ESTRUTURA
DE PERSONALIDADE
A personalidade para Jung é uma
estrutura extremamente complexa. Além de nela existirem inúmeros componentes -
é incontável o número dos possíveis arquétipos e complexos, além do que também
as interações entre estes componentes são intrincadas e intimamente ligadas.
Mas também um indivíduo que raciocina jamais considerou a personalidade como uma
estrutura simples. Os conceitos estruturais de Jung tentam ordenar o que parece
ser um conglomerado de estados mentais e de ações humanas.
A psique não é uma coisa estável
e fixa como ma pedra ou uma árvore, as quais podem se descritas de uma vez por
todas, todavia um sistema dinâmico em constante transformação.
I-Psique
A psique abrange todos os
pensamentos, sentimentos e comportamento, tanto os conscientes como os
inconscientes. Funciona como um guia que regula e adapta o indivíduo ao
ambiente social e físico. A Psicologia não é biologia nem fisiologia, nem
qualquer outra ciência: é apenas este conhecimento da psique.
A psique compõe-se de numerosos
sistemas e níveis diversificados, porém interatuantes. Podem-se distinguir três
níveis na psique, são eles:
Consciência:
É a única parte da mente
conhecida diretamente pelo indivíduo. Essa possibilidade de conhecimento cresce
diariamente por força da aplicação das quatro funções mentais (pensamento,
sentimento, sensação e intuição).
Além dessas funções, existem duas
atitudes que determinam a orientação da mente consciente (extroversão e
introversão)
EGO: Refere-se à organização da mente
consciente; e que se compõe de percepções conscientes, de recordações,
pensamentos e sentimentos. O ego fornece à personalidade identidade e
continuidade.
Inconsciente pessoal:
É contíguo ao ego. É o receptáculo que contém
todas as atividades psíquicas e os conteúdos que não se harmonizam com a
individuação ou função consciente. Os conteúdos do inconsciente pessoal, de
modo geral, têm facial acesso à consciência quando surge tal necessidade.
Uma característica muito
interessante e relevante do inconsciente pessoal é a possibilidade de reunião
de conteúdos para formar um aglomerado ou constelação (COMPLEXOS)
Inconsciente coletivo:
A mente, por intermédio de seu
correspondente físico, o cérebro, herda as características que determinam de
que maneira uma pessoa reagirá às experiências de vida, chegando até a
determinar que tipos de experiência terá. A mente do homem é pré-figurada pela
evolução. Desta maneira, o indivíduo está preso ao passado, não somente ao
passado de sua infância, mas também, o que é ainda mais importante, ao passado
da espécie, e, antes disso, à longa cadeia da evolução orgânica. Esta colocação
da psique dentro do processo evolutivo constituiu a suprema realização de Jung.
Os conteúdos do inconsciente
coletivo são universais e, estimulam um padrão pré-formado de comportamento
pessoal que o indivíduo seguirá desde o dia de seu nascimento.
Os conteúdos do inconsciente
coletivo denominam-se ARQUÉTIPOS. A palavra arquétipo significa um modelo
original que conforma outras coisas do mesmo tipo.
PERSONA;
ANIMA E ANIMUS;
SOMBRA:
O EU.
A
DINÂMICA DA PERSONALIDADE
Psique como um sistema
relativamente fechado, recebendo constantemente influência de forças externas.
Energia Psíquica:
Jung também usou a palavra libido
para designar esta forma de energia, mas será preciso, todavia, não a confundir
com a definição freudiana de libido. Jung não restringia a libido à energia
sexual, como fazia Freud. Na verdade, esta aí uma das diferenças essenciais
entre as terias. A libido em seu estado natural é apetite, segundo Jung: Os
apetites da fome, da sede e do sexo, assim como, as emoções. A libido
manifesta-se de modo consciente através dos esforços, do desejo e da
determinação.
A distribuição da energia
psíquica pelas estruturas da psique, depende de dois princípios básicos,
extraídos da física:
Princípio da equivalência:
Esse princípio afirma que, ao se
verificar uma transferência de energia psíquica de um elemento ou estrutura da
psique para outro elemento ou estrutura, o valor da energia mantém-se a mesma.
A energia psíquica não pode desaparecer; pode ser somada à psique pelas
experiências, mas dela não pode ser subtraída.
Princípio da entropia:
A energia tende a passa de um
componente de alo valor para outro de valor mais baixo até que os dois valores
se igualem.
A libido pode fluir em duas
direções: tanto progressivamente, visando à uma adaptação às situações
externas, como regressivamente, para ativar o material inconsciente. A energia
instintiva pode ser desviada para uma nova atividade quando se assemelha à
atividade instintiva (CANALIZAÇÃO)
DESENVOLVIMENTO
DA PERSONALIDADE
No desenvolvimento da
personalidade entretecem-se duas correntes: a INDIVIDUAÇÃO das diversas
estruturas que compõem a totalidade da psique e da INTEGRAÇÃO destas estruturas
num todo unificado (o eu). Estes processos de crescimento são influenciados
tanto positivamente como negativamente por certo número de condições nelas
incluída (Hereditariedade), as experiências da criança com os pais, a educação,
a religião, a sociedade e a idade. Opera-se uma mudança radical no
desenvolvimento durante a maturidade. Essa mudança constitui uma transição das
adaptações ao mundo exterior para as adaptações ao próprio interior.
Infância:
Este estágio tem início com o
nascimento e dura a é a puberdade ou maturidade sexual. Por ocasião do
nascimento e durante vários anos, virtualmente não existem problemas para a
criança. Os problemas requerem um ego consciente, coisa que a criança muito
nova não tem. Existe pouca organização de suas percepções.
Juventude:
Iniciado por alterações
fisiológicas ocorridas durante a puberdade. A psique começa então a adquirir a
forma própria. A evolução psíquica torna-se aparente quando os adolescentes se
afirmam com muita força e excitação.
Meia-Idade:
A tarefa central desse período
consiste em centrar de novo a existência em torno de um novo conjunto de
valores.
Velhice:
É o período da idade muito
avançada, e que pouco interessa a Jung. Sob um aspecto, a velhice assemelha-se
á infância; a pessoa submerge ao inconsciente e não vacila em considerar o
problema de uma via futura que assoma à consciência; o indivíduo idoso mergulha
no inconsciente e finalmente nele se dissolve.
