02/02/2017

Reciclar alguem


Toda experiência na vida cria uma caminhada maravilhosa. e a cada passo de bondade que damos, deixamos no chão uma marca mais uniforme e perfeita... E mesmo que a gente não esteja mais na estrada, que as marcas deixadas guiem as pessoas onde elas devem pisar. O chato da caminhada é deparar com uns babacas (Que são para mim as piores) dizendo para tomarmos cuidado com as pessoas que se fazem de boazinhas...  Até parece que merece confiança quem fala mal das outras pessoas.. Particularmente vejo que não há como alguém se  “fazer” de bonzinho. Ou é ou não é!
Apesar de vermos muitos se enganarem feio ao julgar.... eu por exemplo, não faço nada por maldade, por ambição, mas por proteção, e justiça. E procuro mostrar só o que quero mostrar...  Afinal, a gente deve saber das nossas próprias escolhas e saber se proteger das escolhas dos outros.  

Reconheço que a cada dia que passa damos um passo pra nossa evolução esperando que eles estejam perfeitos pra quem for passar por onde andamos, seguindo, descobrindo, aprendendo...

O legal é que a cada passo dado tem um turbilhão de histórias, de momentos bons e ruins, de superação pessoal ou decepção... e tem também as lições que nos fazem melhorar num detalhe aqui, outro ali, mas sempre chegamos no final da estrada.

No meu caso, o problema é que escolhi aturar quem se faz de sincero e no fundo não vale nada... ainda aturo quem se compadece só de amores, e não das dores dos outros... mas aprendi que se é muito mais bondoso ao cuidar dos estranhos quando eles estão atravessando o deserto deles, seguindo atrás... quando eles caem, caindo por baixo para que se firam menos. Quando lhes dói a alma, ficando com a dor deles. E  quando veem a vida sem cor, mostrando o arco-íris. Se isso faz alguém perigoso, então eu sou o pior...

Portanto, não gosto de quem me diz “bom dia”, “boa noite”, “desculpa”, “tenho saudades” e “gosto de ti” a sem me conhecer... De quem me diz “hoje não, mas amanhã sim” e de quem promete fazer, mas não promete tentar deixar a zona de conforto. Não gosto de quem me faz rir nas aflições e me faz comparações divinas... não gosto de quem não me ouve e finge me aturar... não gosto de quem é desleal e birrento. Também não gosto de quem é sonhador e de quem vê tudo difícil. Não gosto de ouvir quem não me apoia ou quem me ignora... não gosto de abraçar quem não me abraça. Não gosto de apertar a mão de quem me esquece.... Não gosto de ficar onde não me querem. Não gosto de gente que pisa em cima dos sentimentos dos outros ou tenta se dar bem descumprindo as leis. Enfim, ignoro simplesmente esses filhos da mãe que vivem escancarados suas opiniões nas ruas, igrejas, escolas e internet com seus julgamentos que nem oferece tanto perigo assim, afinal, eu sei com quem estou lidando: Com o lixo que reciclo.

Por isso, me recuo desse tipo de gente “sincera”. De quem quer combater o mundo, querendo servir-nos de opiniões enganosas...  Por esses hipócritas, fico tímido, apesar de vê-los rindo quando falo que estou, mas poucos deles irão me desvendar.

Porque eu gosto de quem se joga na vida, peita as dificuldades e comemora as conquistas. De quem não tem limites pra aprender e que sabe respeitar os conhecimentos dos outros. Gosto de gente inquieta que quer sempre mais. Gosto de gente grande que sabe se divertir com criança. Gosto de gente que sabe a hora certa de parar, mesmo sem usar relógio. Gosto de gente que nunca deixa de se acreditar...  ah... eu sou viciado em pessoas extraordinárias. Não nas que conseguem feitos incríveis, mas nas bondosas que fazem os outros felizes, apesar das suas aflições, dificuldades e invejosos, por exemplo.  Porque no sofrimento, somos todos iguais.  Todos sentimos medo e dor. Simples assim! E pra você, qual opinião vale mais ou menos: A sua  ou as dos outros?

Reflitam!


Os grandes de espírito sempre acharam a oposição violenta dos medíocres. Estes últimos não conseguem entender quando um homem não se submete aos preconceitos hereditários, mas honesta e corajosamente usa sua inteligência...

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tom caet