08/03/2018

Soberba coletiva




Roger Morneau no livro a Viagem ao sobrenatural, assim descreveu, a sua experiência com o satanismo:

Um sumo sacerdote satanista afirmou que os espíritos das hostes satânicas são bem organizados.  E que satanás lhes confia tarefas de acordo com as habilidades inerentes de cada um. Também afirmou que os anjos caídos seriam divididos em três grupos distintos: definindo os espíritos amigos como possuidores de grande intelecto que têm habilidade de personificar os mortos. Na realidade, esses demônios têm como especialidade, trabalhar no mundo religioso com imenso prazer de aparecer como supostos espíritos de entes queridos falecidos.

Até hoje eles perpetuam os antigos erros que têm funcionado tão bem para Satanás através dos séculos e estão sempre dispostos a introduzir novos erros à medida que se tornem necessários, por exemplo: aparições da Deusa Diana e demais deuses na antiguidade, aparições de Nossa Senhora, Guias espirituais de Chico Xavier especialmente o espírito mentiroso ‘Emanuel’.
 
“Já os guerreiros” – segundo ele – “se concentram em semear a discórdia nas famílias e desentendimentos entre os amigos, parentes e vizinhos. Tais espíritos adoram criar atrito entre as raças e os diferentes segmentos da sociedade.

 E, àqueles que têm a melhor folha de serviços em provocar a separação entre as pessoas, enchendo-as de ódio. Satanás delega a tarefa de provocar guerras abertas entre as nações”. Exemplo: crimes sem motivo, muitas vezes conjugados com álcool, drogas, grupos de ódio “Os opressores” – continuou o sacerdote – “são um grupo peculiar, pois só encontram prazer em produzir miséria e destruição entre os seres humanos. Eles sofreram algum tipo de esgotamento mental quando o mestre e seus espíritos associados foram mal compreendidos e banidos para este planeta, jamais tendo se recuperado dessa angústia.

Odeiam amargamente o Criador e acham que a única forma de se vingar dEle é destruindo a vida dos que foram criados à Sua imagem”. Desenvolvendo novas drogas, vícios, doenças. (Ref.pág 41). 

Muitas vezes, o nosso comportamento individual é insuficiente para produzir algum resultado positivo, daí, somamos aos outros num mesmo ideal, entretanto, a soberba individual, que é a responsável pela desobediência do ser humano e pela ambição do capeta de se tornar Deus, causa em nosso meio cristão, a mesma sede de poder, algo que leva o homem a desprezar e a infringir as leis divinas. O mais estranho é vê-los valorizar o conceito exagerado de amor-próprio?

Ainda que discorde, o amor próprio, está relacionado diretamente com o orgulho. Pois a ambição pelo poder e a aquisição de bens materiais podem ser uma forma de compensar um sentimento de vazio que em geral é apenas uma necessidade de autoafirmação, ou seja, é exclusivamente uma máscara que buscamos para disfarçar a inveja ou compensar a falta de humildade.

Apesar de poucos terem um conceito compreensível acerca de ser humilde, ainda há quem a associa com a fraqueza, pobreza ou a uma aparência maltratada e miserável. Mas para os cristãos fidedignos, ele é o alvo para santidade: buscam ela até se aproximar da santidade de jesus. No entanto, vemos muitos sem entender esse projeto de Deus para redenção do homem seguido o caminho errado, e o pior, achando que estão no caminho certo dentro das diversas denominações. Sendo assim, a soberba que até então é individual, numa religião ela se torna também coletiva.

Tal como na individual, a soberba coletiva também se caracteriza na necessidade de querer ter mais, e em consequência do sentimento de inferioridade e da sensação de desamparo, surge a fragilidade de fé que se atenuam cada vez mais ... Porém, esses sentimentos são mais intensos nas religiões que hipocritamente, finge acolhimento, a principal manipulação usada, o que explica o fato da necessidade de ter poder vital sobre a fé de algumas pessoas.

Poder esse que tem a capacidade de fazer com que as pessoas ambicionem o poder celestial doa a quem doer.  Se individualmente ninguém abre mão do poder com facilidade e satisfação, imagine coletivamente?

Membresia pobre (soberba individual), Igreja, templo, milionário (soberba coletiva). Portanto, quer seja individual ou coletiva, a soberba está muito distante da humildade, que tem como característica básica o autoconhecimento e não amor próprio.

É lamentável ver o comportamento cristão se desenvolver na inconsciência que seu valor espiritual depende da posição ou aquisição carnal.  Somos todos seres humanos, imperfeitos e limitados e em constante processo de aprendizagem, portanto, nessa terra, nada temos, somos ou sabemos.

Em relação ao trato ao soberbo cristão e aos demais religiosos, temos que tolerá-lo, se possível, reconhecer a nossa soberba também, mas não para igualar, nem defender, nem confrontar, mas neutralizar sua arrogância. Porque de certo modo, elas são frutos de uma história de vida onde muitos são motivados a competir, vencer, impressionar e, não muito raro, punir quem não se enquadra no mesmo pensamento...

Sim a soberba coletiva existe nas religiões e você pode ou está fazendo parte dela agora. Acontece que quando congregados numa religião qualquer, seus membros afirmam que tomaram a decisão certa, mas sem perceber, se torna superior à decisão das outras pessoas e denominações…. Quem está certo mesmo?

De qualquer forma, a soberba coletiva nada mais é do que um comportamento influenciável de uma organização arrogante que pensa, age e fala em parceria com seus membros, supervalorizando a sua necessidade dentro da sociedade, ora menosprezando os outros grupos, ora manipulando e formando novos adeptos. Logicamente, que entre eles, cada um reforça um no outro com apoio mútuo até com que cada um perca a noção do quanto está sendo soberbo, e uma vez agindo igual aos outros, os efeitos negativos surgem, aí…... bem, é contigo mesmo!


fotos

tom caet