhas geram ovelhas.
MÉTODOS DE EVANGELISMO:
1º Em massa
 Cristo e os Apóstolos sempre gostaram desse método.
Evangelismo em massa é alcançar muitas pessoas ao mesmo tempo.
Ex.: Cruzadas, Culto nos templos, Cultos nas praças e etc...
2º Evangelismo Pessoal
Cristo e os Apóstolos sempre usaram método de Evangelismo em massa, mas nunca desprezaram o evangelismo pessoal. Ex.: A Samaritana, Zaqueu, Nicodemos, o Eunuco de Candace, a Mulher Adúltera, A Sirofinicia e etc...
Evangelismo pessoal é uma pessoa ganhando outra pessoa. Discípulo. Ex.: Filipe e Natanael (Jo 1.43-46)
DISTRIBUIÇÃO DE FOLHETOS:  PONTOS A SEREM CONSIDERADOS :
1- Conhecer o folheto e sua mensagem
2- Entregá-lo com atitudes de interesse
3- Não insistir para que alguém o tome
4- Manter-se calmo e vigilante
5- Não discutir nunca
6- Se alguém jogar o folheto fora, torne-o ajudá-lo
7- Oferecer o folheto com um sorriso sincero e com as seguintes palavras: Boa Tarde, Quero oferecer-te: a) Uma mensagem importante, b) Algo de importância para sua vida, c) Um recado de Deus, d) Um folheto que explica o caminho da eterna salvação.
8- Dar o folheto carimbado
9- Conhecer como guiar uma alma a Cristo
PASSAGENS QUE O EVANGELISMO DEVE CONHECER BEM E ONDE ENCONTRA-LAS
1- Os Dez Mandamentos Ex 20; Dt 5.
2- O sermão da Montanha Mt 5.6,7
3- A grande comissão Mt 28
4- O plano de salvação Jo 3.16; Jo 5.24; Rm 8; Is. 53.4,5; At 2.8,9,10,11.
5- Convicção de Salvação I Co 1.18 e 21
ESTRATÉGIA DE EVANGELISMO
1-   Nos lares, At. 5.42
2-   Nos hospitais, Mt 25.43
3-   Nas prisões, Mt 25.43
4-   Nas filas de ônibus
5-   No púlpito
6-   Nos bares
7-   Nos restaurantes
8-   Nos consultórios
9-   Nos colégios e universidades, At 19.9
10- Nos conjuntos residenciais – Folhetos...
11- Nas filas do INSS e similares
12- Nos cemitérios- Dia de finados
13- Nas feiras livres
14- Nas Exposições
15- Nas Estádios e Similares – Folhetos específicos
16- Ao ar livre, At 16.13
17- Através do Telefone
18- Através de postais
19- Através de jantares
20- Através de um testemunho santo
21- Através do Rádio, Sl 19.1,3; Jr. 22.29; Sl 26.7
22- Através da Televisão, Mt 10.27
23- Através das caixas postais
24- Através de cruzadas Evangelísticas, At 8.5,6
25- Com Folhetos (oração)
26- Com jornais, Is 52.7; Am 4.5; Sl. 26.7; 68.11; Mc 1.45; 7.36; 13.10
27- Com cartões de oração
28- Com bíblias e Novos Testamentos
29- Com CD's e DVD's
30- Com Filmes
31- Com adesivos
32- Através da escola (Um aluno ganhando outros alunos)
33- Na beira de rios , nas praias, At 16.13-15
O EVANGELISMO E AS ELITES:
O nosso propósito é mostrar o interesse de Jesus Cristo na evangelização das Elites `a luz da Bíblia. Temos conhecimento que as elites não são as camadas mais fáceis de serem atingidas Mt 19.23. Mas também reconhecemos que estas camadas necessitam de serem atingidas, pois o evangelho destina-se a toda a criatura neste mundo (Mc 16.15)
O QUE SIGNIFICA EVANGELHO:
I – O evangelho é o poder de Deus para salvação de todo aquele que crê, Rm 1.16
II – O Evangelho é a mensagem de fé que pregamos, Rm 10.8
III – O Evangelho é a palavra da cruz, loucura para os que perecem, mas para os que são salvos, poder de Deus, I Co 1.18.
IV – O Evangelho é a notícia do perdão de Deus oferecido aos pecadores. As boas novas de grande alegria para todo o povo, Lc 2.10.
A QUEM SE DESTINA O EVANGELHO
A todo o mundo (Jo 3.16)
A todos os homens (I Tm 2.4; Tt 2.11)
Deus não faz acepção de pessoas (Rm 2.11)
QUEM SÃO AS ELITES
Elite Política
Elite Intelectual
Elite Social
 
AS ELITES NO PLANO DA SALVAÇÃO
Existe nas escrituras sobejas provas e evidências de que Deus se interessa por salvar as Elites.
Ex.:      José de Arimatéia Mt 27.57 (Senador)
            Nicodemos Jo 3.1-21 (Príncipe)
                        Manaém At 13.1 (Filho adotivo de Herodes)
COMO ALCANÇAR AS ELITES
O exemplo do Eunuco de Candace, At  8.27 (1º ministro da rainha da Etiópia)
O exemplo do Capitão Cornélio At 10 (centurião da coorte italiana)
O exemplo de Públio At 28.7 (governador da ilha de Malta)
IDÉIAS E SUGESTÕES
Refeições nos lares;
Jantares em hotéis e restaurantes;
Literaturas especializadas;
Correspondências específicas com argumentos inteligentes e bem-bolados;
Programas de televisão e rádio.
 
 
 
