13/07/2018

utopia


Taí o único lugar que humildemente quero descer!

Uma vez fui pedir uma ajuda para uma pessoa e me disseram algo assim: Ora, todos dependem da própria natureza.... todo ser humano é provido de todos sentimentos decisões e aquilo que se plantar, no futuro colherá.

Daí respondi: ainda que todos planejem algo para o seu futuro, ou o que decida sofrer ou mudar, sempre vai refletir em todos em sua volta. Sabia que saberes e sabedorias se completam?

 A minha estratégia de domínio cristão se estabelece no conhecimento e não em poderes superiores imbecis. Pelo contrário, algo que mais vejo frequentemente entre pregadores, é conversas impregnadas de arrogância teológica, de sentimentos faccioso, de superioridade eclesiástica, e o pior: a soberba que esteriliza e acorrenta a integridade da fé deles.

Esses canalhas institucionais, apesar de mentirem nos sentimentos, induzem os incautos a dependerem deles interinamente. Por isso é preciso manter a ignorância, a desinformação, a alienação, a superficialidade mental, pra que os de baixo não percebam a sua ambição na estrutura celestial. Afinal, são eles os pobres injustiçados nas redes sociais e não as ovelhas…. É ou não uma divisão estratégica? De onde vem a sabedoria desses vermes?
Com certeza, não vem das vivências, da superação de dificuldades, da necessidade, da fome, da dor, do abandono… poxa, se não pode ajudar, humilhar pra que?   
Infelizmente, muitos religiosos habituaram-se a construir argumentos para proteger erros. Outros para destruir, humilhar, e olhar o próximo de cima para baixo. A maioria se tornou altiva, crítica e esqueceram que a nossa fé está no estado racional, de consciência e nada mais. E que a nossa espiritualidade se reflete na conduta, no caráter, nos sentimentos, no temperamento, na própria vida e suas relações interpessoais. E o mais importante:

É perante o próximo que devemos prova-la; sendo empáticos, praticando sempre aquilo que desejamos que façam conosco, e jamais algo que possa ter reação contrária a nós mesmos.

Ou esqueceu-se daqueles que ao longo dos anos praticaram cotidianamente o exercício da fé em busca de harmonia coletiva, obviamente, cada um em sua própria individualidade pregando o convívio coletivo sem interrupção, mas para dar a mão e ajudar a levantar quem estava caído….

Sei que no céu formaremos uma família espiritual. Na terra somos uma nação entre as nações. Mas no atual modelo evangelístico, não temos mais o ser humano como o centro de importância, e sim interesse econômico. Isso cria divisões e conflitos… eu não patrocino ou apoio os egos daqueles que dominam as comunicações nos púlpitos, cujas palavras semeiam contendas lucrativas. Igreja se tornou utopia…

Li certa vez uma frase de um tal Galeano que disse que utopia era uma janela: Na qual, ao nos aproximarmos dela um passo, ela se afasta um passo; quando nos aproximamos mais dois passos, ela se afasta outros dois... então pensei: igreja (templo) depois de Cristo se tornou Utopia!

A saber, um dia, seremos parte de uma incalculável família universal, mas esses pastores, superficializaram as mentalidades. Acham que tem o poder de nos induzir aos seus valores falsos e comportamentos condicionados, competitivos, intolerantes, conflituosos, superiores as pessoas de acordo com seus interesses. Também sei que toda e qualquer igreja tem o papel de socializar, incluir, agrupar disciplinar e ensinar a pratica da paz sem concessão, lobotização ou manipulação e jamais de discriminação e exclusão. Sei mais ainda que para alguns, ela é tão fundamental para a pratica da sua humildade…, Mas como todas as portas das igrejas estão fechadas para novas perspectivas, para mim, ela é utopia, a perversidade travestida de cruel ansiedade, portanto, dispensável.

Hoje, tento seguir a minha consciência. Passei a usar essa referência de utopia para caminhar também; e nas idas e vindas dos tempos, caminhei, caminho, caminharei…, mas totalmente livre. E nada mais justo para quem quer ser um cidadão óbvio do Reino apregoado pelo Judeu crucificado. Só não sei até quando me manterei livre e consciente disso. Cabe agora a cada um desenvolver sua própria percepção da realidade, a própria consciência das coisas, desacorrentando da ignorância, idolatria, mesmo que pouco a pouco. E pelo fato de alguns acharem que jesus também é utopia, ainda assim prefiro ser um seguidor curioso, desgarrado da teologia, excluído do CNPJ, fora das quatro paredes entre outros… ainda que informal do evangelho deles, encaro esses motivos que me impelem a desistir, como desafio, mas confesso que nem sempre tô afim…  porque religião é um saco! …


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tom caet