O Senhor Jesus certa vez falou de um sábio doutor da lei, que sabia tudo a respeito da religião, do ritualismo judaico, dos mandamentos de Deus e, até mesmo, sobre o próprio Deus, mas só estava quase no reino de Deus (Marcos 12:28-34).
Na verdade, esse "quase" não
significa estar dentro do Reino, protegido e com a salvação garantida. E por esse
“estar perto”, vemos muitos cristãos praticarem a inversão de valores.
Também vemos o mundanismo chegando ao
apogeu nos seus templos religiosos, e o crente sucumbindo e se tornando cada
vez mais rico e infeliz.
Acontece que nós não nascemos
convertidos, e isso é inevitável... Também não
existe acaso. Tudo está, rigorosamente, sobre o controle divino e o objetivo da
nossa vida cristã é evoluir espiritualmente. E nenhum gesto nosso, por menor ou melhor que
seja, será ignorado por Deus no juízo.
Mas não podemos ignorar as leis que
nos direcionam ao tratamento com o próximo, uma delas é: "Não amaldiçoarás
o surdo, nem porás tropeço diante do cego; mas temerás o teu Deus. Eu sou o
SENHOR" (Levítico 19:14).
Metaforicamente, o Evangelho toma essa
expressão “pedra de tropeço” e a transforma em uma metáfora espiritual
importante. Obviamente, nenhum fiel cristão seria cruel a ponto de colocar uma
pedra na frente de uma pessoa cega. Contudo, lembremo-nos quando Pedro
repreendeu Jesus, negando que a crucificação aconteceria e Jesus voltando lhe
disse:
Arreda, Satanás! Tu és para mim pedra
de tropeço, porque não cogitas das coisas de Deus, e sim das dos homens"
(Mateus 16:23).
Atente que Pedro sob a influência de
Satanás tentou distrair Jesus do que Ele tinha vindo fazer. Ele tentou fazer
Jesus "tropeçar" em Seu caminho para a crucificação. Tal ideia foi reiterada
por Paulo: "..., mas nós pregamos a Cristo crucificado, escândalo para os
judeus, loucura para os gentios" (1 Coríntios 1:23).
E hoje vemos muitos hipócritas, sendo
tolerantes com o mal. Achando que Jesus sempre foi tolerante, mas em Mateus 23 temos
a prova de Sua indignação em relação ao fingimento de certos crentes e
seus líderes religiosos. Também vemos em Apocalipse 2:20, Ele condenar a igreja
em Tiatira por tolerar, Jezabel – a falsa ensinadora.
Hoje, poder dar nomes, falar do mal
testemunho entre outras ações dos crentes é algo inaceitável entre os pseudo evangélicos.
Mas Paulo entregou Himeneu e Alexandre
a Satanás, para que eles aprendessem a não blasfemar (1 Timóteo 1:20). Ele não
hesitou em identificar Himeneu e Fileto como falsos mestres (2 Timóteo
2:17) e ainda denunciou Alexandre, o latoeiro, pelo seu mau comportamento (2
Timóteo 4:14). João também teve a coragem de nomear Diótrefes como alguém que
gostava muito ter a superioridade (3 João 9).
Tragicamente, também vemos muitos cooperadores
agindo como Demas e Alexandre, o problemático, sucumbindo, e ainda assim afirmando
ser cristãos a frequentar uma denominação, mas na realidade sem se renderem a
Jesus Cristo com lealdade a não ser pra si mesmo.
Infelizmente, esses crentes não praticam
o IDE não dão mais alento aos missionários de Cristo; pelo contrário, os julgam
[pessoalmente] e não os consideram como cooperadores, ou seja, não os veem como
ajudantes idôneos, com os quais se pode contar, ou que caminham lado a lado a
Cristo.
E você conhece quantos Obreiros ou
evangelistas que outrora eram ativos, hoje estão como pedras de tropeço, parados,
sem forças, sem ânimo e fracassados espiritualmente julgando os outros com sua própria
régua? E você com sua vida tem dado bom testemunho?!
Reveja se seu caráter nesse momento não
se equipara ao de Demas e Alexandre que antes davam abraços e tapinhas nas
costas dos irmãos, mas hoje os desamparam e os abandonam. Paulo na hora em que ele mais precisava deles,
ambos foram embora depois de lhe causar muitos males. Fora os outros que amaram
mais as honras e a fama deste mundo e ficaram pelo caminho... ... “abandonaram-me
e ninguém me assistiu na minha defesa, disse, antes todos o desamparam, mas o
Senhor o assistiu, o fortaleceu e ajudou para que ficasse livre da boca do
leão" disse Paulo” ... (II Timóteo
4:16-17).
Para finalizar quero lembra-lhes que
Deus conhece o nosso coração, e sabe quem realmente entregou a sua vida a
Cristo e quem sucumbe a um mero impulso passageiro. E Creiamos que em todas as circunstâncias da
vida, Jesus é sempre o nosso Bom Pastor (Salmo 23), o nosso amigo mais chegado
que um irmão (Provérbios 18:24, o nosso melhor advogado (I João 2:1), o pão
para a nossa boca (João 6:25), a água para a nossa sede (João 7:37).
O Senhor nunca falha. "Ele é o
nosso refúgio e fortaleza, socorro bem presente na hora da angústia"
(Salmo 46:1). Não tememos as tribulações, nem as aflições, fomes, angústias,
nem as perseguições, nem os perigos, nem a espada... nem a morte, nem a vida,
nem os principados... nada... nem coisa alguma nos separará do amor de Cristo,
porque Ele está conosco para nos confortar, ajudar e defender (Ler Romanos
8:31-39).
Então vigiemos e oremos para que Deus
nos dê forças para continuarmos firmes neste Ministério e jamais nos deixar
cair na fé tal qual Demas e Alexandre, o problemático, amando o presente século
…" (2 Timóteo 4:10). Mas Sejamos como Paulo, um instrumento escolhido,
manejado pelo próprio Deus, cuja fé devemos imitar, mesmo que todos nos
abandonem, na certeza de que o Senhor não nos abandonará.
Que grande fé e fidelidade dele ir à
morte no cumprimento do seu ministério de anunciar Cristo e o Seu Evangelho,
poder de Deus para a salvação de todo aquele que crer, seja quem for.