                                                                             AS ELITES:
    AJUDE-NOS A ALCANÇARMOS
 

Curso Prático de Evangelismo - Parte 2
 
INTEGRAÇÃO OU DISCIPULADO
A integração das pessoas que aceitam é muito importante
            Nós enfrentamos ultimamente uma grande dificuldade na área Evangelística. É que se fazem grandes concentrações fora e dentro do templo. Tais como:
            Congresso de Mocidade
            Congresso de Senhoras
            Congresso de Círculo de Oração
            Cruzadas Evangelística etc...
            Gastam-se fortunas com cantores, pregadores, som.
            Agrega-se grandes coletividades, mas no fim do conclave, soteriologicamente falando o saldo é negativo.
            Mas não se converteu grande número?
            Que houve?     Onde estão eles?
            É aí que vejo a necessidade da integração.
DEFININDO A INTEGRAÇÃO
            Integração é tornar inteiro, completar, incorporar-se, discipular Mt 28; 19.20; At 20.20.
            Uma igreja sem integração é como uma mãe que dá a luz e abandona seu filho, na calçada, lixeira ... porta alheia.
            Uma igreja por menor que seja tem normalmente 144 cultos públicos por ano.
            Ganha no mínimo 192 almas por ano mas só batizamos de 10 a 15 das 192.
            Que está havendo? Por um saldo tão negativo? Falta de integração.
QUE É INTEGRAÇÃO?
            É tudo que se faz para ajudar o Neófito (Novo convertido) a adaptar-se a nova fé.
A INTEGRAÇÃO E O RECÉM-NASCIDO
            1 – DORES E GEMIDOS
            Toda mulher quando está dando a luz, normalmente sente dores de parto. Ela grita, geme, até chora.
            Que lição tiramos daqui? Que o mesmo deve suceder no seio da igreja Gl 4.19.
            Infelizmente na hora que o pregador está fazendo o apelo, não está havendo por parte da igreja, as dores de parto.
            Anteriormente era assim:
            O orador fazendo o apelo e a igreja gemendo de dores de parto, ou seja orando em espírito.
            Gemiam e até choravam. Hoje há...
            2 – A COOPERAÇÃO NO NASCIMENTO DO BEBÊ
            Nos hospitais as enfermeiras auxiliam os médicos no parto.
            Isto nos fala que na hora do apelo o pregador carece de auxiliares de alguém que vá ao pecador e carinhosamente faça-lhe o convite do novo nascimento, estendendo-lhe a mão amiga.
            3 – O RECÉM-NASCIDO E AS DIFICULDADES
            Um recém-nascido trás consigo uma série de dificuldades, a saber:
a)                              De locomoção
Não sabe andar, para sua locomoção, só correndo.
Que lição tiramos daqui? Que o novo convertido não sabe andar no caminho celeste; carece de alguém que vá busca-lo para outros cultos.
b)                             Para Alimentar-se
Para Alimentar o recém-nascido a Mãe o carrega até o colo e coloca a mama em sua boca.
Isto fala-nos da ajuda que o neófito carece para alimentar-se espiritualmente.
Ajude o neófito a encontrar os livros capítulos e versículos da Bíblia. Explique a ele o que isto ou aquilo quer dizer.
4 – O RECÉM-NASCIDO EM FASE DE DESENVOLVIMENTO
a)                             Alimentação adequada
Um recém-nascido não pode alimentar-se com o mesmo alimento de uma criança adolescente, mocidade, adulto.
1º - Nestogênio
2º - Lactogênio
3º - Ninho Instantâneo
4º - Ninho Integral
5º - Verduras e etc...
Que lição tiramos daqui?
Não podemos alimentar o novo convertido com comida forte.
Ex: Não fale diretamente ao neófito sobre dízimos, ofertas, vestes, cabelos, suas jóias, seus quadros... Etc.
b)                             Cuidando da saúde do recém-nascido
Todo recém-nascido carece de cuidados especiais, semelhantemente o neófito.
Como cuidar da saúde espiritual do neófito?
            1 – Não o deixe descalço Ef. 6.15
            2 – Não o deixe com roupas espirituais sujas Ec 9.8
            3 – Não o deixe com fome Mt 14.16.
c)                              Ajuda para andar
Todo recém-nascido em estado de crescimento mostra interesse e esforço para andar.
Ex.: Ele vai se arrastando, engatiando. É o anelo de andar. Mas só começa andar mesmo quando alguém lhe ajuda neste particular.
Geralmente é assim. Pega-se nas duas mãos, coloca-se a criança em pé e vai ensinando os passos... Daqui, acolá solta a criança, e assim vai...
Na integração evangelística também é assim; devemos soltar o novo convertido de vez em quando, mas nunca perdê-lo de vista.
É você chegar na casa dele e dizer: irmão fulano vou chegar na igreja um pouco mais tarde e não vai dar para te pegar hoje. Mas vá à frente, e voltaremos juntos, amém? Isto é só uma estratégia para ver se há esforço no neófito de querer andar na fé.
Se ao chegar na igreja você notar sua falta, nem assista o culto, corra até a casa dele e veja o que está acontecendo.
d)                             O BEBÊ E AS PRIMEIRAS PALAVRAS
Geralmente toda criança começa a falar com alguém lhe ensinando.
Normalmente as primeiras palavras são:
Papai e mamãe.
Ensine o neófito a falar do amor do pai que é Jesus Cristo.
e)                              DESPERTANDO A VOCAÇÃO
Toda criança em fase de desenvolvimento deixa escapar sua vocação.
O novo convertido em fase de crescimento espiritual, também deixa escapar sua vocação ou talento, entregue por Deus para o bom andamento da obra.
Cantor (a), pregador (a), Pastor, Evangelista, Presbíteros, Diáconos(isas),  Auxiliares do círculo de oração,  Maestros (inas),  Músicos,  ... etc.
Ajude o neófito a descobrir sua vocação. Como ajudar?
Dando-lhe oportunidade para desenvolver o talento, se cantor, cantando, se pregador, pregando.
f)                               A INTEGRAÇÃO É BÍBLICA? SIM
Natanael Jo 1.45,51
Os judeus At 15.13
Paulo faz a integração dos Efésios Mt 19.1,7
Paulo faz a integração de Onésimo Fm 8.17
Felipe faz a integração do Eunuco At 8.34,38
g)                            QUE COOPERA PARA A NÃO PERMANÊNCIA DO NEÓFITO?
Falta de atenção
Falta de amor
Falta de carinho
Discórdia
Falta de alimentação
Nicodemos (oculto)
Zaqueu (pequeno)
Bartimeu (cego)
Samaritana (inimizade)
h)                            COMO DEVE SER FEITA A INTEGRAÇÃO
a)                                                      Com preparo Bíblico Rm 12.7
b)                                                     Com dedicação e amor
c)                                                      Com visitação rápida e objetiva.
i)                               GRUPOS DE INTEGRAÇÃO
O grupo visitará o neófito logo no outro dia, após a sua conversão.
No primeiro ou segundo expediente obs.: não em horário que possa incomodá-lo.
Um dos componentes do grupo ficará na incumbência de ir buscar o neófito no dia do culto, cuidará dele até o batismo nas águas.
j)                               QUANDO E COMO COMEÇAR A INTEGRAÇÃO
a)                                                      Já, hoje, agora.
b)                                                     Colocando em prática tudo o que aprendeu.
c)                                                      Lembrando-se que só ovelhas geram ovelhas. O Que você é?
 
 
Curso Prático de Evangelismo - Parte 3
SOBRE EVANGELISMO PESSOAL
APOSTILA 001
“MOTIVOS E AUTORIZAÇÃO"
O Senhor Jesus é o motivo supremo e também é a Autoridade que nos manda pescar homens para Ele. Ele é o Mestre por excelência, e o exemplo na arte de fazê-lo.
Ele promete êxito na tarefa, se cumprimos a condição de O seguirmos.(Mt. 4:19.) Deve ficar claro, também, que o êxito na incumbência de evangelizar não significa exatamente que se converta toda pessoa a quem se fale.
Isto não aconteceu nem com o Senhor Jesus, quando esteve corporalmente entre nós na terra (Mt. 19:16-22).
O mesmo pode se dizer dos Apóstolos (At.17:5, 32; At. 19:9, são exemplos de momentos em que a Palavra levada pelos Apóstolos não foi aceita pelos seus ouvintes).
Porém, cada ser humano que ouve a Palavra de Deus, que é evangelizado, há de sentir-se responsável pela sua reação, não perante a quem lhe prega o evangelho, mas diante de Deus (IICo. 5:17-21).
Testificar aos homens, apresentando-lhes as verdades do Evangelho ou Boas Novas a cerca de Jesus Cristo, nosso Senhor e Salvador, é obrigação séria e responsabilidade de cada cristão.
 
