16/10/2022

MIQUÉIAS [2:1]

 

 

Certa pessoa nasceu de uma condição genética mal diagnosticada e sofreu durante anos de sua infância por isso. Mas tarde, soube-se que a história desse diagnóstico errado incluiu a tolice e teimosia e até mesmo misógina de um médico altivo e cheio de escárnios e afrontas com os pacientes.

Como cristão, certamente não apreciamos desse tipo de comportamento e demais atitudes que causam” problemas” a quem está numa determinada condição de ajuda. Mas o que eu quero mostrar com esse texto acima é que quando recebemos de alguém um mal tratamento, diagnostico, desdém e um errôneo julgamento de quem não deveria agir assim, vemos a fé e toda uma vida se esvair e obviamente, descontamos tal perda da confiança no Deus que acreditávamos nos proteger.  Negando os cuidados e proteção Dele, tornamo-nos, ingratos.     

Porque temos que ser gratos a Ele em todas as coisas. A gratidão a Ele nos fundamenta na Sua Palavra, nos liberta de nós mesmos e nos empodera a ser resilientes com o próximo e mais fortes nas tribulações, além de nos abrir os olhos espirituais.

Todos os dias no campo missionário levanto na expectativa de com gratidão compartilhar as bênçãos de Deus com as pessoas Deus nos envia. E sei que nem sempre isso ocorre, Infelizmente. É que as vezes, surge em nós a preocupante ascensão das pedras de tropeço dos que nos fazem presas e até nos sucumbem com a ingratidão.

Sim, pessoalmente, não é fácil atendê-los. Porém, não me lembro dos jejuns pela fé e nas orações nos montes pela intimidade, Deus ter mandado eu procurar a me preparar para a obra desejando um reconhecimento de atos de bondade e tão pouco ter ido com fome de apreciação ou ido na simples aplicação de justiça própria num retorno de pagar o mal com o bem, ou bem com o mal... Pelo contrário, sempre soube que iria encontrar muita dificuldade, principalmente entre os próprios cristãos.

Mas tenha a certeza, crente que a gratidão nos motiva ir além; precisamos reconhece-la diariamente, como uma boa virtude, porque tenho a certeza que ela faz parte da nossa salvação pessoal e da coletiva.

Além disso, não devemos comparar a Ingratidão com a vingança, mas que fique claro que ambas nos direcionam ao maligno.

Como crente, não me recuso a enfrentar uma pessoa ingrata, mas não me porei ao crivo da sua indignidade e de quem não possui uma vida cristã fidedigna e nem me cobrarei por faltar-me a coragem de ousar enfrenta-las calmamente. Sou de temperamento sanguíneo, portanto, devo controlar-me e calar-me pra seguir o longo percurso de pregar as boas obras mesmo que não haja como me livrar ou encontrar com os ingratos e seus desdéns a todo tempo. Por outro lado, me conforta ler Miqueias 2:1 que diz:  

Ai daqueles que nas suas camas maquinam a iniquidade e planejam o mal! quando raia o dia, põem-no por obra, pois está no poder da sua mão.  

Enfim, sei que poucos concordarão comigo acerca disso, mas o pecado mais comum entre os crentes é sim a ingratidão. Porque ela simboliza o esquecimento deles acerca da cordialidade, da solidariedade, da hospitalidade e da compaixão.  Inclusive, a bíblia pede para que...

Não negligencieis a hospitalidade, pois alguns, praticando-a, sem o saber hospedaram anjos” (Hebreus 13:2). E não oprimais a viúva, nem o órfão, nem o estrangeiro, nem o pobre, nem intente cada um, em seu coração, o mal contra o seu irmão. Zacarias 7:10 

Percebeu que a ingratidão também denota a revelação do vazio da lealdade e da sinceridade com Deus?  

Pois é, meu caro! Quando desobedecemos ao que o Evangelho ordena, o indivíduo ingrato percorre o caminho mais curto para todos os outros vícios e com isso perde também a influência e bondade do Espirito Santo que nos traria o brilho para iluminar e animar o próximo. Ficamos entenebrecido do Próprio entendimento.

Realmente espero que o Senhor não nos deixe estragar tudo com nossas atitudes temperamentais. Espero que consigamos passar por essa vida distribuindo recibos para ficar no arquivo de nossa celestial aprovação no livro da vida.

Sei que é uma tarefa difícil suportar as pessoas ingratas, mas evitemos crucifica-las pela nossa própria justiça, não as meçamos pela nossa régua moral ou condenemos o mundo inteiro por não entender a nossa fé e o agir de Deus diferente na nossa vida.  

Como cristão, devemos confiar em Deus e no seu tribunal de apelações que no dia e momento oportuno Jesus julgará as nossas ações, e não se importe "qual será o resultado" ou "Como será recebido" e se “sempre estivera certo"... e sim queira estar na   presença Dele tendo a certeza de ter vivido uma vida em harmonia com o Espirito Santo e tendo cumprido seu dever mansamente, bravamente  e lealmente, fazendo ou inspirando alguns a fazer o mesmo que o Senhor nos ensinou: partilhar do seu  corpo e sangue... Seja grato!

 

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tom caet