02/11/2011

Denunciar o erro não é ser crítico e desagregador

"Virou mania defender todo tipo de erro com o argumento superficial do ‘Vamos parar de criticar e orar mais’, ‘Nós não podemos julgar’, ‘Deus opera como quer, quem é você para julgar?’. Mas será que é assim que funciona?"




Fico triste com quem não consegue diferenciar o fazer divisão dentro da igreja com a Apologética. Eis a diferença entre o dividir e o discernir.

Fazer divisão é não ser verdadeiramente convertido e tentar derrubar o próximo pelos mais diversos motivos. É ser sempre do contra; jogar os irmãos uns contra os outros; sabotar ou não apoiar trabalhos internos; fazer críticas destrutivas ao trabalho de quem, com sinceridade e dedicação, se empenha pelo Reino.

A Apologética, por sua vez, apoia esse trabalho e contribui na defensiva (cf. Fp 1.16), com o intuito de não permitir que o joio sufoque o trigo e danifique a seara, prejudicando assim o trabalho do Reino de Deus na terra. Lobos vestidos de ovelhas precisam ser denunciados (Mateus 7.15-20). Raposas e raposinhas precisam ser retiradas da vinha (Cantares 2.15).

Este é o serviço da Apologética: combater as heresias que constantemente são formuladas dentro da igreja e alteram o Evangelho genuíno de nosso Senhor Jesus Cristo (Gálatas 1.8-9).

O povo de Deus deve marchar e batalhar para ganhar o mundo para Cristo, mas também deve viver vigiando (Marcos 14.38), na defensiva, combatendo todo o mal que quer se inserir na Igreja e usar até os escolhidos para desvirtuar a fé salvadora.

Quem faz divisão, importa-se somente consigo mesmo. Jamais se preocupa com os sentimentos ou mesmo a salvação do outro. Quem faz uso da Apologética para defender o Reino, importa-se com a Nobre Causa de Jesus Cristo, que envolve o mundo inteiro.

Quem faz divisão pensa somente na sua própria satisfação. Quem faz uso correto da Apologética, pensa nas mesmas coisas que Cristo pensaria se estivesse aqui, em meio a todo esse desarranjo espiritual que se desencadeou em nosso tempo.

Precisamos parar de julgar pela aparência e fazermos julgamentos segundo a reta justiça de Deus (João 7.24). E a Apologética contribui para isso. Precisamos examinar todas as coisas (1 Tessalonicenses 5.21). Não podemos fazer vista grossa às tantas divergências sobre a doutrina cristã em nome da unidade da Igreja.

Se fosse assim, João Batista e Jesus não deveriam exortartão severamente os escribas e fariseus, que tanto eram dedicados à Lei do mesmo Deus que lhes enviou ao mundo para combater o pecado.

Precisamos pregar o Evangelho, e precisamos fazer isso da maneira correta.

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tom caet