De acordo com o Dicionário Michaelis,
Julgar significa: ato ou efeito de julgar; sentença judicial; decisão; apreciação, exame; e formar conceito sobre alguém ou alguma coisa.
Crítica significa: apreciação minuciosa; apreciação desfavorável; censura e maledicência ou discussão para elucidar fatos e textos.
Mas por que toda essa conceituação?
É bem simples: Por que existem muitos crentes que se esquecem de ou ignoram alguns conceitos básicos que são extremamente importantes no evangelismo em certas situações da vida. Sofrem devido à dificuldade de interpretação de textos. Que são fracas, negligenciada nas escolas, que são à base de nossa educação formal. Sem capacidade de analisar e olhar as diversas situações do evangelho, imaturos, não avaliam as divergências e os pontos de vista distintos dos julgamentos ou pré-conceitos de muitas pessoas lúcidas e maduras, assim como outros que agem como perfeitas crianças quando se opõem a correção.
“Um faz diferença entre dia e dia; outro julga iguais todos os dias. Cada um tenha opinião bem definida em sua própria mente. Quem distingue entre dia e dia para o Senhor o faz; e quem come para o Senhor come, porque dá graças a Deus; e quem não come para o Senhor não come e dá graças a Deus” (Romanos 14:5-6).
“Certa vez um irmãozinho disse que se um ímpio vê determinados atos dos crentes vai reforçar sua ‘tese’ de que somos todos cegos, idiotas, fanáticos, seguidores de líderes que só querem dinheiro, e que somos bem burros porque estamos fazendo uma propaganda negativa da própria igreja”... Já Conhecemos a “imunidade parlamentar”, e agora querem criar a “imunidade para cristãos”? É isso mesmo?
Será que o ímpio não acompanha as disputas televisivas de pastores na mídia e seus ministérios colossais despejando promessas que Deus não fez? Igrejas brigando por coisas que não pertencem ao Reino, manipulando o membro para as vultosas doações numa verdadeira barganha celestial numa corrida por audiência com direito a demonstração de quem mais expulsa demônios, de quem mais cura, de quem mais enriquece ou realiza feitos miraculosos, etc.? Ensinando que eles não protestem, não examinem, não discirnam; algo que expressa uma ordem de espiritualidade carnal?
Estando tanto tempo na igreja, esse irmãozinho ainda não aprendeu que ninguém precisa defender a igreja, ninguém precisa defender o pastor. É esse o X da questão: saber que ninguém é autoimune. Não há crente acima do bem e do mal, detentores da verdade absoluta, Não há! Se alguém estiver fazendo ataques severos à fé, líderes das igrejas cristãs lembrem-se de que temos um Pai que os defendem! Pois, buscamos um reino, e fazermos parte de um corpo espiritual, onde nem todos batem palmas e festejam dizendo que as coisas vão melhorar por serem evangélicos.
Lembre-se também que o nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo foi criticado, caluniado, difamado, acusado injustamente, e nem por isso reivindicou qualquer tipo de imunidade! Portanto, evangélicos e etc., pensem bem nisso: somos servidores, uma ferramenta de evangelismo, não coitadinhos!
E digo mais, verifique se as suas censuras se encaixam ao contexto bíblico, assim vai perceber se foram relatadas com o objetivo de trazer a verdade à tona, de construir uma imagem de comprovação bíblica, e não um ‘faça isso, faça assim, simplesmente.
A Bíblia não é “achômetro” de cada um, ou um livro mágico, cuja experiência, é pessoal, idolátrico em torno de igreja e ungidos que operam “poderes”, que glorificam mais o homem do que a Deus. Caminhe por caminhos que podemos e que devemos ir, o caminho que nos leva a remissão de pecados e o retorno de Cristo.
Quanto aos julgamentos, devemos fazê-las a luz da Bíblia sim, exortar e corrigir em amor os erros vaidosos na fé e defendermos através do testemunho a sã doutrina contra os ensinos dos lobos em nosso meio. Porém, existe uma ressalva: Paulo compara os falatórios profanos: “Além disso, a linguagem deles corrói como câncer; entre os quais se incluem Himeneu e Fileto.” (2 Timóteo 2.17).
Embora saibamos que não existe um texto na bíblia que diz que todos podem julgar, Paulo advertiu que se devesse reconhecer alguém capaz de julgar suas causas. São conselhos práticos para o bom exercício da Fé. E quantos já foram autorizados a julgar alguém?