POR QUÊ EVANGELIZAR?
 
1 - PARA A GLÓRIA DE DEUS (ICo. 10:31)
Como em todas as coisas que fazemos em nossas vidas.
 
2 - PELA GRATIDÃO A DEUS - Por Sua Graça ao salvar-nos , e o reconhecimento por suas bênçãos.
 
3 - O AMOR A DEUS - O nosso amor a Deus.
Então, recapitulando... são três os motivos que nos constituem a força que nos impulsiona a evangelizar:
 
A GLÓRIA DE DEUS, A GRATIDÃO A DEUS e O AMOR A DEUS.
Há também motivos que são secundários em relação a estes.
MOTIVOS SECUNDÁRIOS:
o amor às almas,
o amor de Deus à humanidade,
a condição do homem no pecado
a alegria de quem prega
a alegria dos anjos ao ver uma alma arrependida
a necessidade de mudar o destino eterno do homem.
Porém, a razão maior para evangelizar, deve ser a GLÓRIA DE DEUS, embora não devamos negar os outros motivos como legítimos e poderosos. Todos têm seu lugar.
 
MOTIVOS INDIGNOS
HÁ UM LADO NEGATIVO - o evangelizar por impulsos, diferentes dos que levam à GLÓRIA DE DEUS.
 O negativo acontece quando em realidade o que nos move a falar é o orgulho e o desejo de ganhar uma glória pessoal.
Pode ser natural que o cristão queira ser reconhecido como um ganhador de almas.
Porém, de uma forma sobre natural ele pode vencer esta inclinação vaidosa e trabalhar unicamente para a GLÓRIA DE DEUS - pois esse é o motivo central da evangelização.
 
ERROS QUE DEVEMOS EVITAR
Um engano que se pode cometer, na evangelização é: falar a uma pessoa acerca da sua relação para com o Senhor Jesus e o perigo da sua perdição, e se não se consegue convencê-la, utilizar esforços humanos até afastá-la definitivamente, em vez de ganhá-la.
É um erro também a tentação de ficar satisfeito com uma concordância superficial em vez de conseguir-se uma decisão genuína.
É fatal confundir um aparente convencimento humano com uma convicção de uma conversão operada pelo Espírito Santo.
 
O OBREIRO É SERVO E EMBAIXADOR
Nós somos servos e sacerdotes, embaixadores pessoais do Reino de Deus... mas estes títulos de honra têm a ver especialmente com nossa relação com Deus... não com os homens.
Em Apocalipse 3:20, e IICoríntios 4:5, nosso Senhor é apresentado fora da porta do coração de cada pessoa incrédula, batendo e solicitando entrada.
O próprio homem tem que resolver se abre a porta e Lhe dá entrada, ou não. O Senhor Jesus não força a porta, nem nada pede mediante violência. Simplesmente explica qual é a conseqüência da recusa ou aceitação - mais nada.
Somos nós que levamos as informações acerca de Jesus Cristo para a alma perdida. Em II Co.4:5, está escrito que não pregamos a nós mesmos, mas a Jesus Cristo como Senhor.
Que espécie de testemunho se dá acerca de Jesus?
Louvamos a ele devidamente? Ou estamos descrevendo-O, apenas, como fez o servo, na parábola de Mateus 25:24?
André disse a Pedro estas simples palavras: "Achamos o Messias", que foram suficientes para levá-lo a Cristo. Felipe fez semelhante com Natanael, dando apenas um pouco mais de explicações acerca de Jesus e convidou-o a vir ver por si mesmo, e ele o fez - Jo.1:45-46.
Mas no Velho Testamento temos um exemplo de como alguém pode dar um mau testemunho a respeito do Senhor!
O Rei Ezequias não testemunhou a respeito dos prodígios de Deus, quando os mensageiros de Babilônia foram a Jerusalém com o propósito de saber como era possível que uma Nação tão pequena tivesse obtido êxito sobre o grande exército dos Assírios.
Por seu orgulho, Ezequias eclipsou o amor de Deus ao invés de dar a Glória que Lhe era devida, ele limitou-se a mostrar a casa do seu tesouro. A prata, o ouro, as especiarias... por orgulho pessoal.
Ezequias glorificou-se a si mesmo em vez de render suas homenagens ao seu Senhor... por isso Ezequias foi severamente castigado. (IICr.32:31; IIReis. 20: 12-19).
 
A VONTADE DIVINA
 O Nome do Pai não é glorificado no coração do incrédulo, nem ali Deus reina, fazendo Sua vontade... mas quando uma pessoa se arrepende e confia em Jesus, as coisas logo mudam.
Então aquele que era incrédulo passa a reconhecer Deus como Pai. O seu coração torna-se o trono em que Cristo reina; e o convertido passa a fazer a vontade divina, ao invés da sua própria vontade. Nessa mudança consiste a verdadeira conversão.
 
O AMOR DIVINO
Deus nos criou, Ele desejou que as Suas criaturas estivessem com Ele na comunhão eterna. Ele nos ama com amor eterno. Ele não quer que nós pereçamos, mas que todos sejamos salvos (IPe. 3:9b)
Mas devemos saber que ninguém será salvo por sua própria vontade (Jo.5:6,40) Cada ser humano tem que resolver por si mesmo.
O Pai não quer que ninguém esteja no céu sem ter o prazer de estar com Ele, nem admitirá ninguém que não aceite a Jesus Cristo como Seu Filho.
Esta é a razão porque desejamos agradar ao coração de Deus, é a razão que temos para nos ocuparmos em buscar os perdidos.
Se meditarmos nisto, ao falar aos homens acerca do Evangelho, o amor de Deus encherá os nossos corações, brilhará em nossos olhos, e afetará até o timbre de nossas vozes (IICO. 5:11) diz assim: "conhecendo o temor do Senhor, persuadimos aos homens"
E o vs 14 diz: "Pois o amor de Cristo nos constrange" Assim, que a GLÓRIA DE DEUS seja o nosso motivo supremo na grande tarefa de evangelizar os nossos semelhantes.
Há ocasiões em que o Espírito Santo nos move a apresentar ao incrédulo o seu dever de glorificar o seu Criador, como base na sua aceitação de Cristo.
Especialmente quando se fala aos jovens, esta verdade os atrai, porque lhes oferece uma razão de ser, uma meta na vida, e um ideal que se põe em ordem com os interesses e conflitos de sua existência.
 
MOTIVOS QUE NOS CONSTRANGEM
O AMOR ÀS ALMAS
Em Rm. 5:5, temos que "o amor de Deus é derramado em nossos corações pelo Espírito Santo que nos foi outorgado".
Então, sendo que Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para salvar-nos da perdição e dar-nos a vida eterna, segue-se que este amor em nós também se manifestará em querer que todas as almas sejam salvas.
DEVEMOS DESEJAR A SALVAÇÃO DE TODO SER HUMANO
Este amor, que é de Deus em nós, compele-nos a pensar em todas as pessoas que encontramos. Em como está a sua relação com Jesus Cristo.
Isso até mesmo antes de considerarmos se esta ou aquela pessoa é digna de nossa amizade, se vai ser útil e proveitoso conhecê-lo, nada disto. Basta que seja um ser humano, que precisa de DEUS, para que desejemos levá-lo a Cristo.
MEIOS QUE DEUS USA
Nem todo membro de igreja procura oportunidade para testificar do amor de Deus. Existem até os que procuram esconder que são crentes em Cristo, apesar do que fiz a Bíblia: (Mc 8:38 e Mt. 10:32 2 33).
Mas quando o cristão evangeliza constrangido pelo Espírito Santo nele, é prova de que ele está seguindo a Cristo. Em raras ocasiões Deus usa pessoas não convertidas para citar alguma verdade bíblica.
 
