Particularmente, nunca me
importei com as opiniões das pessoas. Pelo simples fato de quase nunca, pedi-las.
E evitava que as mesmas me pedissem,
pois sempre me ative a fatos concretos, científicos e elas sempre se esquivavam em ditos populares do
tipo, as letras matam; quem estuda é maluco; você é “meio” sociopata, contador
de história, falso, mentiroso e por ai vai...
Aprendi que a arma da ofensa é a
covardia. E embora, ao debater alguma
coisa com elas, geralmente saia ofendido, mas consciente do baixo conhecimento
cognitivo delas...
Por isso, é tão importante que eu
receba diariamente de Deus, forças para não me queixar, não murmurar e nem
demonstrar insatisfação! Mas não é fácil. Por causa da covardia!
Sim, somos covardes, quando
tentamos diminuir as pessoas. Ainda que todos passem pela mesma batalha, poucas
pessoas as entendem. Porque sempre queremos medi-las com a nossa régua.
Régua que tinha que carregar por onde
passava. Era um covarde ambulante, cujos lábios viviam dizendo que “estava tudo
bem”. Só que esse meu “tudo bem” não era o mesmo na ótica Deus. Se quisermos
estar entre os que não cedem sob pressão, tomemos como medida o fortalecimento
da nossa fé. Às vezes nos sentiremos um tanto “hipócritas”, concordo, mas Deus tem
o controle de tudo, então estará mesmo tudo bem.
E o mais interessante que aprendi
nesse caminho foi ver Jesus chamando seu traidor Judas de “amigo” Sem ser
debochado, irônico ou hipócrita. É perceptível a dificuldade em se manter ou ser
um cristão verdadeiro. Isso requer coragem, e disposição para enfrentar os perigos,
dificuldades, oposição, e até a si mesmo.
Creio que em razão disso muitas
vezes cai nas armadilhas do diabo. Ele sempre usava alguém para me abalar e me
fazer sair do sério. Fui presa fácil dele em razão de confiar demais nos meus impulsos.
De vez em quando ainda me pego pensando como é que fui cometer tantos erros grosseiros
com Deus?
Agradeço aqueles que fizerem
parte do meu processo divino, e quando saí da convivência a carnal, entrei na dimensão
espiritual. Hoje devo negar a mim mesmo e evitar usar os meios humanos - estudo,
experiencias - para atingir um propósito santo e divino.
Por anos, busco discípulos. Procuro
pessoas que ajude a obra. Alimente e levante fundos de amparo, etc. mas os Judas
sempre aparecem. Graças as Deus, Jesus com seus olhos benignos tem me ajudado a
ver o bem que os “esses” Judas causam. imagina por quanto o remorso de Judas se
multiplicou ao se lembrar da expressão doce de Jesus com olhar doce, sem
nenhuma repreensão lhe dizendo “amigo”. Se
Judas não falhasse com Jesus, não aprenderíamos sobre isso. Lembre-se: Judas está
morto, e Jesus, vivo!
Digo com isso que a atitude de
Jesus destruiu em mim a mesma covardia de Judas. Se não mudasse também como
Judas me autodestruiria. Portanto, não podemos morrer antes do tempo. Também não
podemos deixar que a amargura dos outros nos destrua. Nenhum Judas pode ter
poder sobre as nossas vidas.
Temos que perdoar a dor que cada pessoa
nos causou e o bem que nos fez. Lembrando que o mal de cada um voltará a si
próprio, como aconteceu com Judas.
Tal qual Jesus seremos perseguidos,
sofreremos abusos, mas nunca ultrajaremos a ninguém. Pelo contrário, devemos mostrar
interesse ativo no bem-estar dos outros. Ser compassivo, bondoso e amoroso.
Com Ele seremos sempre alvos de
hostilidades. Seremos maldosamente acusados de ser arrogante, ignorante, fraco e
até mesmo, endemoniado. Quando confrontarmos quem moral e covardemente nos ofendem
suportemos tal qual Jesus fez. Inclusive, esses que reagem violentamente,
querendo impedir a obra de Deus em nossas vidas, as vezes são nossos próprios parentes,
amigos próximos...
Mas como verdadeiros discípulos de
Cristo, não podemos esperar receber tratamento melhor do que ninguém: pois o
escravo não é maior do que o seu amo. Se me perseguiram a mim, perseguirão
também a vós. João 15:20.
Paulo também recebeu esse poder para
suportar os adversários e suas severas provocações e perseguições. Poder para
enfrentar e perigos de todas as espécies, a fim de não recuar por medo. Temos
que ser espirituais, viver no Espírito.
Mas a maioria dos cristãos, não
entendem que não dá pra levar uma vida harmoniosa com a vontade de Deus, mas
precisamos estar envolvidos em ajudar outros a fazer com amor o mesmo que Ele fez
ativamente.
Paulo também tinha esse amor -
que era tão intenso - por aqueles que foram responsáveis pelas perseguições que
lhe sobrevieram. Com consciência limpa, ele podia dizer: Eu sou o mínimo dos
apóstolos, e não sou apto para ser chamado apóstolo, porque persegui a
congregação de Deus. Disse ele Cheio de apreço por aquilo que fizeram a seu
favor. “Tenho grande pesar e incessante dor no meu coração. Pois, poderia
desejar que eu mesmo fosse separado do Cristo como amaldiçoado, em favor dos
meus irmãos, meus parentes segundo a carne.” Rom. 9:2, 3.
Incansavelmente, precisamos
aprender a aliviar as dores dos necessitados em seus padecimentos e frequentemente
dar-lhes encorajamento e consolo espiritual quando passarem por dificuldades em
comer e sem o necessário descanso. Inicialmente ficaremos acanhados e temerosos
acerca dos seus ferimentos, mas a atitude predominante dos verdadeiros cristãos
é não se acovardar, mas de poder fazer a vontade de Deus.

