24/05/2011

MOMENTOS


Há momentos em que a  vida muda constantemente. Num segundo encontro com pessoas importantes. Noutro instante a perco. Encontro alguém que procuro a vida toda, às vezes acho e a perco para sempre e outras encontro para reconquistá-las. A mudança na vida é assim: boa ou ruim. Porque faz parte da vida querer mudar com alegria: na atitude, no pensamento, no emprego. E com sofrimento mudar: de relacionamento, de país, de amigos e até de casa.
O que fazer com estas mudanças? Naturalmente isso terá que nos fornecer bom ânimo para viver. Concorda?

DESFRUTANDO DA MUDANÇA

Querer mudar para mim de certo modo era ter algo melhor. Mesmo que isso implicasse em mais de uma mudança. Uma era controlar o meu desejo. A outra era aceitar que a vida passava breve. Já que a morte é um acontecimento - ela é um momento. Que não deixa a gente levar nada, e ainda nos faz deixar algo. Algo como: memórias e lembranças. Porque a memória de morto tem prazo de validade.
"A vida é como o tempo: só sabemos que já foi ou esperamos que venha. A mudança é um fato. Utilize!!"
A VIDA NÃO É UMA ESCOLA...
A vida vive sem a escola e a escola vive sem essa vida?
Nunca pensei conforme os Artigos e Estatutos, em que todos têm direito a alguma coisa, sempre visei o pleno desenvolvimento da minha pessoa, cujo objetivo era fazer com que eu aprendesse a ter um futuro melhor, e assim construir uma família mais justa e digna para se conviver. Não falava de algo que me complementasse o meu dia a dia, isso não era muito agradável. Os princípios eram pra trazer benefícios pessoais. Sem transferência, nada que implicasse numa troca de deveres e cooperação. Quero falar da vida e da minha fé.
A fé que cumpre as regras dessa escola (vida) sem divergências. A parceria requeria uma tomada de consciência com base na minha experiência vivida, experimentada. Tinha muito pensamento intelectual cheio de temas teóricos e abstratos. Aproveitei para dar um basta nessas conversas que chamam atenção só para problemas: a falta de dinheiro, a péssima educação, as doenças, as drogas e blá, blá, blá. Isso não me proporcionava nenhuma parceria. Pelo contrário, me afastava, porque quando conversavam - alguns paralelamente, falavam, parecendo querer empurrar uma culpa para alguém ou para mim. Ambos acabavam discutindo ou falando de sentimentos, de ansiedade, de vergonha e incapacidade. Afinal: quem é especialista da vida? Muitos entendem de filosofia da vida, didática da vida, sociologia da vida e de fé? Entendem?
A minha vida não podia ser transferida para ninguém. Essa obrigação não cabia a nenhum cidadão qualificado ou civilizado. Apesar de atualmente nas escolas, em casa, nas igrejas, ainda não sabemos como fazer para que as pessoas sejam disciplinadas, mas Deus sabe. Ainda bem! É essa a resposta.

PARCERIA NÃO É TRANSFERÊNCIA.

O meu maior desafio agora é restaurar os valores da minha vida. A internet, a tevê, o livro, o estudo que deveria ajudar, desvia, mas...
O mundo com esse contraste constante de transformação – que não é evolução ou crescimento. Vem causando consequências maléficas incontáveis. Sobretudo essa tecnologia, vem dando ao homem a sensação de independência de Deus. Por si só o ser humano já é vaidoso, individualista e materialista. E estes são os sinônimos que considero leve, porém, importantes para perder os valores familiares. A autoconfiança de alguns - “Dizendo-se sábios, tornaram-se loucos” (Rm 1.22). Acham-se no direito de inventar valores que deturpam a moral e a ética, cuja prioridade é o prazer em detrimento do que é certo para ele mesmo. Ser seu próprio deus. Isso só confirma a inexistência de ateu.
Hoje já podem transformar espécies geneticamente, criar seu próprio sistema ético-moral. “E em decorrência disso estão entregue as sensualidades, desonrando seus corpos, e às paixões infames” (Rm 1.24,25-26). Esses sofrimentos, e todo o mal que assola a humanidade é fruto da amizade com o mundo. Arrumaram inimizade com Deus.
As famílias sofrem as consequências dessa decadência generalizada. Tivemos o diluvio, Sodoma e Gomorra, eles viviam como se não tivessem que prestar contas a Deus. Lembra-se do resultado?
Como naquela época, qualquer família hoje é desafiada a concordar com essa postura. Por exemplo? Casal homossexual e pais solteiros. Acredito que muitos deles até preservam os valores morais, éticos. A saber: todos tem a missão de transformar o mundo com valores humanos, mas e os espirituais revelados pela bíblia?
A bíblia existe para resgatar esses valores perdidos, e nessa condição cumprir o propósito de Deus – o amor. Estamos aqui para cumprir não para criar.

PERDER É GANHO.

