26/11/2018

vida que segue




Hoje pela manhã resolvi convidar para caminhar comigo duas emoções: a solidão e a alegria. Num dado momento elas começaram a discutir sobre quem seguraria  a minha mão. Fiquei em silêncio, apenas ouvindo.... 

A solidão dizia que ela deveria segurar, pois ela era uma amiga de infância e sentia muito a minha falta e que morria de saudade de quando eu   precisava dela e ela de mim, afinal, disse ela, caminhou comigo por longo tempo.

Já a alegria, essa é todo avoada, e não sabia nem o que dizer, pois comigo, sempre se perdia em seus argumentos e nunca cumpria o que prometia, e só dizia que tudo o que ela precisava era de uma nova chance e se ela segurasse, faria tudo diferente, principalmente, caminhar ao meu lado. 

Percebi realmente que a solidão acertou ao dizer que sempre esteve comigo, pois foi através dela que aceitei Jesus em minha vida. Mas como Deus para mim não é um personagem de ficção como qualquer outro de qualquer obra imaginada pelo cérebro humano, preferi dar uma chance para a alegria e caminhar o resto do dia com ela.

Então eu disse: Alegria, seja bem-vinda. Hoje você tem a liberdade de segurar a minha mão. Mas como toda ficção envolve qualquer tipo de   bobagens, e isto já está mais que provado cientificamente. Lembrei que todos os dias eu terei que fazer outras mesmas difíceis escolhas: caminhar com a aflição ou com o bom animo, com a ansiedade ou com a tolerância; com a dor ou com a esperança... em fim, segue-se as duvidas ou não seria a vida?

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tom caet