...15 Somos estrangeiros e
estranhos à sua vista, assim como todos os nossos antepassados. Nossos dias na
terra são como uma sombra, sem esperança.
A fé não é uma ciência na qual a
racionalidade humana busca à parte das revelações divinas. Apesar de muitos tentarem
compreender todas as coisas pelo conhecimento natural e não com o divino. Porém,
quem busca essa filosofia acaba construindo escalas de alcance artificial com Deus.
E dessa busca surge uma ampla
gama de condições médicas como depressão grave, esquizofrenia, transtorno
obsessivo compulsivo ou transtorno do pânico que são marcadas principalmente
por desorganização suficiente da personalidade, mente ou emoções para prejudicar
o funcionamento psicológico normal e causar sofrimento ou incapacidade
acentuada e que são tipicamente associados a uma interrupção no pensamento,
sentimento, humor, comportamento, interações interpessoais ou funcionamento
diário.
Eu sei que ser dependente de Deus
é uma boa escolha, mas conviver com os indivíduos perturbados como os religioso - me inspiraram
a pesquisar mais sobre a motivação por trás dos seus comportamentos e suas contradições.
Pra começar, muitos carregam poucas
lembranças da sua conversão, entretanto há lembranças que eu tenho certeza
disso, eles guardam mais próximas do seu coração. Acredite ou não tem uma
citação que diz que a melhor coisa sobre memórias é fazê-las acontecer! Mas
será que ela se aplica aos crentes ou tudo depende de que tipo de memória falamos?
Absolutamente não falarei da memória
autobiográfica. Ou da memória prospectiva (lembrar de lembrar, como
lembrar de pegar alguém no caminho). Nem da Memória processual – onde alguém
inteligente que é fisicamente descoordenado não tem esperanças de se esportista.
Tampouco da Memória de trabalho – inclusive alguns especialistas argumentam
que essa é a espinha dorsal da inteligência.
Quero apenas que vocês observem as
coisas que se aproximam do seu coração. São coisas que se quebram, imobilizam e
que as vezes retardam o tempo.
São experiências dolorosas no
presente, migalhas de um sentimento de feridas, perdas, sonhos frustrados no passado.
E quando lembramos continuamente destes fatos, acabamos perecendo na numa
imensa tristeza. Mas o que pode nos dar
esperança diante de tanta falta de memória?
O sofrimento ou dificuldade.
Quando você pergunta às pessoas sobre suas memórias, elas frequentemente falam
como se fossem posses materiais, representações duradouras do passado para
serem cuidadosamente guardadas e profundamente apreciadas. Mas essa visão
da memória está completamente errada acerca da Fé.
Memórias não são arquivadas no
cérebro como tantos chips, para serem encaixadas e tocadas quando é hora de
lembrar o passado. Tecnicamente, as memórias mesmo as autobiográficas são
reunidas como e quando são necessárias a partir de informações armazenadas em
muitos sistemas neurais diferentes.
Infelizmente ainda há muitos
convertidos que não se desfazem dessas informações, e acabam não tendo muita
esperança em Deus e ficam endurecidas ou mal-acostumadas com a desesperança e
não conseguem ir além disso.
Não custa lembrar que as memórias
não são entidades distintas que podem ser tiradas da cabeça de uma pessoa, ao
estilo do sai agora em nome de jesus! Não! Eles são reconstruções mentais,
boas ou ruins de como as coisas eram, que são moldadas, por conseguinte, de como
as coisas são agora. Então o que devemos trazer a memória?
Conforme citado em Lamentações
3:21, devemos trazer à memória o que nos dá esperança, mas é preciso deixarmos
de lado todo o negativismo, focando nas promessas contidas na Palavra de Deus
e que Ele não se esquece de nós, pois nós estamos registrados na sua memória
eterna.
Pessoalmente, Tento ser
grato pelo fato de minhas faculdades mentais - ela não é brilhante ou alegre a
maior parte do tempo – de não serem afetadas pela falta de memoria. Também estou aprendendo
a esperar, a ser paciente com quem deixa de fazer algumas coisas prometidas,
mesmo que eu pudesse lembrá-las. e que eu consiga, ser capaz de transmitir
aos que estão ao meu redor o prazer em ter Deus por perto, e ser capaz, de
alguma forma, fazer por elas o que Ele faz por mim, abnegando e incansavelmente
praticando a arte de ajudar o próximo apenas no que for suficiente para que todos
tenham boas memória e algum senso de independência no que e como escolheremos
lembrar, de quem somos do que das experiências teremos.
Enfim, que o perdão real não permita
que reescrevamos as memórias que causaram danos a nós mesmos.

