Um homem condenado à morte ia ser
apedrejado. Os carrascos lhe jogaram grandes pedras.
O réu suportou o terrível castigo em
silêncio, nenhum grito! Na sua condição, compreendia que a desgraça havia caído
sobre ele e que seus gritos de nada serviriam.
Passou por ali um homem que havia sido
seu grande amigo. Pegou uma pequenina pedra e atirou na direção do condenado…
somente para demonstrar que não era do seu partido, e assim, não ser julgado
injustamente também!
O pobre condenado, atingido pela
diminuta pedra, atirada por seu amigo, deu um grito estridente!!!
O rei, que a tudo assistia, ordenou
que um de seus lacaios perguntasse ao réu porque ele gritara quando atingido
pela pequena pedra, depois de haver suportado enormes pedras de tantas outras
pessoas…”
O condenado respondeu: “As pedras
grandes foram atiradas por homens que não me conhecem, que não sabem das minhas
lutas, da minha história, dos meus caminhos e do meu caráter, por isso me
calei!
Mas, a pequenina pedra foi jogada por
um homem que foi meu companheiro, meu amigo, meu confidente! Por isso gritei!!!
Lembrei de sua amizade nos tempos de
minha felicidade. E agora vi sua felicidade quando me encontro na desgraça.
O rei compadeceu-se e ordenou que o
pusessem em liberdade, dizendo que mais culpado do que ele, era aquele que
abandonava o amigo naquela hora em que ele mais precisava!”
A lenda nos dá a nota de quanto dói a
ingratidão de um amigo. Quanto mais estimamos e confiamos em alguém, maior dor
nos causará sua traição!