 A NECESSIDADE DAS ALMAS
Todas as pessoas precisam conhecer a Deus. E nós , que O conhecemos, devemos suprir essa necessidade.
VÁRIAS NECESSIDADES DOS HOMENS
1 - Está perdido e necessita de um Guia;
2 - está enfermo e necessita de um médico;
3 - está escravizado, necessita de um Redentor;
4 - está moribundo e necessita de um Salvador;
5 - está espiritualmente morto, necessita de Vida Nova.
A lista pode ser aumentada indefinidamente porque o homem natural ignora as verdades espirituais e necessita de luz, iluminação; tem fome e sede de uma satisfação que não encontra.
O homem natural, até que se dê conta de sua condição espiritual, e suas conseqüências, dificilmente busca a Salvação. O nosso dever é ensinar-lhes que o pecado pode propiciar prazeres ao corpo, mas não pode dar gozo à alma, e que Jesus é a única resposta para a alma.
 
A CHAMADA DE DEUS
A OBEDIENCIA É IMPERATIVA
É fácil perder o ânimo e achar que já fizemos a nossa parte e cumprimos a nossa obrigação. Pra quê continuar agüentando os insultos dos incrédulos? Porém o Espírito Santo está sempre a mostrar os frutos do nosso trabalho e nos fazendo pensar em nossa obrigação de cumprir o dever de evangelizar.
 
A AUTORIZAÇÃO QUE TEMOS PARA EVANGELIZAR
Todo cristão conta com a autorização divina para evangelizar. Tem as suas ordens por escrito (Mc. 16:15; Mt. 4:19; At. 1:8; Lc 24:45).
Os apóstolos levaram muito a sério a sua comissão e testificaram apesar de toda a oposição (At. 2-4). Pedro disse a seus juízes como justificação para ter continuado sua pregação contra as ordens deles: "Julgai se é justo diante de Deus ouvir-vos antes a vós outros do que a Deus; pois nós não podemos deixar de falar das coisas que vimos e ouvimos."
 
QUEM É AUTORIZADO A EVANGELIZAR
Os que reconheceram a Jesus como Messias, Filho de Deus e seguiram-nO , por causa dos seus ensinamentos, estes foram os enviados a pregar (Mc. 5:18; Lc10:1-12).
 
ORDENS GERAIS E PARTICULARES
Temos, portanto, autorização plena e clara, escrita na Palavra de Deus, a Autoridade superma em todo o universo. Também reconhecemos que Ele é o Deus Vivo, que ainda se comunica com os seus filhos que vivem neste mundo.
Podemos fazer uma alegoria entre a Bíblia e o Manual Militar. O cidadão que se alista no exército, é enviado ao quartel, onde veste o uniforme militar, e em seguida ensinam-lhe as regras elementares do exército.
Aprende como saudar os oficiais, como responder à ordem de "Atenção" como apresentar armas, o modo de marchar, de montar guarda, etc.
Mas, por exemplo, do Manual não constam as ordens do dia., em que se diga que o Cabo Pedro Gonçalves com o soldado Carlos Pereira, montarão guarda à porta do Palácio do Governo, desde a meia-noite de quinta-feira, 25 de abril, até as quatro da madrugada de sexta-feira.
Esses detalhes não se escrevem no Manual Geral, mas dia após dia constam do quadro de avisos individuais, no quartel. Esta prática militar é uma ilustração, embora imperfeita , do que sucede com o cristão.
Ao aceitar e confessar Cristo, como seu Senhor e Salvador pessoal, a pessoa constitui-se membro do exército do Senhor Jesus. Deve, portanto, aprender as ordens gerais para cada soldado espiritual, conforme estão escritas no Novo Testamento.
Uma delas é a comissão de falar em nome de Cristo às almas perdidas, rogando-lhes que se reconciliem com Deus (IICo. 5:17-20).
 
ORDENS ESPECIAIS
Há regras que todo cristão no exército de Deus deve observar e acatar sempre. Deus reconhece a cada um de seus soldados não só pelo nome, mas também os seus pensamentos mais íntimos e até as intenções do seu coração.
Sabe chamá-lo, pelo nome e indicar-lhe o que deseja que ele faça. (At. 5:20; 6:11). Nem sempre o Senhor fala de forma dramática, como fez com Paulo no caminho de Damasco, ou em sonhos como aconteceu com José.
Geralmente Ele fala mediante a Sua voz suave na alma do seu filho e outras vezes através das circunstâncias. O mais comum, é que o crente sinta em seu espírito um santo impulso para dizer algo a certa pessoa, descobrindo que, se obedece, o Espírito Santo lhe dá as palavras adequadas.
UMA ILUSTRAÇÃO
Um Mestre de doutrina cristã ia andando por uma rua e à sua frente iam quatro homens lado a lado, de maneira que obstruíam completamente a calçada.
O Mestra ouviu então o mais alto e forte dos quatro falar palavras blasfemas contra Deus. O mestre era homem franzino e de estatura mediana, mas antes de poder refletir, e obedecendo a um impulso interior, adiantou-se e colocou a mão sobre o ombro do homenzarrão e disse:
“Homem, quem lhe deu o direito de usar o nome do meu Pai com tão pouco respeito?" o blasfemo se deteve, e inclinando-se fitou os olhos em seu interlocutor e disse:
“Não sei quem é o senhor, mas esta manhã, a minha esposa, que é uma boa cristã, me repreendeu nestes mesmos termos”.
Meu amigo, eu tenho que me dirigir ao trabalho agora mesmo, mas se o senhor me der o seu nome e endereço, prometo ir visitá-lo para que me fale de Deus “o resultado foi o regresso de outro pródigo à casa do Pai”.
Convém obedecer a voz do Espírito, mesmo quando as circunstâncias forem adversas. Como recomenda o Apóstolo Paulo: "insta, quer seja oportuno, quer não" (IITm. 4:2).
 
FINAL DA APOSTILA 001
Por detrás de toda exortação e instrução, está a necessidade de cuidar para que a sua motivação seja aceitável ao Senhor, e que cada ação e cada palavra sua conte com o "Visto" da Sagrada Escritura, sendo dirigida pelo próprio Espírito Santo.
 
