28/06/2013

Vaidade de vaidades! “Tudo é vaidade.” - Eclesiastes 1:2.


         Os valores cristãos devem ser baseados em tesouros honestos, como amor, bondade, domínio próprio, santidade, justiça e não na vaidade dos nossos entendimentos.

Por causa dessa vaidade os mandamentos de Deus vêm sendo esquecidos e a doutrina bíblica destruída nas igrejas num inevitável declínio espiritual. A Bíblia fala sobre a inutilidade da vaidade que há no coração humano. Tanto que por diversas vezes, é traduzida por soberba, orgulho, presunção, arrogância... 

A palavra vem do latim vanitate, e indica algo que é vão, instável ou de pouca duração. O dicionário fala de “desejo imoderado e infundado de merecer a admiração dos outros; vanglória, ostentação; presunção mal fundada de si, do próprio mérito; altivez, ostentação; coisa vã, fútil, sem sentido; futilidade”.

Para sermos o que somos ou pensamos que somos, dependemos significativamente dos outros. Quando expomos um assunto, estamos demarcando o nosso entendimento ou estamos em busca de autoafirmação e do reconhecimento de alguém. Mas assim como os outros podem confirmar nossas qualidades, elas também podem rejeitar e desconsiderar o nosso conhecimento ou postura.  Com isso corremos os mesmos riscos de nossas ideias serem rejeitadas.

Tem tantos cristãos vaidosos que se encontram assim, que se acham… que estão cegos e entenebrecidos no próprio entendimento. Eles não percebem que estão deixando de adorar a Deus?

Mesmo trabalhando na obra de Deus, a vaidade fazem essas pessoas deixarem de amar sua família, amigos, o próximo... Quando usam o púlpito ou num bate papo qualquer, falam somente de si mesmo, do que acham, do que entendem, do que conhecem, é só vaidade!

Há ainda outros cristãos que dizem que curaram, fizeram e aconteceram, no entanto quase não mencionam sequer o Nome de Jesus. Se autopronunciam, autoexaltam, automotivam, um total indivíduo vaidoso. Vaidade!!!

Os vaidosos não consideram as proporções de entendimento e condições de vida de cada um, e ignora que o outro pode estar certo. Também ignora que cada fato contado tem um contexto seguido de relato que é dado por um observador, uma experiência, uma prova. E que esse contexto do relato pode ter significados diferentes, dependendo de quem e da situação em que aconteceu e não uma invenção.

A questão é que não somos apenas cristãos, somos pessoas.  Somos também as nossas relações, nossos sonhos, nossa história, com as alegrias, as tristezas, as verdades que dizemos que podem ser mentiras e essas mentiras, podem ser verdades, desde que se mude a perspectiva. Tudo está relacionado com as relações que temos com os outros e principalmente com Jesus. A vaidade é uma das coisas mais frequentes no meio cristão.  Ela está tão presente que hoje em dia dificilmente vemos alguém sendo batizado com o Espírito Santo de verdade. De serem tolerantes, respeitadores, enfim, sabe de quem é a culpa? Da vaidade! Essa doença derivada do pecado.  Nós crentes também somos pecadores e temos que admitir que ela ainda esteja dentro de nós como um vírus maldito desenvolvendo constantemente.  Onde quer que haja uma verdadeira conversão, haverá sempre uma consciência para separação de tudo o que é mundano e sensual, como orienta a Palavra.

Devemos renunciar toda espécie de vaidade que leva ao mal. Deus sempre revelou o Seu desejo em relação ao Seu povo. Lamentavelmente esse povo que vem seguindo costumes e culturas escravagistas se associam com outras religiões e coisas do mundo. Lembremo-los das palavras de Cristo: De novo: …dele (do mundo) vos escolhi, por isso, o mundo vos odeia (Jo. 15:19).

Aos que desejam se aparentar com o mundo, o apóstolo Tiago alerta:  Infiéis, não compreendeis que a amizade do mundo é inimiga de Deus? Aquele, pois, que quiser ser amigo do mundo constitui-se inimigo de Deus (Tg 4:4). Sereis para mim santos, porque eu, o Senhor, sou santo, e vos separei dos povos para serdes meus… (Lv 20:26).  Aos que andam dizendo que se mantém obediente na postura de servo de Deus, saibam que Ele irá julgar quem consome a vinha (igreja) e que tira o direito do pobre, dando somente aos que têm ouro e prata vistos nas igrejas.

Temos que tomar cuidado para não nos aproximarmos muito dos que claramente apresentam sintomas de vaidade. É isso que o apóstolo Paulo quer dizer para a igreja de Éfeso: “Isto, portanto, digo e no Senhor testifico que não mais andeis como também andam os gentios, na vaidade dos seus próprios pensamentos,” (Ef 4.17).

Não podemos imitar os ímpios que estão a nossa volta e a única coisa que pode nos frear é temer a Deus. Salomão escreveu Eclesiastes para nos ensinar que sem Deus, de nada vale riqueza, poder ou sabedoria. “De tudo o que se tem ouvido, a suma é: Teme a Deus e guarda os seus mandamentos; porque isto é o dever de todo homem.” (Ec 12.13). Quando tememos a Deus, sabemos dar valor às coisas que o Senhor valoriza e não o mundo. Temer quer dizer respeitar profundamente, e fugir da vaidade. Precisamos ter intimidade com Deus para entender a Palavra de Deus.

Concluo dizendo que a vaidade faz parte da natureza humana e é contrária à ética cristã. Porque estabelece uma expectativa fantasiosa e ostenta vanglória pessoal. Temos que rejeitar qualquer tipo de vaidade. Embora a Bíblia não proíba a pessoa de buscar estar bem e entender com moderação as coisas, mas uma há palavra de ordem para isso: chama-se humildade. Ela é contrária à ambição, ao desejo de impressionar, a exibição, a malícia, a irritação. Toda irritação acaba rompendo a linha que demarca o saudável do maléfico. O apóstolo Paulo orienta que o crente não deve moldar-se aos padrões deste mundo. Não precisamos viver neste mundo apenas para reagir a ele: Também podemos exercer a nossa capacidade de influenciar. Nossas ações refletem os nossos valores. Nossos valores são resultado de um relacionamento com Deus e, assim, a glória será dEle.

E disse-me o SENHOR: Os profetas profetizam falsamente no meu nome; nunca os enviei, nem lhes dei ordem, nem lhes falei; visão falsa, e adivinhação, e vaidade, e o engano do seu coração é o que eles vos profetizam. Jeremias 14:14. E o próprio Deus de paz vos santifique completamente; e o vosso espírito, e alma e corpo sejam plenamente conservados irrepreensíveis para a vinda de nosso Senhor Jesus Cristo. (I Ts 5:21-22).


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tom caet