Algumas questões sempre ocuparão os
nossos corações e mentes, especialmente em tempos que exigem uma mudança espiritual. Uma
delas é o tempo que perdemos e querer mudar uma pessoa e, quando desistimos,
ela muda por conta própria. Isso deveria ser lição suficiente para nos fazer
desistir, mas não há nada de errado com isso apesar de muitos insistirem nesse ato.
Porque o que realmente importa é o que se aprende com tudo isso.
Perceba que ao longo da vida passamos
por situações que nos confundem, que nos desesperam e colocam em questão a
nossa compreensão. Inclusive muitos de nós passamos por períodos difíceis que
nos põem à prova e abalam até a nossa fé.
Você não acha que está na hora de
colocarmos na cabeça de uma vez por todas que ninguém muda se não estiver afim?
Porque não adianta querer mover mares
e montanhas; se o outro não quiser mudar. Ninguém tem o dever de ser outra
pessoa só porque alguém quer. Ninguém pode mudar aquilo que não criou... como disse
George Bernard Shaw:
A vida não é sobre
encontrar a si mesmo. A vida é sobre a criação de si mesmo.
Logo, nada adianta passar o dia orando,
jejuando, lendo o evangelho e depois sair destratando as pessoas com as quais
convivem?
De que adianta achar Jesus lindo, sem se
sequer agradece-lo pela dádiva de tê-lo?
Isso acontece porque algumas vezes
seguimos ideias que nos conduzem à procura de mudarmos o mundo e esquecemos de nós
mesmos. Nós temos inclinações para o mal, temos instinto selvagem, temos ego,
egoísmo orgulho. E ser uma pessoa espiritualizada é um meio pelo qual podemos
lapidar o nosso ser.
Ser espiritual é acordar e sentir-se
vivo a todo instante e não só na igreja... é respeitar as pessoas como elas são.
É ter abrigo na desolação, ânimo na tribulação, esperança ante as dificuldades.
Sim, devemos parar de tentar mudar os
outros. Realmente, não há coisa mais triste do que ver alguém seguir um caminho
prejudicial, e ainda que possamos tentar conversar, mostrar o que ele poderia
fazer melhor, não somos capazes de convence-lo a ser, ver ou crer no que não
quer. O que podemos na realidade é oferecer nosso apoio até eles se derem conta
de seu erro. Além disso podemos mostrar que nos importamos com eles até que se
deem conta de que são capazes de melhorar.
Também devemos aprender a nos
concentrar e mudar o nosso comportamento com os outros e não para si somente. Espiritualmente,
aprender é desapegar do comportamento mundano, e mudar é sinônimo de crescimento
pessoal. Obviamente, a maioria das
pessoas tem uma noção espiritual positiva de si mesmas, e querem ser amadas e
apreciadas nisso, entretanto, são as dificuldades que as fazem sentir ou ter a
noção que eles devem mudar, e isso não é uma questão única, pois não tem como
mexer com todo o nosso ser apenas querendo.… Não! Temos ainda que aprender a controlar
a capacidade emocional, mostrar um compromisso com evangelho, e aceitar a si
mesmo como imperfeito para impedir a autosabotagem, a vitimização e o
sentimento de culpa.
E quando você se aceita como é, passa
a entender as suas próprias convicções. E quando você entende o que você faz,
você encontra a sua própria paz... e quando você está em paz consigo mesmo,
surge a maturidade espiritual. E com a maturidade você será capaz de distinguir
entre " precisar " e "querer" e o mais significativo de
tudo isso, é a anexação de "agradecer" pelas coisas imateriais:
felicidade, carinho e amor...
Uma vez espiritual, não precisará
provar para o mundo, a sua integridade de vida. E quando você não busca
aprovação dos outros, certamente não irá mais se comparar com ninguém na terra ... e jamais
deixe de buscar a sabedoria divina, pois essa grande energia é dom de Deus.
Se somos pobres diante dos homens,
seremos ricos diante de Deus. Essa pobreza é um dom de Deus.
Que o Senhor Jesus nos ensine a ser
humildes, e quebre a nossa vaidade, orgulho e soberba, para que nós possamos
receber a máxima da espiritualidade: o reconhecimento de Deus que humilha os
que se exaltam, mas exalta os que se humilham.