Curso Prático de Evangelismo - Parte 4 
EVANGELISMO PESSOAL - PARTE II
APOSTILA 002 "REQUISITOS PARA O EVANGELISMO"
 
Jesus Cristo expôs o requisito primordial para ser um ganhador de almas, quando disse: "Vinde após mim, e Eu vos farei pescadores de homens" (Mt. 4:19). É, portando necessário ser um seguidor dEle, e permitir que Ele faça conosco o que deseja que sejamos para a Sua Glória.
Não importa qual seja o nosso dom ou ministério; o propósito ou resultado deve ser: que os homens sejam "pescados" para Cristo. Quer dizer, salvos pela fé nEle. Em outras palavras, cada dom do Espírito é dado ao crente a fim de que seja empregado em ganhar almas para Cristo.
O verbo "vir" no versículo acima citado, está no modo imperativo. Não se trata, portanto de um convite, mas de um mandamento. Assim, cumprir este mandamento é dever sagrado de todo cristão. Tratá-lo com descaso é desobediência ao nosso Senhor.
Seguir a Cristo de coração resultará em nos ocuparmos em buscar outros para Ele. (IICo. 5:11).
 
O QUE NÃO SE REQUER PARA PODER FAZER A OBRA PESSOAL.
  A necessidade de usar o bom senso
  Uma jovem missionária, coberta com um escasso vestido da última moda, parada diante de um grupo de homens vulgares e do pior calibre moral. Enquanto ela, com aparente boa fé, lhes dava o seu testemunho em palavras corretas e excelente gramática, em seu fervor, movia o seu corpo de um lado para o outro com certo ritmo, os espectadores riam e soltavam grosseiras expressões, manifestando o seu desejo de dançar com ela.
A sinceridade sem ser acompanhada da prudência e do bom senso, traz resultados contraproducentes.
Além disso, devemos nos ater à regra básica da evangelização pessoal, de que os homens devem falar com homens, e as mulheres com mulheres, e sempre que possível, segundo a sua mesma idade e cultura, a menos que haja circunstâncias especiais.
Não é necessário que o cristão tenha aparência física perfeita, com um corpo escultural. Nem Cristo nem os apóstolos foram conhecidos por sua aparência física.
Paulo, por exemplo, descreve a si próprio como de presença corporal débil (IICo. 10:10) e enferma, talvez com os olhos prejudicados por alguma enfermidade (Gl. 4:13-15; 6:11).
Há cristãos muito espirituais que fisicamente são disformes (coxos, mancos, tortos, com lábios leporinos, etc). Mas a presença de Cristo em suas vidas faz com que o seu interlocutor se esqueça completamente do seu defeito corporal, realçando a beleza espiritual que se manifesta de forma sensível.
Alguém pode falar com uma dessas pessoas, e logo ficar convencido de que esteve na presença de um singular filho de Deus. O Espírito que pode vencer esta classe de "obstáculos" ou impedimento é Poderoso também para vencer dificuldades no falar.
FALE SÓ DE CRISTO
Tanto para pescar peixes, como para pescar homens, vale uma importante regra: "Conserve-se fora da vista".
O Apóstolo Paulo disse: “não nos pregamos a nós mesmos, com o objetivo de a outra pessoa nos ter em estima, em confiar em nossa palavra, e nem devemos nos rebaixar excessivamente”.
O Espírito Santo está no cristão com o objetivo de convencer o mundo do pecado, porque não crê no Senhor Jesus (Jo. 7-8).
CONSIDERE SEMPRE O PENTECOSTE
Há cristãos, que se dizem impossibilitados de evangelizar por não ter estudado em uma Universidade, ou em um seminário. Esta desculpa procede de uma atitude incorreta do cristão. Soa como se a pessoa que a apresenta ignorasse que o Pentecostes é uma história verídica.
Uma das lacunas mais comuns e tristes nas igrejas de hoje, é a multidão de membros que vive como os discípulos de João Batista que em Éfeso disserem: "Nem mesmo ouvimos que existe o Espírito Santo" (At.19:12). Não conta com um Deus presente diariamente em sua vida.
  Muitos não conhecemos a Bíblia como devíamos. É certo que ninguém conhece a Palavra de Deus a fundo porque ela é obra de Deus, mas podemos e devemos estudá-la e conhecê-la melhor à medida que o tempo passa. (você já leu a Bíblia toda?)
Mas também não são teólogos todos incrédulos com quem havemos de falar. São almas necessitadas. Precisam saber o que você sabe. Necessitam do seu testemunho. Portanto, você deve procurá-las e falar-lhes. Deixe de pensar em si mesmo. Deixe de evadir-se da sua responsabilidade , com desculpas sem fundamento.
Qualquer servo de Deus há de ser criticado, caçoado, rejeitado. Alguns o desprezarão e censurarão além do que é justo. Outros louvarão ou estimularão mais do que merece.
Enquanto estamos neste mundo incrédulo, não devemos esperar outro tratamento da parte do povo. Lembremo-nos de Mateus 5:11,12; I Pedro 4:14. E recordemos o que o Senhor sofreu por nós (Hb. 12:3-4), e que esta atitude do mundo só comprova a sua necessidade da mensagem do evangelho.
O Servo de Deus deve meditar muito nestas duas passagens das Escrituras "Ai de vós, quando todos vos louvarem" (Lc. 6:26); "Porventura procuro eu agora o favor dos homens ou o de Deus? Ou procuro agradar a homens? Se agradasse ainda a homens, não seria servo de Cristo." (Gl. 1:10)
O Cristão deve dizer acerca de si mesmo, o menos que lhe seja possível. Deve apenas dar um testemunho pessoal de como Cristo mudou a sua vida, e lhe deu paz.
Toda verdadeira conversão é uma obra do Espírito Santo, embora Ele nos tenha usado como Seus instrumentos para falar ao pecador.
Nosso dever é fazer tudo o que estiver ao nosso alcance para conseguir que o incrédulo, ao ouvir a Palavra escrita de Deus, sinta-se como se o próprio Deus lhe estivesse falando naquele momento, de forma pessoal.
Quando o pecador se rende a Cristo, é natural que terá um apreço especial pela pessoa que o levou aos pés do Salvador, mas o dever do obreiro é fazê-lo ver que é a Deus a quem ele precisa agradecer pela sua salvação.
Se não podemos proceder sinceramente desta maneira, convém que nos examinemos, para jogar fora o orgulho e todo o motivo ou pensamento que não glorifique a Deus.
CULTURA SUBMISSA
A cultura acadêmica pode servir de obstáculo à obra do Senhor, se não for sujeita completamente ao Espírito Santo de Deus.
Mas quando a cultura permanece debaixo do controle divino, o seu possuidor será submisso como instrumento útil e eficaz de Deus, pronto para apresentar o Evangelho a toda classe de pessoas, de maneira simples e compreensível.
O SOCORRO DO ESPÍRITO SANTO
muitos se surpreendem quando pela primeira vez experimentam o socorro do Espírito Santo, ao depararem com momentos e circunstâncias em que o Espírito Santo intervém para auxiliar no modo correto de falar, comportar-se ou mesmo calar-se diante de algumas situações.
Não é raro quem depois do fato acontecido, percebem como teria sido impróprio se tivessem procedido conforme seu costume em outras ocasiões. Não devemos deixar de testificar ou evangelizar, por medo de equivocar-nos. O Espírito nos ajuda em nossas fraquezas.
A RESPONSABILIDADE É INDIVIDUAL
O Senhor será o juiz da obra de cada um dos seus filhos, do que ele tenha feito desde a época da sua conversão. Romanos 14:12 diz que “Cada um de nós dará conta de si mesmo a Deus". Haverá galardão ou perda de galardão, para todos os cristãos, sem exceção.
Levemos a mensagem e sejamos fiéis Àquele que nos enviou, não importa a maneira como o mundo nos receba. O Nosso Senhor não nos promete todo o êxito que desejamos. Ele diz que somos levados em triunfo em Cristo Jesus, que por meio de nós, manifesta em todo lugar o aroma do Seu conhecimento.
Isto foi o que Paulo disse em II Co. 2:14-16: "Porque somos para com Deus o bom perfume de Cristo; nos que são salvos... aroma de vida para vida; nos que se perdem... cheiro de morte para morte". Mesmo se tivermos fracassos, devemos seguir adiante (Gl.6:9; ICo. 15:58).
A dificuldade de toda desculpa, é a nossa incapacidade de compreender que somos apenas instrumentos do Espírito Santo, e que é Ele que convence e converte o pecador. Mas no fundo de tudo, a desculpa é desobediência. É falta de fé. É manifestação de interesse próprio. É uma expressão de indolência espiritual. Seria mais honroso confessar que, na verdade não queremos enfrentar a tarefa de  ganhar almas.
 
