16/08/2013

os pés missionários são bonitos...

Irmãos,

Quando Jesus anunciou o seu ministério público, ele o fez, falando sobre os doentes e os marginalizados (ver Lucas 4:18-19). Então, depois, ele diz: "Como o Pai me enviou, também eu vos envio" (João 20:21). A Bíblia está cheia de advertências em relação a servir.  Mas o modelo de "ir e falar" mudou para o “vir e assistir”. O "vir e assistir" infelizmente tem resultado em pastores de si mesmos. De profissionais religiosos que se colocam em um show em vez de transformar pessoas e envia-las em cumprir uma missão.

Esses pastores e membros das igrejas deveriam ter um desejo de se envolver mais no seu bairro com grande entusiasmo numa visão para mudar a estrutura da comunidade. Muitos até lutam com a construção de uma boa reputação, mas não facilitam para os ímpios chegarem até eles. São tantos os escândalos...

A comunidade é abençoada e transformada pelos que saem anunciando o Evangelho... Nesse caso, as igrejas precisam ter uma conexão efetiva com ela e obviamente a igreja será reconhecida. Já que a congregação vive a comemorar apenas pelos “ministérios midiáticos” que não edificam ninguém.
Caso alguns venham a discordar, no Evangelho de João (13:1-17), vemos a passagem mais comovente sobre uma teologia de simplicidade:

 No ato amoroso de lavar os pés dos discípulos Jesus demonstra seu amor por eles, o que significa a lavagem dos pecados através da sua morte. Além disso, Jesus dá um exemplo de humildade e servidão. Não perca o poder absoluto desta imagem. Em uma cultura onde as pessoas caminhavam longas distâncias em estradas poeirentas em sandálias, a lavagem dos pés das pessoas era considerada uma tarefa reservada aos escravos. 

O ministério que quer fazer a diferença hoje deve envolver as pessoas na imagem descrita acima, dar início dentro da igreja preparando-as para a missão do lado de fora da congregação. Porque a transformação dos indivíduos e comunidades acontece no mesmo ritmo que o evangelho é proclamado.

Para que as igrejas venham alcançar suas comunidades, devem romper o sistema de castas [pastores lobos] e colocar a missão nas mãos de “todos” os crentes. Forma-los em evangelismo é parte da preparação para a missão de Deus, mas não vivê-la é um desserviço, portanto, o recurso mais valioso para a visão missionária é feita de exemplos reais e conversas em tempo real com os missionários.  A missão crista deve ser tão aparentemente ativa entre as pessoas de uma igreja que a cidade sente falta deles quando eles não estão por perto.

Só que muitas igrejas têm sucumbido à outra tendência: quando ela funciona, as pessoas trabalham e quanto mais eles "trabalham", mais eles ficam presos em quatro paredes a ela [idolatria]. Porém, ao recuar em conhecer as pessoas ao seu redor, em sua vizinhança, muitas vezes se perde o foco: onde se levantam igrejas [templos], cuidam das necessidades da congregação local nos locais [dentro de suas próprias paredes]; e pouco se faz pela comunidade em estratégias e programas sociais. Portanto, missão está intrinsecamente ligada à sociedade, cuja estratégia ministerial deve desenvolver maneiras inovadoras para alcançar a comunidade. Infelizmente, as mãos de um punhado de pessoas estão encolhidas porque perderam completamente o contato com a própria vizinhança.

Além disso, há igrejas que se sentem como um movimento para a cidade.  outras se sentem como uma instituição em busca de autopreservação. Mas a missão é "lá fora" e não "aqui dentro". Precisamos ir além de apresentações evangelísticas em favor de um estilo de vida mais missionária. 

Os pés bonitos em Romanos são bonitos porque pertencem a aqueles que pregam o evangelho a um mundo perdido. Quando assumimos o ministério de missões levamos a Igreja transformacional - engajadas numa respectiva missão comunitária. Este não é um abandono de compartilhar o evangelho em favor de atos de serviço locais apenas. Na verdade, a maioria dos membros das igrejas que se dedicam a sua comunidade fica muito confortável ​​ao compartilhar sua fé. Assim, enquanto estamos aqui, vagando em nossa morada temporária, vamos usar os nossos pés para trazer glória a Jesus. Sabemos que um dia cairemos a Seus pés em adoração inspiradora.

O autor de Hebreus explica que devemos "provocar um ao outro ao amor e às boas obras" (Hebreus 10:24). A língua diz muito  e precisamos de alguma provocação à ativação missional para juntar a Jesus em missão e levar A Palavra aos outros. Precisamos alcançar as comunidades, romper o sistema e colocar a missão nas mãos de todos os crentes. À luz do nossa jornada, vamos trazer outros a esse compromisso. Vamos ter os pés missionários. É só uma dica!



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tom caet