07/12/2018

Gente esquisita




Se você é um cristão, não deveria se surpreender com quem pensa que somos esquisitos. Afinal de contas, estamos tão mergulhados em Cristo, tão saturados espiritualmente, que nossas próprias palavras realmente gotejam com Jesus.

Daí o mundo que odeia Jesus, nos odeia também, porque exemplificamos o seu próprio ser. Mas tudo bem, porque, realisticamente, ser considerado esquisito por não-crentes e não fazer parte de grupos, é frequentemente mencionado na Bíblia, como em 1 Coríntios 1: 18:

“Porque a mensagem da cruz é loucura para os que estão perecendo, mas para nós, que estamos sendo salvos, é o poder de Deus.”

Quando professor eu era esquisito porque interagia com meus alunos dezenas de vezes por dia.  Embora eu tentasse ser compreensivo, sempre ouvia deles: “as perguntas eram muito difíceis”, “as instruções não eram claras” ou “você é o pior instrutor...”, mas sempre procurava passar a ideia de faze-los acreditar que o conhecimento não era uma função da sorte e sim da capacidade e de esforço.

Como psicoterapeuta sou esquisito porque vejo muitas razões pelas quais as pessoas fazem coisas na vida e uma delas é prosperar e se sentir bem consigo mesma através da fé, por exemplo, embora, alguns prefiram se manter numa imagem que as representem bem no mundo através da razão. Só que isso é uma boa teoria, mas, como muitas teorias, ela tem buracos. Esses buracos fazem as pessoas ao nosso redor tropeçarem e quando elas erram, nós não.

E como Capelão evangélico, entretanto, vejo que os que insistem em se manter no rótulo de “gente esquisita” são tolos. Porque certamente a maioria dos cristãos gasta mais tempo folheando os livros da Bíblia do que lendo, confiando em outros para interpretar e explicar tudo e sequer entendem que o poder, a sabedoria e a mensagem de Deus se torna “escândalo   e loucura para os gentios”, e pra piorar, grande parte acredita nas coisas simplesmente  e vivem repetindo as declarações que ouvem mas não verificando que as ensinam, clinicam e pregam, por isso os cristãos são chamados muito de esquisito. 

Provavelmente esses esquisitões da fé parece não perceber que confiar em religiões errôneas, irracionais, injustificadas ou falsas   pode causar danos intensos em si próprio. Porque as crenças de certo modo, dominam nossos comportamentos e como interagimos com o restante do mundo.  Mas quem   pensaria no problema de ter uma fé intransigente?

Realmente, sempre vemos falsas crenças acarretando consequências críticas para alguns crentes. Se alguém está espiritualmente inseguro, por exemplo, o impacto das falsas crenças pode leva-lo a sentimentos de arrogância, apatia, depressão ou de solidão em meio à multidão.  Mas o problema é que a maioria usa essa falsa crença para estabelecer os limites para objetivos e comportamentos pessoais e em casos extremos, para justificar o porquê de agir de maneira irracional e bizarra por causa da fé. E as pessoas envolvidas sequer procuram questionar, analisar os motivos pessoais e o grau de paixão que os levam a expressar fé em detrimento de certas pessoas, assuntos e coisas.

No entanto, se você tem   ou conhece alguém que tem com um comportamento “esquisito” na fé, se você tiver alguma dessas crenças também, deve permanecer otimista, porque fé está sempre sujeita a revisão de Deus, portanto, sugiro que aprenda a lidar com seus próprios comportamentos incomuns e tenha: 

Em primeiro lugar, a mente que o primeiro passo para o crescimento espiritual é a conscientização sobre o que precisamos mudar em nós mesmos, o que faz entender como nossos motivos impulsionam o comportamento cristão que você procura nos outros.        
Em segundo lugar, a ideia que se algo der errado, apenas resolva! não queira saber por que ou quem foi o responsável, já que o ser humano tem essa mania insaciável de procurar os culpados pelas causas dos eventos, resultados e comportamentos. 

Enfim, ao contrário de um médico que indica um código de diagnóstico para resumir um monte de sintomas, nós cristãos diagnosticamos primeiro a nós mesmos e aos outros em seguida. E se algo deu certo, não tome crédito pra si, compartilhe e não replique o resultado com todos os envolvidos....    e evite usar certos tipos de rótulos para justificar nossas identidades e o comportamento que exibimos aos outros, pensando ou afirmando: "Ele é um introvertido ", "eu sou um patriota", "ela é autista" ou "eu sou um bosta".

lembre-se que como cristão, você é um ser único, que responde de maneira diferente às pessoas, lugares e condições que encontra. Ao contrário de um rótulo qualquer, seu sabor muda o tempo todo! 


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tom caet