O QUE SE REQUER PARA FAZER A OBRA
1 - Ter o amor de Deus em nossos corações por meio do Espírito Santo (Rm. 5:5) - conversão.
2 - Um sentido de urgência em ganhar almas (Ef.5:16) - O Senhor voltará, o Tempo é curto.
3 - Um conhecimento adequado da Bíblia, para empregá-la como Autoridade (ICo.15:1-4)
 
AJUDANDO AO RECÉM-CONVERTIDO
Uma vez que tenhamos visto alguém fazer a profissão de fé em Cristo, depois da devida instrução, temos direito de esperar que haja uma transformação de vida em tal pessoa.
Não podemos pensar e dizer que já fizemos tudo o que nos cabia, e que estamos livres de toda a responsabilidade neste caso. Não é assim. Temos a mesma obrigação que tem a mãe, pela criatura a quem acaba de dar a luz.
Nosso dever é fazer tudo o que estiver ao nosso alcance para assegurar que a nova criatura (IICo.5:17) receba o alimento e o cuidado, a instrução e o exercício que são necessários para o seu desenvolvimento espiritual.
 
NÃO DEVEMOS TER MEDO DE DESEMBAINHAR A ESPADA DIVINA
Quanto da Bíblia é necessário que alguém saiba, para começar a obra pessoal?
O fato de milhares de pessoas terem sido convertidas pelo uso de apenas um versículo das Escrituras, prova que sabendo apenas isto, um versículo, pode-se dar início à obra e ter um bom êxito. Quantas almas foram ganhas para o Senhor apenas com João 3:16? Ou João 1:12? Mateus 11:28? Romanos 10:9? Atos 16:31 e outros? Mas, muitos são também aqueles que passaram por vexame por nunca terem lido a Bíblia toda, pelo menos uma vez.
 
MEMORIZAÇÃO DE PASSAGENS BÍBLICAS
Como é de se esperar, teremos a oportunidade de testificar de Cristo e de conversar acerca dele, quando não houver uma Bíblia por perto, ou quando não for possível ou não for a ocasião propícia para usá-la.
Portanto, o crente que deseja ser perito pescador de homens para o Senhor, deve determinar-se resolutamente a aprender de cor um número sempre crescente de passagens bíblicas para serem usados nessas ocasiões.
 
COMO FUNCIONA A MEMÓRIA
As leis de memorização são quatro:
1 - a primeira impressão;
2 - a compreensão;
3 - a associação e
4 - a repetição.
Quando uma pessoa de fato quer aprender algo de cor, e se põe a fazê-lo, pode realizá-lo. A sua decisão vale muito. Pode-se ilustrar a aplicação das quatro regras de aprendizagem, desta maneira:
Um cristão resolve que vai aprender certo versículo de cor. Põe-se a estudar o seu significado: que é realmente o que ele quer dizer?
Quando o compreende bem, liga-o com outras passagens, e grava-o em sua mente, onde se encaixa no desenvolvimento do plano de salvação.
Então, medita bem acerca do seu uso na obra pessoal, emprega-o ao falar com os outros, e repete e torna a repetir o versículo juntamente com a sua referência ou endereço, isto é, o livro, capítulo e o número do versículo. Assim, a pessoa usou todas as quatro leis, sem sequer percebê-lo.
 
O USO DE CARTELAS
Muitos cristãos usam o emprego de cartõezinhos, ou tiras de papel para memorizar textos bíblicos. De um lado escreve-se o versículo ou passagem, e do outro, onde se encontra na Bíblia.
Durante a primeira semana guarda-se o cartão no bolso ou na carteira, lendo-o, com freqüência, diariamente, até que, ao ler um lado, pode-se dizer o que está escrito do outro.
Quando se aprendeu este versículo, passa-se o cartão para outro lugar, onde se guardam os versículos que são recapitulados semanalmente, ao ver que não lhe custa nenhum esforço trazê-lo à memória, esse versículo é passado para o grupo dos que são revisados mensalmente. Desta maneira, ele permanecerá gravado em sua memória.
 
É NECESSÁRIO DAR OPORTUNIDADE PARA QUE O ESPÍRITO SANTO FALE
Os melhores pescadores que temos conhecido aprenderam que a obra pessoal não consiste em soltar uma torrente de palavras nos ouvidos de uma pessoa.
Não apenas dão ao seu interlocutor oportunidade para falar, mas citam um versículo da Escritura e o explicam, permitem uma pausa, para dar tempo à pessoa de pensar, e ao Espírito Santo de convencer. Isto geralmente evita que o entrevistado pense que o cristão está procurando obrigá-lo a crer, queira ou não.
 
