11/11/2017

cheia de si


Existe alguma coisa mais triste do que não saber o poder do respeito próprio?

Acredito que amar e respeito requer autoridade divina. E quem não é capaz de respeitar nada além de si mesmo, não poderá ir mais além no amor, um sentimento tão profundo e divinal.

Realmente as pessoas que usam as constantes palavras do tipo eu, meu, comigo, perdem a capacidade de se colocar no lugar do outro. Não que os outros não lhe interessem, mas isso se torna um hábito constante na vida delas, pois ao se tornarem cheias de si, dia após dia elas perdem a capacidade de compreensão recíproca, porque apenas conseguem entender seus próprios sentimentos, certamente para atender aos seus próprios interesses e as suas próprias necessidades.

De forma triste, relato que muitas vezes somos obrigados até um certo tempo a conviver com pessoas com muitos vazios por causa de seu desinteresse e egocentrismo... E não há ninguém que esteja tão vazio quanto aquele que está cheio de si mesmo trancado sozinho em sua bolha de entendimento. Elas têm um coração egoísta, cheios de interesses inapropriados o que os impedem de enriquecer com todas as coisas que Deus oferece. Neste ponto, é bom lembrar que as pessoas cheias de si não conseguem se descobrir para além do que sua imaginação cria e recria, poia a própria compreensão e aceitação do seu interior se torna obrigatoriamente diminuída por causa das projeções cultivadas numa falsa autoestima, doutrina religiosa ou algo que não consigam atingir ao seu próprio conhecimento e impedem a si mesmos de amarem o próximo sem reservas e em total plenitude.

As pessoas cheias de si não são capazes de tolerar e aceitar as opiniões, os sentimentos, os comportamentos ou os pensamentos dos outros, uma vez que eles são diferentes dos deles. Falta-lhes tolerância e humildade, honestidade e a lealdade de expressar respeito por si mesmo e pelos outros. Por isso eles se posicionam ao lado do vazio, impedindo uma atitude frente às relações e à diversidade de opiniões e cultura..., distorcem os seus diálogos internos impedindo o seu próprio crescimento emocional e social. Pois Quem é cheio de si é incapaz de responder e prestar contas por suas ações uns para com os outros. Como resultado, fica num isolamento social, que gera uma forte imaturidade que até lhe permite cultivar aquele ponto de vista que lhe interessa.

Enfim, as pessoas nesse fim dos tempos andam num vazio de vida e de liberdade de fé. Elas estão sujeitas às suas próprias crenças e seus próprios pensamentos que os limitam em suas atitudes e seus desejos carnais, alguns estão conscientes disso outros não, mas uma pessoa livre em Cristo detesta possuir ou ostentar o poder..., porque no momento em que fizer isso, estará a se tornar um escravo do seu próprio ego, renunciando assim à sua vida e seu espirito. E este é o mais difícil e mais duro de todos os vazios comentados: ser espiritual. Porquanto uma pessoa que só pensa em si mesma e só sabe admirar as suas próprias qualidades está cheia de vaidade, e isso não encontra na bíblia um sequer referência de coisa boa.... “Se há uma oportunidade para se aparecer, chamar a atenção, parecer atraente e reunir adeptos, vire um pote de mel”. Essas pessoas não se dão conta de que com seu egoísmo se tornam incuráveis, orgulhosas, que acha que ser melhor que as outras as torna autossuficiente, que conhecer todas as coisas, acha que nunca vai precisar de ninguém. E É por isso que se diz cheia de si, pois apenas estão interessadas “si própria”, e se tornam grosseiras, rudes e indecisas, apesar das suas crenças os levarem a pensar que sua frieza e sua “grande” identidade sejam um bom exemplo para o os demais ao redor. E por fim, quero dizer que quem acredita ser melhor que todo mundo nunca vai crescer na vida, seja material ou espiritual, pois isso o limitará de ouvir, entender as coisas divinas e a ouvir sua própria versão de sua existência, o que o impedirá de alcançar a libertação.


No mais, sem libertação, isso o deixará mais do que na permanência da amargura de suas aspirações vazias e carentes de qualquer emoção...

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tom caet