Hoje despertei com dúvidas sobre
o meu êxito no meu progresso individual e na minha utilidade para o progresso
coletivo. Por um momento me senti inútil como se estivesse perdendo tempo. Não é muito incomum uma pessoa acordar e
pedir internamente a cura dos seus problemas…
Sei qualquer um num ímpeto incontrolável, pode aflorar um sentimento, que
as vezes a pessoa nem percebe, isso até que alguém lhe ofenda, ou que cause
injustiça. Inclusive, todos nós possuímos aspectos inferiores que ficam
escondidos dentro da essência da personalidade de cada um, sentimentos que estão
prontos para entrarem em cena a qualquer momento: Raiva, ódio, mágoa, tristeza,
depressão, orgulho, ego, vaidade, medo, vergonha, baixa estima e dezenas de
outros sentimentos que causa uma força negativa e muitas consequências ruins.
Mas o Ego, o grande responsável pela percepção que temos sobre as
situações da vida, inclusive, a decisão a qual iremos encarar as adversidades, nos
causa insegurança emocional principalmente ao decidir sobre as coisas de Deus...,
mas faço essa observação sem caráter científico, apenas defini essa ideia comparando
com a minha falta de certeza, duvidas e até falta de fé em alguns momentos. Porque
dentro do meu espaço psicológico que vivo, as vezes me falta lucidez sobre qual
caminho seguir e qual decisão tomar com certas pessoas; da relação causa e
efeito com elas, às vezes, fico com medo. Acerca da lei do amor, fico infeliz; da
justiça, me sinto desprotegido; da misericórdia divina e de tudo o mais que a minha
fé exige, tenho indecisão. Daí pensei comigo: será que não deveria me aplicar e
dedicar mais a mim mesmo?
Mas como toda angustiante busca é
para estar bem com o outro, respondo que simplesmente tenho medo de algo que
foi conquistado se perca, mas entendo que só devo focar no Bem, tentando
empregá-lo como essência e finalidade de todos os meus pensamentos e boas ações.
Entretanto, quando o meu entendimento turvado me faz esquecer dos motivos, a
finalidade a qual me levam a estar anunciando o evangelho. Daí sempre me lembro
e volto a reconhecer que meu dia a dia, tudo isso faz parte do meu planejamento
de solidariedade. Ou seja, mesmo não conseguindo alcançar algo suficientemente
bom para mim mesmo, por exemplo, sustento, penso nas famílias sem Deus, no meu esforço
e no meu contato diário com as adversidades com elas...
Sei que as vezes, posso fraquejar
na espiritualidade e por isso, devo me dedicar mais e continuar focando no Bem do
próximo com mais paciência e compreensão, embora as vezes não consiga dar conta
desse profundo sentido espiritual, de forma alguma, devo agir em prol de mim mesmo.
Em missões, precisamos ter prazer
a ponto de chegar frente aos motivos das lagrimas alheias e compartilha-las em
todos os momentos de infelicidades... e não basta somente cuidarmos do que nos
cabe com elas, e sim cuidarmos da melhor maneira de manter a fé delas e
livra-las de palavras leigas, de pessoas que tem a tendência de focar no que há
de negativo, duma imagem distorcida de um sentimento de impotência e fraqueza
diante das demandas externas.
Sei que no mundo espiritual, todos
nós vivemos em busca de algo que, certamente, Deus já nos concedeu não por
merecimento próprio, mas por misericórdia de Cristo. E como missões é uma
grande balança de decisões, não basta estar bem-intencionado e sair achando que
o céu sempre nos ajudará. E também não é um fardo a se carregar. E se acaso não
conseguir mais definir, focar no compromisso que deve ter com o próximo, aos
menos admita que a com Jesus, o fardo é
leve se olharmos com novos olhos e ficarmos atentos, as armadilhas que nos
desviam de nossa meta, tornam-se ilusórias.