Há uma perspectiva falsa que diz
que devemos fazer o que for preciso para conseguir o que queremos nesta vida,
mesmo que isso machuque outras pessoas.
Já eu diria que o verdadeiro cristão
jamais concordaria em ferir alguém de modo algum. Pelo contrário, com humildade
devemos reconhecer que todos os nossos planos dependem de Deus, e Ele pode
mudá-los a qualquer momento. Portanto, precisamos confiar que Ele proverá, nos
julgará e nos elevará em Seu tempo.
Creio que esta sabedoria do céu
nos chama para confiar em Deus e obter tudo o que precisamos. Temos que
confiamos em Seu amor, bondade e poder para prover, portanto, não precisamos
abusar, impor humilhar, entristecer uns aos outros para conseguir o que
queremos.
Caso não saiba, é por meio da comunhão
que nossa espiritualidade é posta em evidência. Pois o Senhor nos incentiva a
praticar a compaixão com mansidão, paciência e amor, em suma, exercitar os frutos
do Espirito (ensinamentos da palavra) com o próximo.
Acerca da comunhão, penso em
Jesus me dizendo: O que você gostaria que as pessoas lhe fizessem de bom, faz
por elas também! Já que quer amar a si mesmo, não esqueça de amar os outros
igualmente. E quando tiver o que comer reparta com os famintos; se tem roupas
novas, vista-os. Quando estiver na sua zona de conforto, seguro e protegido de
calamidades e violência, procure consolar e pô-lo num lugar confortável para ele
viver, pois assim como você gosta de ser bem recebido em ambientes novos,
receba bem um estranho no meio em que está com honestidade e humildade.
Em Cristo, somos livres para
obedecê-Lo. Isso significa servir um ao outro. Significa atender as
necessidades um do outro. Só que infelizmente, vivemos num tempo onde as
pessoas orgulhosamente tem aprendido a se relacionar por meio de identificação digital...
Chegando a afirmar que tem muitos amigos na internet. Inclusive, muitos lamentavelmente, por
acreditar mais numa amizade virtual, acaba por desprezar o valor de uma boa amizade
presente e até da própria vida.
O grande perigo da amizade
virtual é que ela não só nos impede de ver a grandeza de amar em comunhão, mas de
sentir, de tocar, de cheirar e de sermos diferentes. Não tem como amadurecermos
numa amizade sem enxergar a beleza interior e principalmente a respeitar uns
aos outros.
Como isso está bem evidenciado no
meio cristão, os tais “crentes” passaram a procurar definir suas afinidades para
atingir seu público alvo para atraírem likes, considerando sem dúvidas, que
isso trará algum conforto e segurança para eles. E nessa modinha, vemos várias denominações religiosas
introduzindo algumas tribos urbanas. Ou seja, hoje tem igreja para todos os
tipos:
Para artistas, ricos, surfistas, roqueiros,
tatuados e até para gays. Há quem (se) defenda, mas, eu ponderaria que isso
cria mais uma grande sensação de comunhão do que comunhão espiritual.
Embora todas essas igrejas tenham
a sua própria autonomia para desenvolver estratégias evangelísticas, isso mais
parece ser de interesse e gosto próprio dos seus líderes do que evangelístico.
Para mim nada muda ver os templos
aderindo a essa modinha tribalista. Porque me remete a ideia de que Deus realmente
não faz acepção de ninguém, porém, imagino, como deve ficar a situação dos membros
mais antigos vendo tanta mudança?
Como elas, aprendi que as pessoas
frequentam a igreja para orar, interceder, aprender, ensinar...... E entendo que
se fosse para recrear, tanto elas quanto eu, certamente procuraríamos
outros lugares. Mas não! Porque entendemos que Deus requer de nós que abandonemos
a nossa individualidade, nosso caráter mundano e nos padronizemos com Cristo
cujo Espirito dita as regras através do Evangelho.
Particularmente, como
psicoterapeuta, até entendo que as pessoas naturalmente procuram essas tribos
para se sentirem confortáveis, integradas, mas aviso como cristão, que fazer
parte de uma subcultura, paga-se um preço alto (falo do descredito) porque
causa dissenção. Além do mais, sabemos do interesse dessas Igrejas tribais -
que crescem afoitamente no interesse financeiro, mas amadurecem vagarosamente
no entendimento da salvação e no valor da comunhão espiritual.
Por isso peço a Jesus
constantemente que reforce o tom do meu comportamento. Lendo o Evangelho vou aprendendo
a fazer a diferença em meu ministério missionário que é:
Gostar de gente que não gosta
dele e da bíblia, mas que apreendeu a amar e respeitar como os outros indivíduos
querem viver. É que as vezes temos que entender; ter em mente e se submeter aos
gostos que não são os mesmos que os nossos. Além do mais, Se eu fizer ao
contrário disso darei margem para que as religiões não-cristã ignore as transformações,
as lições de vida das pessoas convertidas em Cristo.
Obviamente, a testificação da fé
e as conversões são importantíssimas para os membros do corpo de Cristo. São testemunhos que se comparam entre si e que
podem ser úteis ao seu crescimento espiritual. Portanto, não podemos desprezar
o valor do relacionamento com Deus para agradar o do homem. Certa vez Martin Luther King Afirmou:
No fim lembraremos não das palavras dos nossos
inimigos, mas do silencio dos nossos amigos.
Para concluir, os cristãos que
escolheram continuar a viver de acordo com a sabedoria do mundo (internet,
filosofia, psicologia e afins), se deixando se motivar pela inveja, ambição e
fama, enfim, buscando o que desejam acima de tudo, não estão vivendo como amigos
de Deus, mas vivendo em adultério como inimigos de Deus.
