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05/12/2018

alegrando-se no deserto...





Por causa de uma série de questões pessoais e espirituais, escolhi sofrer em silêncio. É que muitas vezes, o peso do conflito que desenvolve em nossos corações ameaça esmagar a nossa fé, e por não conseguirem entender a vontade de Cristo quando simplesmente a dor emocional nos acomete, muitos nos julgam.  

De certo modo isso não deveria nos surpreender, se porventura entendêssemos melhor por que sofremos, inclusive   estaríamos bem mais dispostos para suportar... Só que nem sempre estamos preparados para lidar com a intensidade do sofrimento, pois não há treinamentos sobre essa visão do evangelho, temos no máximo, experiencias referenciadas através de   Jesus e dos apóstolos que regularmente prometeram que sofreríamos em nosso serviço ao Senhor.  Mas qual é o Benefício de tanto sofrimento?

Em primeiro lugar, descobri que precisamos dele para cumprir a vontade de Deus, pois o sofrimento nos transforma em cristãos e através das nossas provações saberemos o limite da nossa capacidade de entender o que Cristo passou e Deus nos dará a capacidade de suportar e a capacidade de escapar (1 Coríntios 10:13). ... além de nos aproximar de Cristo e nos tornar mais semelhantes a Ele (Filipenses 3:10). 

Em segundo lugar, o nosso sofrimento nos abençoa (Tiago 1:12), nos torna mais santos (Hebreus 12:10) e nos prepara para a glória (2Co 4:17). Testes duradouros nos fortalecem e nos ajudam a ansiar mais profundamente por Deus. Pois quando sofremos e nos apegamos com mais força ao nosso Pai, Ele traz-lhe glória (Rm 6: 4). Embora não devamos ser imprudentes e procurar o perigo, devemos entender nossa dor e até a morte pode trazer grande glória a Deus (João 11: 1-4). 

Em terceiro lugar, reconheceremos o amor de Deus por nós como o mais profundo do que qualquer amor que já tenhamos conhecido. Portanto, o conforto e a alegria que Jesus nos proporciona devem derrotar todos os nossos medos e dores.

Mas tudo tem Início e fim. E como todo discípulo de Cristo é um soldado (2Tm 2: 3-4) reconheço que estou na linha de frente do campo de batalha.  E quando anunciamos as Escrituras, encontramos dois pontos muito importantes:  Perseguição e nada menos que ataques espirituais. Mas temos também a promessa que nosso sofrimento chegará ao fim. Porque Deus nos livrará de todas as nossas aflições (Sl 34:19). 

As escrituras nos dizem como responder ao nosso sofrimento: Alegrando-se. Os discípulos são chamados a se alegrar no sofrimento (Rm 5: 3-5), alegrem-se nas provações (Tiago 1: 2-4) e considerem-se abençoados na perseguição (Mt 5:10). 

Não nego que é triste ver nos últimos anos o inimigo ativamente tentando impedir o avanço do cristianismo. Apagando as palavras sacrifício, mártir e submissão tornando-as menos populares e consideradas nas mentes cristãs. E isso resultou em uma geração de cristãos irreverente ou insensível ao sofrimento e mais preocupada com sua segurança e conforto do que com a glória de Deus.  E uma religião que não dá nada, não custa nada e não sofre nada, também não vale nada.

Ainda estou me identificando com o sofrimento. Eu acho que ele é relativo. Mas sem dúvida, afirmo aos que ouvem minha história de vida, imaginem-se em minha posição e pensem: Se a angústia traz a glória de Deus, que a alegria seja abundante em nossa vida quando eu passar pelos mesmos sofrimentos...

No mais, vocês podem se imaginar em meu sofrimento com muito mais facilidade do que podem compreender as incríveis bênçãos e benefícios que esses dolorosos capítulos na minha vida vêm me proporcionando. E concluo agradecendo a Deus do grande privilégio de poder avançar no Seu reino. No entanto, peço a todos que orem pelos nossos missionários que estão pagando um preço adicional devido à sua proximidade com a linha de frente do mal. Ore por eles com frequência. Conhecendo um, lembre-se de dizer que você aprecia o sacrifício deles e que ele continue confiando na soberania de Deus e orando para que sempre faça parte da Sua vontade. Alegrando-se