01/11/2018

Siloé



Mas foi traspassado pelas nossas transgressões, Ele foi esmagado por nossas iniquidades; o castigo pelo nosso bem-estar caiu sobre ele, e por sua flagelação somos curados. 
(Zacarias 13: 6)

             Muitos pedem a Jesus que os livre das dívidas usando Seu sangue como moeda de limpeza. Afinal, Ele derramou sangue suficiente para cobrir os custos de erros futuros. Tomou socos, pontapés, beliscões, cusparadas, ficando bem machucado. Será que os tais se esqueceram que Ele bebeu da amarga taça do seu amor por nós o vinagre? E do chicote que envolvia seu corpo e rasgava sua carne? 

Isso tudo pela alegria de pavimentar um caminho para uma possível perfeição. Entretanto, o poder da sua morte parece não ajudar alguns que se encontram em lágrimas ordenhadas pela angústia que conjuram ainda terem a grandeza de alma mentindo ter fé....  Conte-me se os seus prazeres se comparam com a tortura dele, ou se você é saco de pancadas do algum benfeitor. 

Eu aprecio a dor de quem o quer, mas não vejo neles o prisma pelo qual meus pecados e defeitos brilham. Ainda há muita raiva mal administrada. Há compulsões sexuais problemáticas e muita vaidade. Recomendo que pegue tudo e mergulhe com ele no tanque de Siloé - Jo 9:1-41, mas faça acreditando que há vida do outro lado.  

Se quiser   se sentir amado por Ele, tente não vender o seu corpo pendurado ali e acolá; não distribua o Seu sangue como água pingando na goela dos sedentos membros sem vida. Seja altruísta, pois o cordeiro do próprio Deus foi abatido no altar da sua vida e das suas inabilidades; imolado no altar do pecado original perpetuamente evoluindo em seu coração.

Nem todos nós   queremos um Jesus pessoal. Afinal, não estamos todos sofrendo por outra pessoa também? Sacrificando-nos diariamente em orações?

Estamos ora espalhando-nos pelos pobres recantos, ora engolindo a seco a vergonha dos outros. Mas nunca devemos ignorar o Seu rosto enquanto estava sendo cuspido, pois assim também somos...   Graças a Deus por Cristo, um mártir perseguido por sua crença imortal e pela reciprocidade de dar pra receber.

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tom caet