21/12/2018

Efeito Dunning-Kruger


             


           Psicologicamente, somos construídos e por causa da maneira como aprendemos com nosso ambiente, somos todos motores da ignorância. 

sobre sermos ignorantes, não se deve pensar nisso como desinformados. Antes, deve-se pensar como mal informados. Embora, alguns sejam convencidos que a mente ignorante é precisamente um vaso vazio e imaculado, fundamentalmente, vejo que ela é preenchida com a desordem de experiências de vida irrelevantes ou enganosas; cheias de teorias fatídicas, intuitivas, estratégicas, metáforicas e palpiteiras que lamentavelmente têm a aparência e a sensação de conhecimento útil.

De fato, muitas vezes, nossas teorias são boas o suficiente, mas nossa mentalidade criativa para contar histórias, combinada com a nossa incapacidade de detectar nossa própria ignorância, pode às vezes levar a situações embaraçosas, infelizes ou totalmente perigosas - especialmente em um ambiente tecnologicamente avançado, sociedade democrática complexa que ocasionalmente inventa crenças populares equivocadas com imenso poder destrutivo.

Acontece que de tempo em tempos, as pessoas tendem a ter visões excessivamente favoráveis ​​de suas habilidades em muitos domínios sociais, intelectuais e religiosos. Paradoxalmente, quando o Oráculo de Delfos disse a Sócrates que ele era o homem mais sábio da Terra, Sócrates respondeu dizendo: "Eu sei que não sei nada". Ele estava apenas fingindo humildade ou estava realmente pensando assim?

Foi uma resposta real e tem a ver com algo chamado The Dunning-Kruger Effect - o efeito Dunning-Kruger, um viés cognitivo em que pessoas com baixa capacidade intelectual sofrem de superioridade ilusória, ou seja, em muitos domínios sociais e intelectuais, em grande parte, parecem, inconscientes de quão deficiente é seu conhecimento. 

Analiticamente sempre descrevo essas pessoas pejorativamente como “burras”, não por falta de autoavaliação e sim, acerca da sua interpretação - uma questão inquietante onde as autopercepções de competência cognitiva tantas vezes variam de verdades em verdades..., mas quais são as pistas que ambos usamos para determinar se nossas conclusões são sólidas ou corretas? Será que somos “mal informados” não que necessariamente sabemos menos, mas só sabem coisas diferentes? 

Talvez o problema da maioria das pessoas não esteja na capacidade de avaliar seu conhecimento, mas na incapacidade de avaliar a sua falta e isso os deixam com um duplo fardo - não apenas em seu conhecimento incompleto e equivocado que os leva a cometer erros, mas que também os impedem de reconhecer quando cometem erros. Inclusive, muitos indivíduos tem uma incapacidade de perceber suas realizações, mas têm um medo persistente de serem expostos como um “burro”.

Voltando ao Efeito Dunning-Kruger, eu acho que é muito importante ter em mente que devemos ler mais. E ler amplamente; indo para livros que desafiam o que você acha que "conhece" em vez de criar uma câmara de eco para suas crenças já mantidas. Ainda que aumente o conhecimento, você descobrirá o quão pouco você sabe.

Uma das melhores coisas sobre o Efeito Dunning-Kruger é usar o termo em argumentos porque em muitos casos, nem sempre a incompetência deixa as pessoas desorientadas, perplexas ou cautelosas.  Portanto, não digamos a alguém que     "sua incompetência está impedindo de ver sua incompetência”, em vez disso, digamos que eles são frequentemente abençoados com uma confiança inadequada, estimulados por algo que lhes parece conhecimento....

Enfim, de certo modo até dá pra reconhecer que o pensamento de alguns são cruciais, mas nossos pensamentos com eles são inúteis porque quase todos nós estamos errados quase o tempo todo. Então, na pior dos casos, todos sofremos com a "síndrome do impostor". Mas isso já é outra história....




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tom caet