08/01/2017

Dizem que, na vida, quem tem o telhado de vidro...


Deveríamos sempre nos lembrar que todos somos humanos e, por conseguinte imperfeitos, sujeitos a erros e falhas lamentáveis, pois não há quem não erre. Infelizmente mesmo assim, gostamos de apontar e julgar os erros alheios como se estivéssemos numa posição superior, e nunca seríamos atingidos.

Eu não sou diferente, eu também cometo falhas e deslizes. Por isso, apenas dou a minha opinião, tentado trazer a luz da reflexão às pessoas – esperando que cada um reflita sobre seus atos, se assim quiser, e tire as suas próprias conclusões.  

Ninguém está acima do bem e do mal ou tem o direito de colocar o dedo na cara dos outros exigindo total honestidade (100% de acertos) quando os mesmos também cometem algumas falhas ou deslizes. É desse jeito: quem sou eu para atirar pedra no telhado dos outros se o meu também é de vidro?

Se as suas conclusões são diferenciadas das minhas, isso não invalida que elas te sirvam de direção. E se as minhas forem diferentes das suas, é preciso respeitá-las, só não sei se alguém será capaz de recomendá-las ou aplicá-las nos seu dia-a-dia. No entanto, independente das minhas e das suas verdades, das minhas e das suas conclusões, cada um precisa ser responsável pelas consequências dos seus atos, sejam eles certos ou errados. E independente disso, nem eu e nem você tem a propriedade de atirar a pedra no telhado alheio.

Portanto, tomemos cuidado ao atirar a pedra no telhado dos outros, por que essa mesma pedra pode se voltar contra o seu. Às vezes, você perde o que não queria, mas conquista o que nunca imaginou. E nem tudo depende de um tempo, mas sim de uma atitude, pois o tempo é como um rio que você nunca poderá tocar na mesma água duas vezes, porque a água que já passou, e nunca passará novamente.  Lembre-se: 

Nunca busque boas aparências, porque elas mudam com o tempo. Não procure pessoas perfeitas, porque elas não existem. Mas busque acima de tudo, um alguém que saiba o seu verdadeiro valor. Na vida temos quatro amores: Deus, a vida, a família e os amigos:
Deus porque é o dono da vida, a vida porque é curta, a família porque é única e os amigos porque são raros!

E enquanto a pedra, atirá-la é fácil, o difícil é olhar para o seu próprio telhado e repará-lo quando alguma telha estiver quebrada e o caco de vidro cair sob a sua cabeça. É sempre fácil condenar o outro e esquecer de si próprio - enfim, há quem tenha dois pesos e duas medidas para um mesmo julgamento de valor - Mas, nem todo mundo consegue ser carrasco de si mesmo. Na verdade, os que mais criticam severamente outros, são os que mais erram.

Muitos agem como juízes implacáveis que não perdoam nunca os erros e as falhas alheias, que exigem uma atitude ou comportamento perfeito, enquanto eles mesmo deixam muito a desejar nos seus atos.


Certa feita uma mulher adúltera, estava para ser morta por apedrejamento, quando Jesus vendo tal situação indagou dos seus ferozes algozes, quem não tivesse pecados que atirasse a primeira pedra, nenhum se arvorou a fazer isto, já que reconheciam os seus erros. Então o seu conselho para nós, pessoas pecadoras é: parar de julgar, pois com a mesma medida que julga os outros, será julgado também. Mas se somos misericordiosos, se somos tolerantes com os erros e fraquezas que outros cometem contra nós, seremos julgados com misericórdia pelo Justo Juiz Celestial. E se somos inflexíveis, implacáveis e impiedosos nos nossos julgamentos com os nossos semelhantes, não admitindo quaisquer deslizes, podemos esperar um julgamento bastante severo do nosso Deus. 

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tom caet