Taí o único lugar que humildemente quero descer!
Uma vez fui pedir uma ajuda para
uma pessoa e me disseram algo assim: Ora, todos dependem da própria natureza....
todo ser humano é provido de todos sentimentos decisões e aquilo que se plantar,
no futuro colherá.
Daí respondi: ainda que todos planejem
algo para o seu futuro, ou o que decida sofrer ou mudar, sempre vai refletir em
todos em sua volta. Sabia que saberes e sabedorias se completam?
A minha estratégia de domínio cristão se estabelece
no conhecimento e não em poderes superiores imbecis. Pelo contrário, algo que
mais vejo frequentemente entre pregadores, é conversas impregnadas de
arrogância teológica, de sentimentos faccioso, de superioridade eclesiástica, e
o pior: a soberba que esteriliza e acorrenta a integridade da fé deles.
Esses canalhas institucionais,
apesar de mentirem nos sentimentos, induzem os incautos a dependerem deles interinamente.
Por isso é preciso manter a ignorância, a desinformação, a alienação, a
superficialidade mental, pra que os de baixo não percebam a sua ambição na
estrutura celestial. Afinal, são eles os pobres injustiçados nas redes sociais e
não as ovelhas…. É ou não uma divisão estratégica? De onde vem a sabedoria desses
vermes?
Com certeza, não vem das
vivências, da superação de dificuldades, da necessidade, da fome, da dor, do abandono…
poxa, se não pode ajudar, humilhar pra que?
Infelizmente, muitos religiosos habituaram-se
a construir argumentos para proteger erros. Outros para destruir, humilhar, e
olhar o próximo de cima para baixo. A maioria se tornou altiva, crítica e esqueceram
que a nossa fé está no estado racional, de consciência e nada mais. E que a
nossa espiritualidade se reflete na conduta, no caráter, nos sentimentos, no
temperamento, na própria vida e suas relações interpessoais. E o mais
importante:
É perante o próximo que devemos prova-la;
sendo empáticos, praticando sempre aquilo que desejamos que façam conosco, e jamais
algo que possa ter reação contrária a nós mesmos.
Ou esqueceu-se daqueles que ao
longo dos anos praticaram cotidianamente o exercício da fé em busca de harmonia
coletiva, obviamente, cada um em sua própria individualidade pregando o
convívio coletivo sem interrupção, mas para dar a mão e ajudar a levantar quem estava
caído….
Sei que no céu formaremos uma
família espiritual. Na terra somos uma nação entre as nações. Mas no atual
modelo evangelístico, não temos mais o ser humano como o centro de importância,
e sim interesse econômico. Isso cria divisões e conflitos… eu não patrocino
ou apoio os egos daqueles que dominam as comunicações nos púlpitos, cujas
palavras semeiam contendas lucrativas. Igreja se tornou utopia…
Li certa vez uma frase de um tal Galeano
que disse que utopia era uma janela: Na qual, ao nos aproximarmos dela um passo,
ela se afasta um passo; quando nos aproximamos mais dois passos, ela se afasta
outros dois... então pensei: igreja (templo) depois de Cristo se tornou Utopia!
A saber, um dia, seremos parte de
uma incalculável família universal, mas esses pastores, superficializaram as
mentalidades. Acham que tem o poder de nos induzir aos seus valores falsos e
comportamentos condicionados, competitivos, intolerantes, conflituosos, superiores
as pessoas de acordo com seus interesses. Também sei que toda e qualquer igreja
tem o papel de socializar, incluir, agrupar disciplinar e ensinar a pratica da
paz sem concessão, lobotização ou manipulação e jamais de discriminação e
exclusão. Sei mais ainda que para alguns, ela é tão fundamental para a pratica da
sua humildade…, Mas como todas as portas das igrejas estão fechadas para novas
perspectivas, para mim, ela é utopia, a perversidade travestida de cruel ansiedade,
portanto, dispensável.
Hoje, tento seguir a minha
consciência. Passei a usar essa referência de utopia para caminhar também; e nas
idas e vindas dos tempos, caminhei, caminho, caminharei…, mas totalmente livre.
E nada mais justo para quem quer ser um cidadão óbvio do Reino apregoado pelo Judeu
crucificado. Só não sei até quando me manterei livre e consciente disso. Cabe agora
a cada um desenvolver sua própria percepção da realidade, a própria consciência
das coisas, desacorrentando da ignorância, idolatria, mesmo que pouco a pouco. E
pelo fato de alguns acharem que jesus também é utopia, ainda assim prefiro ser um
seguidor curioso, desgarrado da teologia, excluído do CNPJ, fora das quatro
paredes entre outros… ainda que informal do evangelho deles, encaro esses
motivos que me impelem a desistir, como desafio, mas confesso que nem sempre tô
afim… porque religião é um saco! …

