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03/08/2013

Quando o ideal é maior do que a vida, vale a pena dar a vida pelo ideal.



O compromisso com o evangelho da graça é para testemunhar o evangelho da graça de Deus. Testemunhar o evangelho da graça era o grande vetor da vida de Paulo. Ele foi levantado por Deus para ser missionário. Ele respirava o evangelho. Vivia pelo evangelho. Sua conversão foi um grande milagre, sua vida foi uma grande cruzada em favor da evangelização e sua morte foi uma profunda demonstração de coragem.

Assim como estava pronto a se sacrificar e a morrer pelo evangelho, nenhuma outra motivação governava sua vida, não buscava grandeza para si mesmo e não cobiçava ouro nem prata, ou seja, não buscava para si riquezas nem fama. Foi um explorador do evangelho, um embaixador de Cristo, um anunciador do Rei dos reis.

Mesmo sofrendo ameaças e passando parte de sua vida encarcerada, jamais perdeu o entusiasmo de viver, nem o senso de urgência de proclamar o evangelho. Mesmo diante das mais terríveis adversidades, tinha o coração ardente, os pés velozes e os lábios abertos para proclamar Cristo, a essência do evangelho. Considerava-se prisioneiro de Cristo e embaixador em cadeias.

Quando ele despediu-se de Éfeso, fez um dos mais belos discursos de sua carreira. Com palavras eloquentes, desafiou os líderes a assumirem um compromisso com Deus, com a Palavra e com o crente. Dando seu próprio testemunho para encorajá-los: "Porém, em nada considero a vida preciosa para mim mesmo, contanto que complete a minha carreira e o ministério que recebi do Senhor Jesus para testemunhar o evangelho da graça de Deus" (At 20.24). Em apreço, há duas verdades destacadas: 

Em primeiro lugar, o ministério não é conquistado por mérito, mas recebido por graça. "… o ministério que recebi do Senhor Jesus…". Paulo foi um homem vocacionado e chamado por Cristo para desempenhar o ministério. Ele não se autointitulou apóstolo. Ele não se se colocou num pedestal de liderança nem acendeu os holofotes sobre si mesmo. Sua vocação foi celestial. Ele ouviu a voz divina e a obedeceu. Embora o episcopado possa ser desejado pelo homem, o chamado é divino. É o Espírito Santo quem constitui líderes.  Portanto, o líder cristão deve ser vocacionado. Embora a igreja escolha seus líderes, é Jesus quem chama a si os que ele mesmo quer para apascentar suas ovelhas e anunciar as boas novas de salvação.

Em segundo lugar, a liderança cristã exige renúncia. O ministério não é área de privilégios, mas um campo de renúncia. "Porém, em nada considero a vida preciosa para mim mesmo Ser um líder cristão é abraçar uma árdua carreira. Mas, não uma obra de engrandecimento pessoal. Ser grande é ser pequeno. Ser líder é ser servo. Ser o maior é ser servo de todos. Paulo enfrentou toda sorte de provações no exercício do seu ministério. Foi perseguido em Damasco, rejeitado em Jerusalém, esquecido em Tarso, apedrejado em Listra, açoitado em Filipos, escorraçado de Tessalônica e Beréia, chamado de tagarela em Atenas e de impostor em Corinto. Enfrentou feras em Éfeso, foi preso em Jerusalém, foi acusado em Cesaréia, foi picado por uma cobra em Malta e foi preso em Roma. Suportou cadeias e açoites. Foi fustigado com varas e apedrejado. Mesmo em face da morte, não considerou sua vida preciosa para si mesmo. Portanto, o ministério é regido por um ideal mais alto do que a própria vida.