Alguns pregadores praticam a arte de pregar em uma terra de riqueza,
privilégio e poder, e quando a bíblia nos fala através dos profetas, que eles estão
errados, quase sempre, acham fácil identificar como adversário, porque para
eles não é fácil estar no lado receptor de uma palavra profética.
Realmente, na vida, todas as coisas são estímulos aos quais a
pessoa reage emocionalmente, mesmo quando não tem consciência deles.
Ao contrario desses pregadores, particularmente amo servir completamente os dependentes
… alguns já se foram, outros sumiram… Esses exemplos me causam dor por
causa da dor e do sofrimento que os próprios passaram, e porque me fazem sentir
um pouco como Isaías reconhecendo sua humanidade na presença de Deus no templo,
confessando seu pecado e o pecado de seu povo e dizendo: "Sou uma pessoa
de lábios impuros e vivo entre um povo de lábios impuros".
A nossa fé pode ser positiva ou negativa, conforme induza a emoções
positivas ou negativas, e, quando resulta num saldo positivo, eles dão à
pessoa o sentimento de pertencer ao ambiente que a cerca ou um sentimento de
pertencer ao ambiente que lhe seja favorável criando muitos vínculos. E quanto
maior o sentimento de pertencer ou de não-pertencer, maior a influência do
meio-ambiente no comportamento da pessoa, ou seja:
Em primeiro lugar, pertencer nos induz à doação e favorece a criação de
novos vínculos positivos e quanto mais favorável o ambiente e maior a quantidade
de vínculos, maior o sentimento de pertencer. Neste caso, o indivíduo tende a
agir considerando, também, o bem do próximo.
Em segundo lugar, o acentuado sentimento de não-pertencer o induz à
competição e dificulta a criação de vínculos positivos e quanto menos favorável
o ambiente e menor a quantidade de vínculos, maior o sentimento de
não-pertencer. Neste caso, o indivíduo tende a agir considerando apenas o
próprio bem, sem se importar com as consequências de suas ações sobre o
próximo.
O ano é 598. Jerusalém foi
atacada pela Babilônia. Ezequiel está entre um grupo dos principais
cidadãos de Judá que foram deportados para a Babilônia, enquanto sua amada
cidade de Jerusalém é destruída. Nos primeiros versos de Ezequiel,
capítulo 17, Deus diz a Ezequiel, “filho do homem, expõe para o povo uma
alegoria e conta-lhes esta parábola…” e Deus diz a Ezequiel um enigma para dar
ao povo da Babilônia. …se continuarmos, no entanto, logo após essa imagem
alegórica de uma águia que planta uma árvore de uma semente que o Senhor diz
que vai murchar por causa da rebelião do povo, é uma promessa tenra, comovente
e tocante de restauração e perdão…
Os versículos iniciais
deste enigma são duros, irados e críticos - Deus na ira de Deus, através de um
enigma sobre uma árvore, faz um julgamento severo para Babilônia.
Os escritos de Ezequiel guardam um
fascínio sagrado para mim, especialmente a ideia de lugar e pertencimento,
provavelmente por causa de minha própria experiência de trabalho missionário... Ter
viajado por vários lugares, ajudou-me a entender o que é gostar de casa… talvez
você tenha uma experiência semelhante; Talvez a terra que seus pais
cultivaram por gerações foi onde você aprendeu e foi disciplinado, mas hoje, Embora eu esteja familiarizado com o anseio
por um lugar em particular que já foi meu lar em uma ocasião ou outra, fui
abençoado com a falta de familiaridade com a sensação de estar exilado - desgarrado
de grupos, lugar, identidade e pertencimento com probabilidade constante de
alguma vez sofrer uma violação dos meus direitos humanos. Eu já
cruzei muitas vezes as esquinas da morte e a cada vez, sinto-me só, vulnerável
e fora da minha importância. E o reconhecimento?
Bem, isso realmente não importa, pois,
minha luta deve continuar, assim como Ezequiel e os exilados que procuravam
encontrar uma palavra de pertencimento. E para os que como eu, estão no
exílio, há alguma esperança? Há alguma boa notícia?
De acordo com a palavra do
Senhor, através do profeta Ezequiel, a resposta para ambas as perguntas é um
retumbante “sim”. Tanto para aqueles que testemunham o exílio missionário, tanto
os que vivem na Babilônia moderna…
Ainda hoje, as tensões sobre o
lugar onde passo se transformam em exílio... inclusive, as vezes fico assustado
e indefeso, algo muito parecido com Ezequiel e os exilados, contudo, na
esperança, tenho anseio de ouvir uma palavra de boas-vindas, amor, aceitação e acolhimento
de algumas pessoas...
Apesar de Deus me ajudar a entender os meandros e tristezas do
exílio, às vezes, um copo de
leite fresco me levaria de volta para casa por causa da exploração de meus serviços,
ou das dores que suporto como pessoa deslocada, pois vivo como nas histórias
sagradas tentando garantir a minha sobrevivência num lugar que já foi uma
garantia (?) e agora, é uma luta. Mas preferi colocar meus pés em lugares
elevados, para cingir minha vida e das outras vidas para que juntos possamos
estar blindados com toda a graça do Cristo na luta para libertar os demais.
Em resumo, quanto maior o sentimento de pertencer, maior a facilidade
para a pessoa tomar decisões adequadas a ela. Entretanto, a pessoa deve
buscar satisfazer as suas necessidades preferencialmente em um ambiente do qual
se sinta parte integrante, Nesse caso, por ser fruto de experiências
vivenciadas pela pessoa, a fé tem influência significativa na qualidade das
decisões tomadas e na capacidade do ser humano de captar informações e de se
relacionar com outras pessoas. E tem mais, se puder refletir, quaisquer
que sejam as particularidades dos lugares, grupos que ansiamos na vida, ainda que
tenham outros significados, temos que verificar se o fator unificador em cada um
de nós é a fé em Jesus Cristo, pois, infelizmente poucos tem colocado a fé nele
em dia, e esquecendo de que o lugar mais importante e crucial da Sua presença e
do Espirito Santo, é onde nós pisamos. E sem fé fica impossível a presença de
Deus. Fica a dica!!!

