15/02/2021

...amor, bondade, compaixão e atitude.

 

 Havia um rei muito benquisto por seu povo, ao perceber que estava envelhecendo, resolveu decidir qual dos seus três filhos iria herdar seu trono. Decisão difícil, pois todos tinham bom coração e eram igualmente dignos de receber a coroa. Depois de muito pensar numa forma de não ser injusto, o rei teve uma ideia. Mandou chamar os três:

 - Meus filhos! Já estou velho e em breve não terei mais forças para governar. Vocês todos são maravilhosos e sei que qualquer um de vocês seria um ótimo rei. Como não posso coroar os três, mas apenas um, o melhor jeito que encontrei para escolher um de vocês é dar-lhes um desafio: saiam agora e me tragam aquilo que vocês julgarem representar melhor o nosso reino. Vocês têm até a hora do jantar para me trazer isso. Eu julgarei qual seja o símbolo mais apropriado.

Os príncipes, então, saíram em busca do que o pai lhes pediu. Um deles decidiu procurar dentro do próprio castelo - num cofre onde estavam guardados os maiores tesouros do reino.

O segundo, por sua vez, foi até à vila dos sábios do reino e passou o dia todo conversando com eles.

Já o terceiro resolveu percorrer os arredores do reino. Visitou o povo, conversou com os humildes súditos e conheceu um pouco da vida dura que levavam. Durante essas andanças, o príncipe encontrou um menino que chorava enquanto arava um extenso campo.

Sensibilizado, perguntou:

- Por que está chorando, garoto? - Meu pai morreu na semana passada e minha mãe está muito doente. Eu preciso arar este campo até o fim da tarde se quiser receber um pouco de pão pra levar para casa. Só que eu não consigo fazer isso sozinho. Queria terminar logo para poder levar comida pra minha mãe.

O príncipe pensou no desafio do pai e na possibilidade de se tornar o novo rei. Ele sabia que não podia perder mais tempo, porém decidiu ajudar o pobre menino - "Não pode ser tão difícil este trabalho; vou ajudá-lo", pensou ele.

E assim se dispôs a ajudar o menino, levando algumas horas para arar completamente aquele campo. Assim que terminaram o serviço, ele foi visitar a mãe do garoto, que muito agradeceu a ajuda dele (mas a mãe e o filho não sabiam que ele era um príncipe).

Ao fim do dia, na hora do jantar, os três príncipes apresentaram-se diante do rei. O que ficara no castelo apresentou ao pai e aos nobres uma antiga e pequena urna de ouro maciço cravejada com diamantes e rubis - sem dúvida, um imponente símbolo da família real... E explicou:

- Meu pai e nobres senhores! Esta urna simboliza a estabilidade e o poder do nosso reino. Garanto-lhes que não há outro objeto que simbolize tão bem a nossa história!

O segundo filho, que estivera com os sábios, apresentou uma antiga espada que seu pai usara nos tempos em que era ainda príncipe. Falou:

- Meu pai e meu rei, esta espada simboliza os tempos difíceis em que o senhor arriscou a própria vida para que a força e a grandeza no nosso reino fossem preservadas. Este é, com certeza, o maior símbolo do nosso reino!

O idoso rei estava encantado, mas ainda havia o terceiro filho.

- E você, meu filho, o que trouxe? perguntou-lhe.

O rapaz, serenamente, contou como foi seu dia:

- Não trouxe nada, meu pai. Deixei o castelo para visitar o nosso povo e me deparei com um órfão de pai que, entre lágrimas, buscava no arado um pouco de pão para alimentar a mãe dele.

 A história do menino me comoveu a ponto de parar a minha busca para ajudá-lo. Depois visitei a mãe dele, enferma. Como não estou acostumado ao trabalho braçal, fiquei muito cansado e não tive forças para continuar com o desafio. Me perdoe, meu pai, por favor.

O rei, então, o chamou:

- Aproxime-se, meu filho. Mostre-me tuas mãos. Constatou que as mãos do filho estavam cheias de calos. O rei então ergueu o braço do príncipe e declarou a toda a corte:

- Cidadãos de meu reino, este é o meu escolhido! Ele herdará a minha coroa! Este rapaz não trouxe somente um símbolo deste reino - trouxe vários:

Em primeiro lugar, ele foi até o povo. Um verdadeiro rei nunca deixa de estar com o seu povo.

Segundo: ele foi humilde a ponto de escutar uma criança.

Terceiro: foi sensível ao sofrimento do menino e de sua mãe. Quarto: demonstrou que é capaz de colocar os interesses dos necessitados acima dos próprios interesses.

E concluiu: - Os símbolos que ele nos trouxe superam qualquer riqueza material:

Amor, bondade, compaixão e atitude! Este meu filho possui todas as qualidades que um rei digno e justo deve ter. E todos, naquele dia, aclamaram o novo rei.

Realmente, como é grande, eterno e infinito esse atributo divino de compadecer do próximo. A misericórdia divina abre o caminho para vivermos uma vida na poderosa obra da graça de Deus em nós. Lembrando que Jesus pagou a penalidade devida pelos nossos pecados, perdão imputado sem merecer.

E ao reconhecer isso, além de vivermos diariamente sobre sua graça, Deus nos transmite seu amor para através que através da Sua misericórdia, aprendamos a usa-la uns com os outros. (Lc 6.36)

E principalmente, quem faz tudo que o mundo faz, não faz diferença nele, portanto, Pense seriamente nisto, pois Deus quer trabalhar seu caráter. E os Seus atributos morais sempre serão os mais valiosos tesouros que uma pessoa pode ter.

 

 

 

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tom caet