A INFLUÊNCIA DO LÍDER CRISTÃO
Provavelmente nenhum estrangeiro exerceu uma maior
liderança sobre as pessoas de Shaohsing, na China, em princípios do século
vinte, que o doutor Claude H. Barlow (1876 - 1969). Este missionário médico,
que foi homem modesto, foi a personificação do domínio próprio.
Uma estranha enfermidade, cuja cura era desconhecida,
estava matando as pessoas e não se dispunha de um laboratório no qual pudessem
se realizar, sobre a doença, pesquisas apropriadas. O doutor Barlow encheu seu
caderno de notas com observações acerca das peculiaridades da enfermidade em
centenas de casos. Então, havendo se apoderado de uma pequena proveta que
continha os micróbios da enfermidade, navegou até os Estados Unidos. Pouco
antes de chegar, aplicou os germes em seu próprio corpo e foi rapidamente até o
Hospital da Universidade Johns Hopkins, onde havia estudado.
Claude Barlow estava muito enfermo, de maneira que se pôs nas
mãos daqueles que haviam sido seus mestres, oferecendo-se como cobaia, para que
eles estudassem e experimentassem sobre seu corpo. Encontraram a cura e o jovem
médico se recuperou. Regressou de novo ao barco para a China com o tratamento
científico que curaria aquela praga e logrou salvar a vida de multidões inteiras.
Quando lhe perguntaram acerca de sua experiência, o doutor
Barlow disse simplesmente: “Qualquer um faria o mesmo. Por acaso me encontrei
na situação adequada e tive a oportunidade de oferecer meu corpo”. Que tremenda
humildade! Que grande amor o seu!
Não é de estranhar, portanto, que as multidões seguissem a
liderança de Barlow, depois de seu regresso. Demonstrou o domínio do amor.
Arriscou a vida e digamos que também sua reputação e seu futuro ministério,
tentando o impossível e motivando a outros graças a seu amor que foi manifesto
na entrega de todo o seu ser para o benefício do próximo. E a qualidade
inigualável desse amor foi seu autodomínio, seu controle de si mesmo.
É essa classe de líderes a que atrai seguidores e os faz
desejar seguir atrás de um tal condutor.