ENSINAMENTOS BÍBLICOS:
A enfermidade universal
a - Que todo ser humano é pecador por natureza, e que, portanto se encontra sob condenação de morte se continuar em sua incredulidade, isto é, sem crer em Cristo como seu Senhor e Salvador. (Rom. 3:10, 19,23; 6, 23; 10:9; 5:8; Jo. 3:16)
O remédio
b - Que Jesus de Nazaré, que nasceu da virgem Maria, por obra do Espírito Santo, é o próprio Deus manifestado em corpo humano, pra que pudesse viver cumprindo a lei de Deus com perfeição, e depois de morrer, tomando sobre Si a condenação que nós merecemos, e ressuscitar dentre os mortos como prova de que Seu sacrifício satisfez plenamente todas as exigências da lei divina (Is.53:6; Rm.4:25; IICo. 5:21; Lc 19:10; Jo. 3:17).
A aplicação
c - Que toda pessoa que sinceramente se arrepende do seu pecado e da sua incredulidade; crê que Jesus Cristo é o Filho de Deus; recebe e confessa-O como Senhor da sua vida; confia no Seu sacrifício feito na cruz do Calvário como a perfeita satisfação diante da justiça divina por seus pecados, e a única esperança para a eterna salvação da sua alma, é salva pela graça de Deus, apropriada por meio da fé (Mc. 1:15; Ef. 2.8-9; Rm. 10:9-10; Jo. 3:16; 1:12; 11:25,26; Is.1:18).
Resultado
d - Quando qualquer pessoa deposita a sua fé no sacrifício de Cristo como seu Salvador, e se entrega sem reservas a Ele como Seu Senhor, vários benefícios são concedidos pelo Espírito Santo, como parte integrante da sua Salvação.
O indivíduo é perdoado, o que significa que a sentença de morte eterna que pesava sobre ele foi revogada pelo próprio Deus.
É redimido, isto é, a sua dívida foi totalmente cancelada.
É resgatado, o que significa que foi libertado da escravidão a que Satanás o sujeitava.
É justificado, isto é, apresentado diante de Deus como se não tivesse pecado.
É renascido (adotado ou feito Filho de Deus).
É santificado, (é dado-lhe um novo coração com uma nova natureza, a fim de poder andar como Filho de seu novo Pai).
O seu corpo torna-se templo do espírito Santo, que morará para sempre nele. Desse momento em diante, ele tem duas naturezas: a velha, humana, natural, inclinada a operar independentemente de Deus; e a nova, divina, santa, inclinada a buscar a vontade de Deus em tudo (II Pe. 1:3-4; Rm. 5:1; Gl. 5:16-18).
 As Campanhas, as Escolas Bíblicas e a visitação do departamento de missões nos lares, bem como do departamento da família completarão o trabalho de integração, não se esquecendo de que este novo convertido precisa, logo após o batismo nas águas,  trabalhar em algum departamento da Igreja para que possa crescer e se sentir parte da Igreja. 
Estudo retirado de www.estudos bíblicos.com.br “evangelismo”
 
MISSÕES URBANAS
Pr. Elinaldo Renovato de Lima
INTRODUÇÃO

Jesus Cristo mandou pregar o evangelho a toda a criatura, em todo o mundo. Nenhum lugar pode ficar excluído e nenhuma pessoa deve ser considerada não-evangelizável. No Brasil, como em muitos países, 80% das pessoas vivem nas cidades, ao contrário do que havia há poucas décadas, quando a maior parte vivia nas áreas rurais. Este é um grande desafio para as igrejas cristãs. As cidades têm grandes e graves problemas, próprios do crescimento urbano desordenado a que são submetidas, tais como concentração excessiva de pessoas, desigualdades sociais, problemas de habitação, favelas, falta de saneamento, de saúde, etc. No que tange à evangelização, as cidades oferecem facilidades e dificuldades, como veremos adiante. As igrejas precisam ter estratégias de trabalho para alcançar as cidades. Há diferenças, entre evangelizar numa Metrópole e num lugar interiorano. Neste estudo, apenas damos uma pequena contribuição à reflexão sobre o assunto.

1.0 FENÔMENO DAS CIDADES

No inicio de tudo, os homens viviam em áreas agro-pastoris. Com o passar do tempo, a escassez de bens os obrigava a sair, em busca de outros locais para sobrevivência. Sempre houve uma tendência para os homens se concentrarem em tomo de um núcleo populacional. A famosa TORRE DE BABEL foi uma tentativa de concentração urbana, não aprovada por Deus. Este queria que os homens se multiplicassem, enchendo a Terra. Damy FERREIRA (P. 139) vê a evolução das cidades em várias etapas.

A primeira, de 5.000 a.C. a 500 d.C, até à queda de Roma, quando se estabeleceram grandes cidades como Jericó, Biblos, Jerusalém, Babilônia, Nínive, Atenas, Esparta e Roma. Eram as chamadas "polis".

A segunda, quando encontramos, na Renascença, já na Idade Moderna, as cidades de Roma, Florença, Constantinopla, Londres, Paris, Toledo, entre outras. Eram as chamadas "neópolis".

A terceira, com a Revolução Industrial, por volta de 1750, quando apareceram cidades-pólos, como Nova lorque, Chicago, Londres, Berlim, Paris, Tóquio, Moscou, etc. São as "metrópoles", verdadeiras cidades-mães. A última etapa, já na época atual, suirgem as "megalópoles", com cidades-satélites e bairros ligados uns aos outros. Dentre elas, destacam-se S. Paulo, Rio de janeiro, Tóquio, Londres, N. lorque, etc. As cidades em geral são tratadas como de pequeno, médio e grande porte, dependendo da população, tamanho, influência, etc.

2.0 AS CIDADES NA BÍBLIA

Há quem pregue que as cidades são de origem humana, sem a aprovação divina, alegando que a primeira cidade foi criada por um homicida, Caim. E que Deus planejou um jardim e não uma Cidade (Gn 4.17).Depois do Dilúvio, os homens procuraram fazer cidades.
Nessa visito, diz-se que há um plano diabólico para as cidades. Elas, quanto maiores, são o refúgio ideal para criminosos, centros de prostituição, do crime, da violência. De fato, as aglomerações urbanas, nos moldes em que sido construídas, resultam em lugares perigosos, onde a qualidade de vida, em geral, torna-se difícil para o bem-estar espiritual e humano.
Discordando da opinião dos que vêm a cidade como centros mais favoráveis ao diabo, Ferreira (P. 140) diz que Deus tem planos importantes para as grandes cidades. O Cristianismo surgiu numa grande cidade - Jerusalém - , espalhando-se por grandes centros, como Samaria, e Antioquia. Por outro lado, Deus mandou Abraão sair de Ur, uma grande cidade, e mandou começar a conquista de Canal por Jericó, de porte considerável para sua época.
Linthicum, p. 27) diz que "a Cidade é campo de batalha entre Deus e satanás" e que Ele se preocupa com o bem-estar da Cidade (Jn 4.10) e que a atividade redentora de Deus centraliza-se em muito nas cidades (51 46.4-5; Zc 8.3; Mc 15.21.39) ~.31>, lembrando que a vinda do reino de Deus é descrita como a vinda de uma Cidade redimida - a Nova Jerusalém (Ap 21-22). -2- Deus permitiu que Israel construísse cidades (Am 9.14); em Canaã, em meio as cidades tomadas, Deus determinou que houvesse "cidades de refúgio (Nm 35.11).

3. JESUS E AS CIDADES

No seu ministério terreno, Jesus desenvolveu a evangelização tanto na área rural como nas cidades. · Andava de cidade em cidade(Lc 8.l); · Chegou á cidade, viu-a e chorou sobre ela (Lc 19.41); · mandou pregar em qualquer cidade ou povoado ~t 10.11). Seguindo o exemplo de Jesus, a igreja atual precisa enfrentar o desafio da evangelização ou das missões urbanas.

4.0 DESAFIO DAS MISSÕES URBANAS

As cidades, com sua complexidade social, cultural , econômica, emocional e espiritual, constituem-se campo propício para atuação da igreja ou do inferno; dos cristãos ou dos feiticeiros; dos homens de bem ou dos assassinos. A cidade em que vivemos é campo de batalha entre Deus e o diabo; a cidade pertencerá aos céus ou ao inferno; depende de quem agir com mais eficiência e eficácia, com as forças dos céus ou do inimigo. Segundo LINTHICUM (p. 23), os sistemas sociais, econômicos, políticos, educacionais. e outros, na Cidade, estio sob a influência dos demônios, das potestades das trevas. É preciso muito poder, muita oração, muito jejum e muita ação para que as estruturas das cidades sejam tomadas do poder do inimigo. O desafio é grande. 1'-- o que está conosco é maior do que ele.

