Deveríamos sempre nos lembrar que todos somos
humanos e, por conseguinte imperfeitos, sujeitos a erros e falhas lamentáveis,
pois não há quem não erre. Infelizmente mesmo assim, gostamos de apontar e
julgar os erros alheios como se estivéssemos numa posição superior, e nunca
seríamos atingidos.
Eu não sou diferente, eu também
cometo falhas e deslizes. Por isso, apenas dou a minha opinião, tentado trazer
a luz da reflexão às pessoas – esperando que cada um reflita sobre seus atos,
se assim quiser, e tire as suas próprias conclusões.
Ninguém está acima do bem e do mal
ou tem o direito de colocar o dedo na cara dos outros exigindo total honestidade
(100% de acertos) quando os mesmos também cometem algumas falhas ou deslizes. É
desse jeito: quem sou eu para atirar pedra no telhado dos outros se o meu também
é de vidro?
Se as suas conclusões são
diferenciadas das minhas, isso não invalida que elas te sirvam de direção. E se
as minhas forem diferentes das suas, é preciso respeitá-las, só não sei se alguém
será capaz de recomendá-las ou aplicá-las nos seu dia-a-dia. No entanto,
independente das minhas e das suas verdades, das minhas e das suas conclusões,
cada um precisa ser responsável pelas consequências dos seus atos, sejam eles
certos ou errados. E independente disso, nem eu e nem você tem a propriedade de
atirar a pedra no telhado alheio.
Portanto, tomemos cuidado ao
atirar a pedra no telhado dos outros, por que essa mesma pedra pode se voltar
contra o seu. Às vezes, você perde o que não queria, mas conquista o que nunca
imaginou. E nem tudo depende de um tempo, mas sim de uma atitude, pois o tempo
é como um rio que você nunca poderá tocar na mesma água duas vezes, porque a
água que já passou, e nunca passará novamente. Lembre-se:
Nunca busque boas aparências,
porque elas mudam com o tempo. Não procure pessoas perfeitas, porque elas não
existem. Mas busque acima de tudo, um alguém que saiba o seu verdadeiro valor. Na
vida temos quatro amores: Deus, a vida, a família e os amigos:
Deus porque é o dono da vida, a
vida porque é curta, a família porque é única e os amigos porque são raros!
E enquanto a pedra, atirá-la é fácil,
o difícil é olhar para o seu próprio telhado e repará-lo quando alguma telha
estiver quebrada e o caco de vidro cair sob a sua cabeça. É sempre fácil
condenar o outro e esquecer de si próprio - enfim, há quem tenha dois pesos e
duas medidas para um mesmo julgamento de valor - Mas, nem todo mundo consegue
ser carrasco de si mesmo. Na verdade, os que mais criticam severamente outros, são
os que mais erram.
Muitos agem como juízes implacáveis que não
perdoam nunca os erros e as falhas alheias, que exigem uma atitude ou
comportamento perfeito, enquanto eles mesmo deixam muito a desejar nos seus
atos.
Certa feita uma mulher adúltera, estava para
ser morta por apedrejamento, quando Jesus vendo tal situação indagou dos seus
ferozes algozes, quem não tivesse pecados que atirasse a primeira pedra, nenhum
se arvorou a fazer isto, já que reconheciam os seus erros. Então o seu conselho
para nós, pessoas pecadoras é: parar de julgar, pois com a mesma medida que
julga os outros, será julgado também. Mas se somos misericordiosos, se somos
tolerantes com os erros e fraquezas que outros cometem contra nós, seremos
julgados com misericórdia pelo Justo Juiz Celestial. E se somos inflexíveis,
implacáveis e impiedosos nos nossos julgamentos com os nossos semelhantes, não
admitindo quaisquer deslizes, podemos esperar um julgamento bastante severo do
nosso Deus.