30/09/2023

Amai-vos uns aos outros, como EU vos amei

 

Amai-vos uns aos outros, como EU vos amei



A Bíblia ensina que amar é um dos maiores mandamentos de Deus. temos a seguinte passagem de João (4.20) como uma das provas:

"Se alguém diz: eu amo a Deus, porém odiar a seu irmão, é mentiroso, pois quem não ama seu irmão, a quem vê, não pode amar a Deus, a quem não vê".

Observe que esse poderoso amor que vem de Deus até nós, agora precisa ser compartilhado com próximo, entenda:

 "Porque tive fome, e destes-me de comer; tive sede, e destes-me de beber; era estrangeiro, e hospedastes-me; estava nu, e vestistes-me; adoeci, e visitastes-me; estive na prisão, e foste me ver. Então os justos lhe responderam, dizendo: Senhor, quando te vimos com fome, e te demos de comer? ou com sede, e te demos de beber? E quando te vimos estrangeiro, e te hospedamos? ou nu, e te vestimos? E quando te vimos enfermo, ou na prisão, e fomos ver-te? E, respondendo, lhes dirá: Em verdade vos digo que quando o fizestes a um destes meus pequeninos irmãos, a mim o fizestes. (Mt 25.35-40). Sendo assim, vemos em Lucas 17.20-21 a seguinte passagem de Cristo: “o Reino de Deus está dentro de vós”.

Infelizmente, também vemos muitos ditos cristãos atolados no misticismo filosófico. Teológico e cinético, e poucos no Espirito de discernimento. Ou seja, a maioria diz ser conhecedores, sábios ouvintes e que falam eloquentemente com Deus. Amém! Mas é de qualquer modo?

 ....  se Deus fala a qualquer um e de qualquer modo com eles, porque quando o problema é com o corpo e com a mente, sentimos uma sensação concreta de que eles estão em colapso espiritual?

Parto do pressuposto que eles ignoram o real sentido dos 2 Mandamentos dados por Jesus; sim, são 2 mandamentos que Jesus - em substituição aos 10 Mandamentos de Moisés - nos deu que São:

“Amarás o Senhor teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma, e de todo o teu espírito (Dt 6.5)”; Amem-se uns aos outros. Como EU (Jesus) os amei, vocês devem amar-se uns aos outros." João 13:34.   Será que suas vidas   estão ou são realmente pautadas na ética do Amor?

Na verdade, o verdadeiro cristão vive num amor triplo que ocorre simultaneamente. Ou seja, ama a Deus, ao mesmo tempo ao próximo e a si mesmo.  Pera aí!

Isto quer dizer que a pessoa deve aprender a se valorizar, se respeitar e se aceitar para, então, poder valorizar, respeitar e aceitar o outro?

Simmmmmmm.

Como cristão missionário e capelão psicoterapeuta, tenho dito que todo conselho bom deve fazer eco a quem tem bom senso. Mas que a nossa crença cristã não deixe de mostrar a todos que somos feitos de carne e osso, porém, à imagem de Deus. E que usemos cautelosamente a palavra, pois ela tem poder.

Acontece que, infelizmente, também ouço da boca do pseudocristão, muitas vezes, e de maneira sutil, “rótulos” que distinguem certas coisas, deficiências, transtornos, cargos, ministérios, pessoas e religiões.... Tal rotulagem tem se tornado algo complicado nas igrejas e principalmente nas redes sociais, quando lidamos com tipos diferentes de pessoas.

Por exemplo, vemos muitos a citar versos bíblicos, mas que curtem vídeos ou seguem pessoas que desumanizam as outras chamando-as pelas suas respectivas doenças ou transtornos. Por exemplo, quem tem autismo como autista ou “esquizofrênica” quem sofre de esquizofrenia. Isso causa-nos a impressão de que querem reduzi-las ao seu transtorno e não a sua potencialidade, capacidade e/ou espiritualidade. 

Como crentes, temos que a prender que rotular o próximo dá poder a uma sociedade servida de marcadores identitários que muitas vezes são usados por uma política sociocultural satanista e preconceituosamente diabólica. Embora alguns dirão:

... “mas eu como cristão, é claro que não rotulo e de forma alguma, tenho preconceito...”.  

Vou tentar exemplificar que rotula sim. Explico:

Em primeiro lugar, a maioria de nós, os crentes, já sofremos de várias formas com os xingamentos, bullying nas escolas, nas redes sociais, entre outros modos, algo facilmente reconhecidos. Fora aqueles rótulos mais sutis que predominam explicita e implicitamente o preconceito dentro das próprias igrejas, algo incompatível com a Ética Cristã.

Em segundo lugar, quando o crente traz em si alguma deficiência, rotula os outros geralmente quando sentem pena, daí as tratam como se eles só sofressem.... Obs.: já que temos que usar da piedade, da caridade, que não seja de forma subjugadora. Pois, “subjugar o outro a inferioridade contraria o amor de Jesus – que não sentia pena, apenas agia com compaixão, solidariedade, ajuda, cuidado e principalmente, servia ao próximo.

Em terceiro lugar, se quisermos ser cristãos verdadeiros, devemos agir como Cristo e abolir esse mal comportamento de rotular as “deficiências” do outro. Devemos parar de sentir pena, imitar ou olhar a estereotipia motora das mãos, dos braços, do grito, ou reclamar de uma simples birra. Devemos por fim a essas atitudes, pois dão o sentido de reprovação e não de ajuda, acolhimento ou aceitação.

Enfim, em grande parte, muitas deficiências e transtornos, vem de uma invariabilidade genética, que são fundamentais para a sobrevivência de qualquer espécie. A variabilidade, a diferenciação, a diversidade são, portanto, essenciais à VIDA humana e não uma maldição ou castigo espiritual como muitos pensam acerca de uma deficiência.  Pelo contrário, perguntaram a Jesus   em João 9:2-3: “... quem pecou, este ou seus pais, para que nascesse cego? Respondeu Jesus: Nem ele pecou nem seus pais; mas foi para que nele se manifestem as obras de Deus.”

Cabe-nos entender que as nossas limitações são temporárias.  Os deficientes serão curados:

Então os olhos dos cegos serão abertos, e os ouvidos dos surdos se desimpedirão. Então o coxo saltará como o cervo, e a língua do mudo cantará de alegria; porque águas arrebentarão no deserto e ribeiros no ermo.” Isaías 35:5-6:

Em suma, consideremos que o rótulo e o preconceito se dão pela exclusão dos portadores de deficiência ou transtornos nos devidos espaços públicos tais como parques, cinemas e, principalmente, das igrejas. Certamente, considerem também que esses espaços não estão preparados para as receberem, acolhe-las. Ressalto que não estou falando dos pastores e obviamente de toda a comunidade que as compõe são inaptos ou omissos. Falo da estrutura física do local, do tipo da acústica, do corrimão, da falta de cadeiras para obesos, das rampas, dos banheiros, do estacionamento... Então?

Vamos continuar a fingir que vivemos uma “santidade” com pratica baseada somente nos próprios olhares? Ou vamos considerar e espalhar os verdadeiros valores cristãos e pôr em práticas os ensinamentos oriundos de cristo?

 Reflita!

  

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