Se você é um cristão, não deveria se
surpreender com quem pensa que somos esquisitos. Afinal de contas, estamos
tão mergulhados em Cristo, tão saturados espiritualmente, que nossas próprias
palavras realmente gotejam com Jesus.
Daí o mundo que odeia Jesus, nos odeia
também, porque exemplificamos o seu próprio ser. Mas
tudo bem, porque, realisticamente, ser considerado esquisito por não-crentes e não
fazer parte de grupos, é frequentemente mencionado na Bíblia, como em 1
Coríntios 1: 18:
“Porque
a mensagem da cruz é loucura para os que estão perecendo, mas para nós, que
estamos sendo salvos, é o poder de Deus.”
Quando professor eu era esquisito
porque interagia com meus alunos dezenas de vezes por dia. Embora eu
tentasse ser compreensivo, sempre ouvia deles: “as perguntas eram muito
difíceis”, “as instruções não eram claras” ou “você é o pior instrutor...”, mas
sempre procurava passar a ideia de faze-los acreditar que o conhecimento não era
uma função da sorte e sim da capacidade e de esforço.
Como psicoterapeuta sou esquisito porque
vejo muitas razões pelas quais as pessoas fazem coisas na vida e uma delas é
prosperar e se sentir bem consigo mesma através da fé, por exemplo, embora, alguns
prefiram se manter numa imagem que as representem bem no mundo através da razão.
Só que isso é uma boa teoria, mas, como muitas teorias, ela tem
buracos. Esses buracos fazem as pessoas ao nosso redor tropeçarem e quando
elas erram, nós não.
E como Capelão evangélico, entretanto,
vejo que os que insistem em se manter no rótulo de “gente esquisita” são tolos. Porque certamente a maioria dos cristãos gasta mais tempo folheando os livros da Bíblia do que lendo,
confiando em outros para interpretar e explicar tudo e sequer entendem que o
poder, a sabedoria e a mensagem de Deus se torna “escândalo e loucura para os gentios”, e pra piorar, grande
parte acredita nas coisas simplesmente e vivem repetindo as declarações que ouvem mas
não verificando que as ensinam, clinicam e pregam, por isso os cristãos
são chamados muito de esquisito.
Provavelmente esses esquisitões da fé parece
não perceber que confiar em religiões errôneas, irracionais, injustificadas ou
falsas pode causar danos intensos em si próprio. Porque
as crenças de certo modo, dominam nossos comportamentos e como interagimos com
o restante do mundo. Mas quem pensaria no problema de ter uma fé intransigente?
Realmente, sempre vemos falsas crenças
acarretando consequências críticas para alguns crentes. Se alguém está espiritualmente
inseguro, por exemplo, o impacto das falsas crenças pode leva-lo a sentimentos
de arrogância, apatia, depressão ou de solidão em meio à multidão. Mas
o problema é que a maioria usa essa falsa crença para estabelecer os limites
para objetivos e comportamentos pessoais e em casos extremos, para justificar o
porquê de agir de maneira irracional e bizarra por causa da fé. E as
pessoas envolvidas sequer procuram questionar, analisar os motivos pessoais e o
grau de paixão que os levam a expressar fé em detrimento de certas pessoas, assuntos
e coisas.
No entanto, se você tem ou conhece
alguém que tem com um comportamento “esquisito” na fé, se você tiver alguma
dessas crenças também, deve permanecer otimista, porque fé está
sempre sujeita a revisão de Deus, portanto, sugiro que aprenda a lidar com seus
próprios comportamentos incomuns e tenha:
Em primeiro lugar, a mente que o primeiro
passo para o crescimento espiritual é a conscientização sobre o que precisamos
mudar em nós mesmos, o que faz entender como nossos motivos impulsionam o
comportamento cristão que você procura nos outros.
Em segundo lugar, a ideia que se algo
der errado, apenas resolva! não queira saber por que ou quem foi o responsável,
já que o ser humano tem essa mania insaciável de procurar os culpados pelas
causas dos eventos, resultados e comportamentos.
Enfim, ao contrário de um médico que
indica um código de diagnóstico para resumir um monte de sintomas, nós cristãos
diagnosticamos primeiro a nós mesmos e aos outros em seguida. E se algo deu
certo, não tome crédito pra si, compartilhe e não replique o resultado com
todos os envolvidos.... e evite usar certos tipos de rótulos para
justificar nossas identidades e o comportamento que exibimos aos outros,
pensando ou afirmando: "Ele é um introvertido ", "eu
sou um patriota", "ela é autista" ou "eu sou um bosta".
lembre-se que como cristão, você é um ser
único, que responde de maneira diferente às pessoas, lugares e condições que
encontra. Ao contrário de um rótulo qualquer, seu sabor muda o tempo
todo!