
Essas figuras de linguagem são necessárias para ilustrar verdades divinas e profundas em outras culturas. Só que infelizmente algum impregnado de egoísmo teológico ou tradição vem se colocando em posição superior aos ensinamentos bíblicos. Gerando a falsa premissa de “Pra que mudar de opinião? Eu sempre entendi dessa forma”.
Não sei se precisamos escutar estas palavras na boca de alguns cristãos, especialmente porque ela nos apresenta a realidade de um erro cometido [falta de estudo] bem como a condenação de quem estudou de fato.
Entendo que esses desavisados sabem pouco da diferença que existe em ter, ser estar e viver com Cristo. Digo que muitos mais vivem numa época marcada pela negação ou fuga da culpa, do que procurar entender a verdade bíblica que é um grande desafio terreno. Porém, muitos desses crentes acreditam que ao próprio entendimento, possuem condições para salvar a si próprio ou que colaborando com a obra de Deus tem autoridade [unção] para pregar “poder”, “riqueza” e teologia, como se isso fosse o suficiente. Esse pensamento é abominável (Rm 3.9-12; Ef 2.8-10); não há qualquer coisa que o ser humano possa fazer por si mesmo que o justifique diante de Deus (Rm 3.9-12).
O que quero dizer é que sem Cristo, por nós mesmos, atos ou intenções, não somos aceitos por Deus. Paulo diz em Efésios 2.1-9 que, sem Jesus, estamos mortos em nossos delitos e pecado, encarcerados a uma condição espiritual separada de Deus. Vivos no corpo, mortos no espírito.
Eles não veem que tem agido como uma criança que ainda necessita receber comida com ajuda e bem amassada. "Por ser um assunto difícil, inevitavelmente haverá discussões". Só que a falsa humildade leva algumas pessoas a alegar que “todo assunto que gere discussões deve ser evitado”. O tal indivíduo que toma essa atitude demonstra imaturidade e mediocridade espiritual. Entretanto, espero que ao longo do tempo ele comece a requerer essa responsabilidade para si, querer se manter com uma atitude infantil, quando na verdade já deveria ter uma atitude adulta (Hb 5.11-14).
Que isso gere resistência dentre os “irmãos”: discussões, brigas e até divisões de pensamentos com distanciamento. Mas que não despreze o irmão e deixe-o pregar o Evangelho. Por causa de algumas denominações que omitem ou censuram de maneira dissimulada aqueles que discernem diferentes, causam desgastes na imagem da “igreja de Cristo e não do ímpio. Os que não veem que tem aparência de arrogância procure verificar se só tomam posição teológica, pois isso é considerado altivez, porfia. Para evitar esse tipo de rótulo, muitos deveriam se firmar primeiro na posição de santidade para firmarem em seguida na teológica. Porque a teologia é relativista, e se adapta às circunstâncias.
Tristemente presenciamos essa atitude em pessoas que se esquivam das responsabilidades cristãs diariamente, quando tentam tornar o evangelho algo aceitável e agradável aos incrédulos, contrariando as Escrituras (Mt 10.32-39; Lc 12.51-53; Jo 15.18-21; 2Tm 4.1-5).
O falso entendimento leva ao falso entendimento das demais doutrinas cristãs. Aquele que crê na soberania de Deus compreende que a salvação pertence ao Senhor (Jn 2.9) e que apenas podemos cooperar para que isso se torne realidade na vida de alguém. Basta mostrarmos através dos frutos da conversão em Cristo que possuindo a liberdade de escolher Deus, estamos à mercê da Sua decisão, crendo no ensino das Escrituras [A ti te foi mostrado para que soubesses que o SENHOR é Deus; nenhum outro há senão ele]. (Dn 4.35); o controle absoluto de Deus deixa Seus eleitos debaixo de uma confiança inigualável, visto que Deus é Soberano para salvar bem como para preservar os escolhidos (Jo 10.27-29; Rm 9.15-16, 22-24); Porque Ele nos dá a absoluta segurança de salvação e não os pastores ou igrejas. Enfim, a Escritura deve ser reconhecida como totalmente inspirada, tendo todos os seus ensinamentos o objetivo de dar maturidade aos filhos de Deus (Sl 19.7-11; 119; 2Tm 3.16-17).
Não há nada que o crente possa fazer que saia do controle divino. Portanto, ”... a fé em Cristo é o único caminho para salvação, e é Deus quem escolhe a quem concede fé e arrependimento, segue-se que é Ele quem escolhe aqueles que recebem a salvação, e não os próprios indivíduos [nós mesmos]. Pois ninguém sob o domínio do pecado pode simplesmente “decidir” ficar livre dele sem a intervenção divina, e nem a pessoa que “escolhe” ficar liberta sem que tenha uma intercessão”.
A salvação é totalmente de Deus, de modo que ninguém pode se orgulhar de suas obras ou mesmo de seu “bom senso” no que tem “escolhido e crido” (João 15.16; Efésios 2.8). Mesmo após alguém haver “aceitado” Jesus, é Deus quem efetua tanto o querer quanto o realizar, de acordo com a boa vontade dele (Filipenses 2.13).
Fomos justificados em Cristo e por Cristo (Rm 3.21-26; 2 Co 5.21). Por meio de Cristo fomos reconciliados com Deus. Por isso, vivamos a nossa salvação em Cristo como a certeza de que, agora e para todo o sempre, teremos acesso a Graça Deus (Hb 10.19-23; Rm 5.1,2). Hoje podemos ter um relacionamento íntimo e pessoal com Ele, sem nenhum empecilho ou limitações. Já não há mais condenação para aqueles que estão em Cristo (Rm 8.1).
E não permita que a remissão do pecado que muda a nossa história pessoal e de alguém “caia na rotina”, pois é por assim [arrependimento de pecado] que chegamos a Jesus, que nos tornou livres da culpa do pecado e da separação de Deus pela graça então agradeça a Jesus por sua salvação. É Nele e por Ele...