4.1. PONTOS FAVORÁVEIS PARA AS MISSÕES URBANAS

HESSELGRAVE (p. 71), diz que as cidades são pólos de influência sobre toda uma área a seu redor, sendo, por isso> mais favoráveis para a implantação de igrejas, pelas seguintes razões: 1) Abertura as mudanças; 2) Concentração de recursos; 3) Potencial para contato relevante com as comunidades em redor.
4.2. PONTOS DESFAVORÁVEIS PARA AS MISSÕES URBANAS

1) Populações concentradas verticalmente em edifícios fechados. Os condomínios, hoje, são quase impenetráveis aos que desejam evangelizar pessoalmente.

2) Excesso de entretenimento. Antigamente, só havia um pequeno campo de futebol em cidades de médio porte. Hoje, há estádios grandes, que atraem muita gente; a televisão tirou as pessoas das ruas e as confinou dentro de suas casas. O evangelismo pessoal é muito dificultado nessas condições. O uso da televisão é muito caro para atingir as pessoas confinadas em suas casas.

3) A concentração de igrejas diferentes, além das seitas diversas, causam confusão junto à população. Cada uma evangelizando com mensagens diferentes e contraditórias Parece que há um "supermercado da fé". Há quem ofereça religião como mercadoria mais barata, em "promoção", com descontos (sem exigências, sem compromissos) e há os que "cobram" caro demais, com exigências radicais.

4)0 elevado grau de materialismo e consumismo, do homem urbano faz com que o mesmo sinta-se auto-suficiente, sem a necessidade de Deus.

5) Os movimentos filosófico- religiosos, tipo Nova Era, apontam para uma vida isenta de responsabilidades para com o Deus pessoal, Senhor de todos. Como enfrentar essas dificuldades?

5.0 ESTRATÉGIAS PARA AS MISSÕES URBANAS

1) ORAÇÃO E JEJUM PELA CIDADE. O homem pecador se opõe a Deus (1 Co 2.14; Rm 8.7; Ef 2.1). O diabo força o homem a não buscar a Deus (Ef 2.2; 2 Co 4.4). Qualquer plano de evangelização por melhor que seja, com recursos, métodos, estratégias, fracassará, se tiver o PODER DE DEUS. Este só vem pela busca, pela Oração. Deus age. Fp 1.29; Ef 2.8; Jo 6.44. Os demônios infestam as cidades. Só são expulsos pelo poder da oração (Sl 122; Jr 29.7; Lc 19.41). A oração é a base.

2) PREPARO DAS PESSOAS PARA A EVANGELIZAÇÃO DAS CIDADES. Esse preparo refere-se ao estudo da Palavra de Deus. É o preparo na Palavra (2 Tm 2.15). As seitas preparam bem seus adeptos. As igrejas precisam gastar tempo e recursos no preparo dos que evangelizam.
3) PLANEJAMENTO DA EVANGELIZAÇÃO. O sucesso da evangelização depende do Espírito Santo. Só Ele convence o pecador (Jo 16.8). Entretanto, no que depende de nós, precisamos fazer o que está ao nosso alcance, a nossa parte.

a) Definir áreas a serem evangelizadas. (Bairro, quarteirão, ruas)

b) Definir os grupos de evangelização

c) Distribuir as áreas com os grupos (Rua tal com grupo tal; ou quarteirão tal com tal grupo, etc.

d) Estabelecer metas ou alvos (nº de decisões, pessoas batizadas, etc..)

e) Preparar os meios necessários: literatura, equipamentos, recursos financeiros, etc.

f) Mobilizar todos os setores da igreja para a execução do que for planejado: jovens, adolescentes, adultos, com a LIDERANÇA À FRENTE.

6.0 MÉTODOS DE EVANGELISMO PARA AS MISSÕES URBANAS

6.1. EVANGELISMO PESSOAL. E o mais tradicional e muito eficiente, principalmente nos bairros mais pobres. Inclui pessoa a pessoa; casa-em-casa; evangelização em aeroportos, em bares e restaurantes; co~tagem (venda de livros); ev. em estações rodo e ferroviárias; na entrada de estádios ; em feiras-livres; em filas (INAMPS, bancos, ônibus, etc.); em hospitais, penitenciárias, em escolas (intervalos de aula);

6.2. EVANGELISMO EM GRUPO. Inclui evangelização de grupos de pessoas: grupos de alunos, de professores, de menores abandonados, de homossexuais, de prostitutas, e também os já conhecidos GRUPOS FAMILIARES, ou células de evangelização; reuniões especiais em restaurantes, chás, classes na Escola Dominical (foi criada para isso); evangelização com fitas cassete e de vídeo (reúne-se um grupo);

6.3. EVANGELISMO EM MASSA. Inclui cultos ao ar-livre, série de palestras ou conferências nas igrejas; cruzadas evangelísticas, campanhas. Só tem valor se houver uma preocupação séria com o DISCIPULADO. E melhor preparar , primeiro, as pessoas para fazer o discipulado antes de fazer a evangelização.

7. DISCIPULADO.

É indispensável que, em cada igreja ou congregação, haja grupos ou setores de discipulado, que integrem o novo converso de maneira segura e acolhedora. Sem esse trabalho, toda a evangelização fica frustrada. Perdem-se mais de 90% das decisões em pouco tempo.

8. MEIOS PARA A EVANGELIZAÇÃO URBANA

1) Programas de rádio e de televisão;
2) Adesivos para veículos;
3) Revistas, e jornais para autoridades, consultórios médicos;
4) Apresentações de corais, bandas e conjuntos em público, em praças, em escolas, em bancos, em repartições;
5) Distribuição de Bíblias a autoridades;
6) Literatura (folhetos) bem selecionados;
7) Exposição de Bíblias e de literatura evangélica;
8) Artigos em jornais da cidade;
9) Telefone;
10) Cartas e cartões-postais; e muitos outros...

BIBLIOGRAFIA
FERREIRA, Dam. Evangelismo total Rio, Juerp, 1990.
HESSELGRAVE, David J. Plantando igrejas. 5. Paulo, Vida Nova, s.d.
LINTHICUM, Roberto. A transformação da cidade. Belo Horizonte, Missão Editora, 1990.
           
                            A maneira mais rápida de se evangelizar é pregar o Evangelho para as massas, como foi feito no dia do Pentecostes. Pedro Inspirado e Cheio do ESPÍRITO SANTO pregou a uma multidão de peregrinos em Jerusalém e o resultado foi a salvação de milhares de pessoas que levaram o Evangelho à seus familiares e concidadãos em toda a parte habitada da época.
                            Veja que Paulo gostava de pregar em locais muito freqüentados como a beira do rio (local de reunião de lavadeiras de roupa e comércio) e Areópago (local de concentração de filósofos e curiosos).
                            JESUS já tinha ensinado pregando nas montanhas, beira de rio, lago e mar. Também pregava no templo e sinagogas onde o povo se reunia.
 

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