Para quem ainda não entendeu, está escrito: Que Jesus criticou [recriminou] a postura dos fariseus com relação ao próximo: “Atam fardos pesados [e difíceis de carregar] e os põem sobre os ombros dos homens; entretanto, eles mesmos nem com o dedo querem movê-los.” (Mateus 23.4)
Jesus criticou [censurou] publicamente– com palavras e atitudes – os que contaminavam o templo com suas vendas profanas e os chama de salteadores (ladrões): “Tendo Jesus entrado no templo, expulsou todos os que ali vendiam e compravam; também derribou as mesas dos cambistas e as cadeiras dos que vendiam pombas. E disse-lhes: Está escrito: A minha casa será chamada casa de oração; vós, porém, a transformais em covil de salteadores.” (Mateus 21.12-13)
João criticou as palavras e atitudes maliciosas de Diótrefes: “Escrevi alguma coisa à igreja; mas Diótrefes, que gosta de exercer a primazia entre eles, não nos dá acolhida. Por isso, se eu for aí, far-lhe-ei lembradas as obras que ele pratica, proferindo contra nós palavras maliciosas. E, não satisfeito com estas coisas, nem ele mesmo acolhe os irmãos, como impede os que querem recebê-los e os expulsa da igreja.” (3 João 1.9 -10)
Paulo criticou a atitude de Elimás, o mágico, por atrapalhar a pregação da palavra de Deus ao pro-cônsul: “Todavia, Saulo, também chamado Paulo, cheio do Espírito Santo, fixando nele os olhos, disse: Ó filho do diabo, cheio de todo o engano e de toda a malícia, inimigo de toda a justiça, não cessarás de perverter os retos caminhos do Senhor?” (Atos dos Apóstolos 13.9-10)
Paulo criticou a atitude fingida de Pedro e dos que estavam com ele: “E também os demais judeus dissimularam com ele, a ponto de o próprio Barnabé ter-se deixado levar pela dissimulação deles. Quando, porém, vi que não procediam corretamente segundo a verdade do evangelho, disse a Cefas, na presença de todos: se, sendo tu judeu, vives como gentio e não como judeu, por que obrigas os gentios a viverem como judeus?” (Gálatas 2.13)
Jesus criticou alguns grupos de religiosos de sua época: “Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas, porque sois semelhantes aos sepulcros caiados, que, por fora, se mostram belos, mas interiormente estão cheios de ossos de mortos e de toda imundícia”! Assim também vós exteriormente pareceis justos aos homens, mas, por dentro, estais cheios de hipocrisia e de iniquidade. Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas, porque edificais os sepulcros dos profetas, adornais os túmulos dos justos e dizeis: Se tivéssemos vivido nos dias de nossos pais, não teríamos sido seus cúmplices no sangue dos profetas! Assim, contra vós mesmos, testificais que sois filhos dos que mataram os profetas. Enchei vós, pois, a medida de vossos pais. Serpentes, raça de víboras! Como escapareis da condenação do inferno? ’ (Mateus 23.27-33).
De fato, em parte a teologia humana vem colaborando com um conjunto de doutrinas do conhecimento baseado na experiência, só que ela vem gerando teólogos que disputam ideias doutrinárias pessoais em contrariedade ao povo cristão que anseia por remissão dos pecados e vida eterna, além de unidade e paz.
Com tudo isso acima não se pode negar a crítica, ela se faz presente cotidianamente. Nem sempre ela é agradável, mas em muitos momentos se faz necessária. Evidentemente nem todo tipo de critica é boa e edificante, principalmente quando as pessoas criticam com o único e exclusivo intuito de causar problemas.
Para concluir, lamentavelmente criticamos por vergonha de ver em alguns irmãos as virtudes cristãs e as bases que solidificaram a nossa fé, serem trocadas por justificativas condicionadas a uma verdade relativa ou subjetiva filosófica. Criticamos o púlpito, a internet, as praças... Que foram transformadas em um moderno palco de show para demonstrações de comerciantes, em vez de lugar para a manifestação do poder de Deus pela Sua Palavra por meio do Espírito Santo. Sem o Espírito, eles transformam Jesus em um ser pequeno, limitado e infantil. Criticamos essa teologia que vem sendo tratada como uma única forma de conhecimento onde os “tais” aconselham que precisem dela para ter a “fé” aquecida. Criticamos a Fé Mística, pagã com ideal utópico em vez de normalidade cristã.
Enfim, temos que ter fé em Cristo, que se entregou a cruz. Não condenou, nem desprezou e não desistiu de respeitar a fé dos outros e evitou indisposição com a crítica. Porque Cabe a Deus, e não a nós, edificar e levantar seus servos. Na bíblia Paulo ensina que não devemos criticar as fraquezas dos nossos irmãos se eles têm a fé na justiça de Deus. Porque apesar de fracos, eles também creem na justiça de Deus. Criticado ou julgando, a fé é de cada um e diferente umas das outras. Romanos 14:1-3 “Um crê que de tudo pode comer, mas o débil come legumes; quem come não despreze o que não come; e o que não come não julgue o que come, porque Deus o acolheu”.
Deus se agrada da fé daqueles que conhecem e creem na Sua justiça. Ele os tomou como Seu povo.
Nós vivemos com Cristo e morremos com Ele, porque fomos salvos de todos os nossos pecados e recebemos nova vida, pela crença na justiça de Deus revelada no evangelho. Todas as coisas antigas morreram com Cristo, e nós nos tornamos novas criaturas e não temos mais nada a ver com este mundo e, em vez disso, tornamos servos de Deus.
Deus quer aprovar a nossa fé. Nós devemos ter a verdadeira fé que merece a admiração e a recompensa Dele. Porque ele nos permitiu dedicar as nossas vidas ao Evangelho.
Devemos aprovar aqueles a quem Deus aprova, e desaprovar aqueles a quem Deus desaprova. Contanto que se formos contestar, criticar o irmão, façamos para a glória de Deus pela fé na Sua justiça, em vez de exaltar a sua própria consciência.
Espero que Deus aprove a Sua fé. Que você se torne um servo de Deus, exaltá-Lo, amá-Lo, viver para Sua glória e ser agradecido a Ele por permitir que você viva a sua vida dessa forma. Ande em amor.
Devemos entender quão importante é para nós conhecermos e crermos na justiça de Deus. Também devemos edificar os nossos companheiros crentes nascidos de novo e respeitar a sua fé. Os versículos de romanos 14: 7-9 afirmam, “Porque nenhum de nós vive para si mesmo, nem morre para si. Porque, se vivemos, para o Senhor vivemos; se morremos, para o Senhor morremos. Quer, pois, vivamos ou morramos, somos do Senhor”.