05/04/2020

Romanos 9:2 – vencendo a covardia



Particularmente, nunca me importei com as opiniões das pessoas. Pelo simples fato de quase nunca, pedi-las.

E evitava que as mesmas me pedissem, pois sempre me ative a fatos concretos, científicos e elas  sempre se esquivavam em ditos populares do tipo, as letras matam; quem estuda é maluco; você é “meio” sociopata, contador de história, falso, mentiroso e por ai vai...

Aprendi que a arma da ofensa é a covardia.  E embora, ao debater alguma coisa com elas, geralmente saia ofendido, mas consciente do baixo conhecimento cognitivo delas...

Por isso, é tão importante que eu receba diariamente de Deus, forças para não me queixar, não murmurar e nem demonstrar insatisfação! Mas não é fácil. Por causa da covardia!

Sim, somos covardes, quando tentamos diminuir as pessoas. Ainda que todos passem pela mesma batalha, poucas pessoas as entendem. Porque sempre queremos medi-las com a nossa régua.

Régua que tinha que carregar por onde passava. Era um covarde ambulante, cujos lábios viviam dizendo que “estava tudo bem”. Só que esse meu “tudo bem” não era o mesmo na ótica Deus. Se quisermos estar entre os que não cedem sob pressão, tomemos como medida o fortalecimento da nossa fé. Às vezes nos sentiremos um tanto “hipócritas”, concordo, mas Deus tem o controle de tudo, então estará mesmo tudo bem.

E o mais interessante que aprendi nesse caminho foi ver Jesus chamando seu traidor Judas de “amigo” Sem ser debochado, irônico ou hipócrita. É perceptível a dificuldade em se manter ou ser um cristão verdadeiro. Isso requer coragem, e disposição para enfrentar os perigos, dificuldades, oposição, e até a si mesmo.

Creio que em razão disso muitas vezes cai nas armadilhas do diabo. Ele sempre usava alguém para me abalar e me fazer sair do sério. Fui presa fácil dele em razão de confiar demais nos meus impulsos. De vez em quando ainda me pego pensando como é que fui cometer tantos erros grosseiros com Deus?

Agradeço aqueles que fizerem parte do meu processo divino, e quando saí da convivência a carnal, entrei na dimensão espiritual. Hoje devo negar a mim mesmo e evitar usar os meios humanos - estudo, experiencias - para atingir um propósito santo e divino.

Por anos, busco discípulos. Procuro pessoas que ajude a obra. Alimente e levante fundos de amparo, etc. mas os Judas sempre aparecem. Graças as Deus, Jesus com seus olhos benignos tem me ajudado a ver o bem que os “esses” Judas causam. imagina por quanto o remorso de Judas se multiplicou ao se lembrar da expressão doce de Jesus com olhar doce, sem nenhuma repreensão lhe dizendo “amigo”.  Se Judas não falhasse com Jesus, não aprenderíamos sobre isso. Lembre-se: Judas está morto, e Jesus, vivo!

Digo com isso que a atitude de Jesus destruiu em mim a mesma covardia de Judas. Se não mudasse também como Judas me autodestruiria. Portanto, não podemos morrer antes do tempo. Também não podemos deixar que a amargura dos outros nos destrua. Nenhum Judas pode ter poder sobre as nossas vidas.

Temos que perdoar a dor que cada pessoa nos causou e o bem que nos fez. Lembrando que o mal de cada um voltará a si próprio, como aconteceu com Judas.

Tal qual Jesus seremos perseguidos, sofreremos abusos, mas nunca ultrajaremos a ninguém. Pelo contrário, devemos mostrar interesse ativo no bem-estar dos outros. Ser compassivo, bondoso e amoroso.
Com Ele seremos sempre alvos de hostilidades. Seremos maldosamente acusados de ser arrogante, ignorante, fraco e até mesmo, endemoniado. Quando confrontarmos quem moral e covardemente nos ofendem suportemos tal qual Jesus fez. Inclusive, esses que reagem violentamente, querendo impedir a obra de Deus em nossas vidas, as vezes são nossos próprios parentes, amigos próximos...

Mas como verdadeiros discípulos de Cristo, não podemos esperar receber tratamento melhor do que ninguém: pois o escravo não é maior do que o seu amo. Se me perseguiram a mim, perseguirão também a vós. João 15:20.

Paulo também recebeu esse poder para suportar os adversários e suas severas provocações e perseguições. Poder para enfrentar e perigos de todas as espécies, a fim de não recuar por medo. Temos que ser espirituais, viver no Espírito.

Mas a maioria dos cristãos, não entendem que não dá pra levar uma vida harmoniosa com a vontade de Deus, mas precisamos estar envolvidos em ajudar outros a fazer com amor o mesmo que Ele fez ativamente.     

Paulo também tinha esse amor - que era tão intenso - por aqueles que foram responsáveis pelas perseguições que lhe sobrevieram. Com consciência limpa, ele podia dizer: Eu sou o mínimo dos apóstolos, e não sou apto para ser chamado apóstolo, porque persegui a congregação de Deus. Disse ele Cheio de apreço por aquilo que fizeram a seu favor. “Tenho grande pesar e incessante dor no meu coração. Pois, poderia desejar que eu mesmo fosse separado do Cristo como amaldiçoado, em favor dos meus irmãos, meus parentes segundo a carne.”  Rom. 9:2, 3.

Incansavelmente, precisamos aprender a aliviar as dores dos necessitados em seus padecimentos e frequentemente dar-lhes encorajamento e consolo espiritual quando passarem por dificuldades em comer e sem o necessário descanso. Inicialmente ficaremos acanhados e temerosos acerca dos seus ferimentos, mas a atitude predominante dos verdadeiros cristãos é não se acovardar, mas de poder fazer a vontade de Deus.



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