03/03/2019

1 Crônicas 29:15




...15 Somos estrangeiros e estranhos à sua vista, assim como todos os nossos antepassados. Nossos dias na terra são como uma sombra, sem esperança.

A fé não é uma ciência na qual a racionalidade humana busca à parte das revelações divinas. Apesar de muitos tentarem compreender todas as coisas pelo conhecimento natural e não com o divino. Porém, quem busca essa filosofia acaba construindo escalas de alcance artificial com Deus.

E dessa busca surge uma ampla gama de condições médicas como depressão grave, esquizofrenia, transtorno obsessivo compulsivo ou transtorno do pânico que são marcadas principalmente por desorganização suficiente da personalidade, mente ou emoções para prejudicar o funcionamento psicológico normal e causar sofrimento ou incapacidade acentuada e que são tipicamente associados a uma interrupção no pensamento, sentimento, humor, comportamento, interações interpessoais ou funcionamento diário.

Eu sei que ser dependente de Deus é uma boa escolha, mas conviver com os indivíduos   perturbados como os religioso - me inspiraram a pesquisar mais sobre a motivação por trás dos seus comportamentos e suas contradições.

Pra começar, muitos carregam poucas lembranças da sua conversão, entretanto há lembranças que eu tenho certeza disso, eles guardam mais próximas do seu coração. Acredite ou não tem uma citação que diz que a melhor coisa sobre memórias é fazê-las acontecer! Mas será que ela se aplica aos crentes ou tudo depende de que tipo de memória falamos?

Absolutamente não falarei da memória autobiográfica. Ou da memória prospectiva (lembrar de lembrar, como lembrar de pegar alguém no caminho).  Nem da Memória processual – onde alguém inteligente que é fisicamente descoordenado não tem esperanças de se   esportista. Tampouco da Memória de trabalho – inclusive alguns especialistas argumentam que essa é a espinha dorsal da inteligência. 

Quero apenas que vocês observem as coisas que se aproximam do seu coração. São coisas que se quebram, imobilizam e que as vezes retardam o tempo. 

São experiências dolorosas no presente, migalhas de um sentimento de feridas, perdas, sonhos frustrados no passado. E quando lembramos continuamente destes fatos, acabamos perecendo na numa imensa tristeza.  Mas o que pode nos dar esperança diante de tanta falta de memória?

O sofrimento ou   dificuldade. Quando você pergunta às pessoas sobre suas memórias, elas frequentemente falam como se fossem posses materiais, representações duradouras do passado para serem cuidadosamente guardadas e profundamente apreciadas. Mas essa visão da memória está completamente errada acerca da Fé. 

Memórias não são arquivadas no cérebro como tantos chips, para serem encaixadas e tocadas quando é hora de lembrar o passado. Tecnicamente, as memórias mesmo as autobiográficas são reunidas como e quando são necessárias a partir de informações armazenadas em muitos sistemas neurais diferentes.

Infelizmente ainda há muitos convertidos que não se desfazem dessas informações, e acabam não tendo muita esperança em Deus e ficam endurecidas ou mal-acostumadas com a desesperança e não conseguem ir além disso.

Não custa lembrar que as memórias não são entidades distintas que podem ser tiradas da cabeça de uma pessoa, ao estilo do sai agora em nome de jesus! Não! Eles são reconstruções mentais, boas ou ruins de como as coisas eram, que são moldadas, por conseguinte, de como as coisas são agora.  Então o que devemos trazer a memória?

Conforme citado em Lamentações 3:21, devemos trazer à memória o que nos dá esperança, mas é preciso deixarmos de lado todo o negativismo, focando nas promessas   contidas na Palavra   de Deus e que Ele não se esquece de nós, pois nós estamos registrados na sua memória eterna.

Pessoalmente, Tento  ser grato pelo fato de minhas faculdades mentais - ela não é brilhante ou alegre a maior parte do tempo – de não serem afetadas pela falta de memoria. Também estou aprendendo a esperar, a ser paciente com quem deixa de fazer algumas coisas prometidas, mesmo que eu pudesse lembrá-las. e que eu consiga, ser capaz de transmitir aos que estão ao meu redor o prazer em ter Deus por perto, e ser capaz, de alguma forma, fazer por elas o que Ele faz por mim, abnegando e incansavelmente praticando a arte de ajudar o próximo apenas no que for suficiente para que todos tenham boas memória e algum senso de independência no que e como escolheremos lembrar, de quem somos do que das experiências teremos.

Enfim, que o perdão real não permita que reescrevamos as memórias que causaram danos a nós mesmos.

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tom caet