05/05/2014

Sim estou errado...




Quantas pessoas não vivem se queixando de que tudo que faz na vida sai errado? 


O meu comportamento defensivo se externa assim quando estou justificando alguns problemas: queixo-me e não procuro admitir um erro... Ou estou certo porque tenho um coração simples e um olhar bom, e por isso sofro... 


Dessa forma, como numa autodefesa, ao perceber perigo, gastamos desse jeito as nossas energias. Como admitir que a nossa presença pudesse ser útil pra alguém que não gosta do nosso jeito... Se o que achamos não for real e não passar de uma "paranoia”, é melhor que fiquem longe de nós? 


Queridos, há coisas que não dão certo mesmo, ainda que algumas saiam erradas por nossa própria responsabilidade. De quem quer que seja a culpa pelo fracasso, é importante que o infortúnio daquele momento não seja descontado em cima de quem convivemos, usando parentes e amigos como bodes expiatórios. O que devemos fazer é manter a serenidade, ter paciência e ir reparar os desvios de metas que ocorreram.


Vivemos como pessoas de quatro tipos: primeiramente como pessoas acomodadas, inseguras nas atitudes, desafiadoras na sinceridade e pouco comedidas nas palavras. Que sabem moldar-se às necessidades dos outros e, mas não dominam a si própria. Que não deixam de seguir a justiça, mas não caminham entre ela, caindo, levantando, aprendendo e amadurecendo pouco e compartilhando menos as realizações. 


Na segunda forma, como pessoas medrosas que nunca estão no seu natural. Estão sempre na defensiva, preocupadas consigo mesma, com que vai comer ou vestir... Num esforço desmedido em saber como estão sendo vistas pelos outros, como devem fazer para serem identificadas de forma mais favorável ao que quer , imagina ou deseja.


Na terceira forma como  pessoas soltas, despreocupadas, que vivem no seu “mundinho”, mostram sempre o que são, ou seja, não estão nem aí. Tudo está bem... Se a agradam, ótimo. Esses são uns coitados. Se não, não se desesperam e a única coisa que não as impede de serem questionadas é sobre as possíveis falhas em seu comportamento, pois têm capacidade e consciência profunda de seus limites e não fazem nada. São omissas a tudo. Ficam sempre "em cima do muro", não levam vantagem e nem tiram partido de lado algum. O seu trabalho é equilibrar entre duas posições e, no final, desagradam a todos e a si mesmo. Não é problema dela!!!!


Na quarta forma como pessoas determinadas, mas defensivas - donas da verdade, que são sempre as “tais". Que sempre pensam que os outros são bobos. Não dão o braço a torcer em determinadas circunstâncias, para não mostrar suas fraquezas. São agressivas ao externar suas ideias e sentimentos, as frustrações, angústias e mágoas que carregam dentro de si. Muitos sequer percebem de que ninguém deve pagar pelo seu mau-humor, seu desaforo. Costumam falar demais para impressionar, tentando encobrir a falta de compromisso consigo mesmo. Não admitem nada que contrarie seu conhecimento ou modo de pensar e crença. Querem que os outros ajam pelo modo delas, senão, usam como defesa, o ataque, o conhecimento para ofender e a fé para oprimir. 


Se parássemos para refletir sobre a nossa vida em geral, descobriríamos mais formas pelas quais andamos tão agressivos, mal-humorados, chatos, fofoqueiros, errados e por que não dizer: orgulhosos.


Já que não somos perfeitos, por que abusar das justificativas pessoais para mostrar-nos diferente do que somos? 


Se há muita gente contra ao que somos, vemos, achamos, ou conhecemos, é impossível que tão estejamos tão certos. No momento em que isso se constata, devemos parar e fazer autoanálise. Só que a melhor atitude é a sinceridade consigo mesmo. Um pequeno esforço para ser verdadeiro sempre é válido quando se pratica com humildade.


Na vida Deus permite que haja coisas boas e ruins e outras que realizaremos, das quais gostamos ou não. Frustrações e falta de reconhecimento por exemplo. Essa é a condição de vida do ser humano: no mundo tereis aflições...


Em meio a tantas instabilidades e dissensões, o que vale é à vontade de Deus. O modo de viver em sociedade deveria brotar dessa vontade de querer ser sempre bom e fiel a Ele e Sua Palavra sem desculpas, sem orgulho e dureza de coração. Porque a pessoa honesta, mansa, admite o erro e segue reconhecendo. Isso se dá porque uma pessoa que tem o seu coração cheio de graça, se torna alegre. Assim, não pensam em pontos fracos, e se concentre em pontos fortes. Ao se buscar com sinceridade os pontos fortes nos outros tudo floresce... A amizade, a fé, a compaixão... Encontre qualidades! Isto sim é para os sábios!

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tom caet