Agora

Era uma vez... um rei que acordou de manhã com três perguntas em sua mente:

Quem é a pessoa mais importante do mundo? 

Qual é o momento mais importante da vida? 

Qual é o carma mais importante de se ter?

Na corte real, ele repetiu essas perguntas para seus ministros e outros cortesões. Alguns diziam que o rei era a pessoa mais importante, que a hora da morte era o momento mais importante, e servir a religião era o carma mais valioso. 

Muitos outros tiveram respostas diferentes, como o filho de alguém ou o pai de alguém era a pessoa mais importante, ou o momento do nascimento era o momento mais importante e até a caridade era o Carma mais importante. 

Teve quem dissesse  que Deus era a pessoa mais importante, e teve quem dizia que era o fazendeiro, além dos que respondiam que era o soldado, e assim por diante. 

Só que o Rei não ficou satisfeito com as respostas. E as três questões eram colocadas em seus principais assuntos nas reuniões, mas ninguém poderia fornecer uma resposta satisfatória. Até que finalmente  o seu ministro-chefe sugeriu que o ele visitasse um sábio que vivia no topo de uma montanha. 

Prontamente, os arranjos foram feitos e o rei estava a caminho com seu séquito. Foi uma subida íngreme e algumas horas depois ele se viu do lado de fora da caverna do sábio. Como era costume, ele deixou a espada do lado de fora da porta, prostrou-se diante do sábio e fez suas perguntas. 

Em resposta, o sábio levou-o até a beira de um penhasco, um ponto alto próximo a todo o reino. O rei estava olhando para seu vasto domínio e se sentindo bem com sua vida até então, quando foi interrompido por uma voz atrás dele."Vire-se", dizia.

O rei virou-se para a voz e o sábio apontou a espada para o seu coração a poucos milímetros de distância. “Ó rei!” Continuou o sábio, “você sabe agora, quem é a pessoa mais importante, qual é o momento mais importante e qual é o carma mais importante?” 

O rei ficou surpreso. Depois que seu coração pulou uma batida, um sentimento calmo varreu todo o seu ser e seus olhos brilharam. Ele inclinou-se tanto em reverência quanto afirmação. O sábio devolveu a espada. O rei expressou sua gratidão e retornou ao seu palácio.

Seus cortesões perguntaram a ele no dia seguinte se ele havia recebido uma resposta satisfatória e, em caso afirmativo, eles estavam muito ansiosos para saber também, eles disseram. 

"Sim", disse o rei. “O sábio respondeu a todas as três perguntas em um instante. Apenas quando eu estava admirado olhando para o meu reino colossal da borda, percebi que o carma mais valioso para mim era continuar a amar e cuidar dos meus súditos. 

Eu sou um rei por causa dos meus súditos, eu percebi isso. E então o sábio apareceu com a minha espada na mão. Eu estava a alguns momentos da morte. Daí percebi que o momento mais importante é o "agora". 
Naquele momento, o passado não importava e eu não tinha futuro. Agora foi o único momento que tive, é a única vez que tenho, e será a única vez que vou ter.

Por um momento o rei ficou quieto em reflexão. Um minuto passou. 

E Vossa Majestade, disse o ministro, quem é a pessoa mais importante?

"Você." respondeu o rei.

Eu?

Sim, você. Mas não "você".... 

Sua sabedoria está além do meu alcance, Sua Graça.

É que a pessoa mais importante é aquela com quem você está, esclareceu o rei. Portanto, você é a pessoa mais importante no momento. Ou seja, a pessoa com quem você está "agora" é a pessoa mais importante. Quando você dá sua atenção exclusiva à pessoa com quem está lidando, aumenta sua autoestima, faz com que se sintam importantes, se sintam cuidados e respeitados. E, sem dúvida, o “agora” é o momento mais importante. Este é o único momento em que podemos agir. Em essência, este é o princípio da atenção plena - para dar sua atenção ao momento presente.

Ser capaz de amar, de poder cuidar, é o carma mais importante. É a coisa mais valiosa que você pode fazer consigo mesmo, com os outros, com o seu tempo, com a sua vida. Quando você está com você mesmo, ame a si mesmo; quando você estiver com outra pessoa, dê a ela toda a sua atenção. Você vai realizar muito mais em muito menos.