Certamente você já perdeu algo. Eu também já fiquei muito alegre quando achei o que tinha perdido. Mas aprendeu, consertou, restabeleceu os seus cuidados? Ou vai continuar a perder as coisas?
O importante aqui não é o que se perdeu ou onde se perdeu. O perigo foi o meu ou o nosso descuido. O produto você recupera, mas os seus valores e responsabilidades serão questionados o tempo todo.
Provavelmente foi num desses momentos de distração que perdi. Não importa como aconteceu. Os valores da vida são assim, se perdem por falta de cuidado e atenção. Outro exemplo: uma família destruída por falta de atenção: falta de atenção leva a infidelidade, que leva a imoralidades, que leva ao divórcio, que abala o emocional, que gera rebeldia dos filhos, que chegam as drogas... Enfim. Isso é normal pra quem?
Distrair com qualquer coisa é achar que nada irá interferir na sua vida. O trabalho faz diminuir o tempo; a TV assume o papel de ensinar caráter e valores aos filhos; consome tudo em excesso e futilidades... E ainda absorve a ideia de que “isso não tem nada a ver”
Se se identificar com alguma coisa acima, não se sinta culpado. Culpe a sua própria geração, é bem mais fácil. Essa geração sem disciplina e de uma vida muito sofrida. A mesma geração que seus avós deram aos seus pais, onde os mesmos vão educar os seus filhos de qualquer maneira ou de um modo qualquer, sabendo que a autoridade é duvidosa. Esta geração é o reflexo dos erros familiares passados, inclusive erro de pais que se sentem culpados por ficar trabalhando fora o dia inteiro. Nos problemas, eles ao invés de resolver, pensam sempre em quem errou. Cada um acaba transferindo para o outro a responsabilidade de se educar. É sempre assim: O pai traz o alimento para sua família e descansa, a mulher prepara o alimento e descansa. Isso não mudou. Apesar de tanta transformação, essa cultura está registrada e dificilmente vai transformar. A família não se altera. Essa instituição é necessária para uma conscientização onde todos se sintam envolvidos a prosseguir na vida.
A sociedade inteira é responsável pelo reconhecimento e pela educação moral desta e de uma nova geração. O descobrimento da fé para mim foi assim: o começo de uma luta contra o meu orgulho. Fechando a porta de entrada de tudo que não prestava e atrapalhava a minha vida familiar e pessoal. Deixar a hipocrisia. Devia assumir os preconceitos a favor da Palavra de Deus, mas discriminava. Eu tinha medo de assumir o evangelho. E continuava acreditando que o bem não é o mal, o certo não é o errado, a justiça não é a injustiça e a verdade é sim absoluta , a mentira que é subjetiva, pois pode ser omitida. Procurava ficar longe dos maldosos, invejosos, mas era muito difícil até mesmo reconhecer que era assim.
As pessoas devem apagar de verdade as coisas (erros) que não servem para nada. Quem tem simpatia pelo errado está errando. Pecado não se tolera, se limpa! Depois de fazer essa “limpeza”, ajude outros a fazerem o mesmo. Conscientize- as com tolerância que todos podem mudar. Assim sua vida, ficará também limpa!

“A IGREJA, NÃO É CADEIA!"

Na casa da minha sobrinha Magá li um texto do escritor Içami Tiba, que achei muito interessante:
1. A educação não pode ser delegada à escola. Aluno é transitório. Filho é para sempre.
2. O quarto não é lugar para fazer criança cumprir castigo. Não se pode castigar com internet, som, tv, etc...
3. Educar significa punir as condutas derivadas de um comportamento errôneo. Queimou índio pataxó, a pena (condenação judicial) deve ser passar o dia todo em hospital de queimados.
4. É preciso confrontar o que o filho conta com a verdade real. Se falar que professor o xingou, tem que ir até a escola e ouvir o outro lado, além das testemunhas.
5. Informação é diferente de conhecimento. O ato de conhecer vem após o ato de ser informado de alguma coisa. Não são todos que conhecem. Conhecer camisinha e não usar significa que não se tem o conhecimento da prevenção que a camisinha proporciona.
6. A autoridade deve ser compartilhada entre os pais. Ambos devem mandar. Não podem sucumbir aos desejos da criança. Criança não quer comer? A mãe não pode alimentá-la. A criança deve aguardar até a próxima refeição que a família fará. A criança não pode alterar as regras da casa. A mãe NÃO PODE interferir nas regras ditadas pelo pai (e nas punições também) e vice-versa. Se o pai determinar que não haverá um passeio, a mãe não pode interferir. Tem que respeitar sob pena de criar um delinquente.
7. Em casa que tem comida, criança não morre de fome. Se ela quiser comer, saberá a hora. E é o adulto quem tem que dizer QUAL É A HORA de se comer e o que comer.
8. A criança deve ser capaz de explicar aos pais a matéria que estudou e na qual será testada.Não pode simplesmente repetir, decorado. Tem que entender.
9. É preciso transmitir aos filhos a ideia de que temos de produzir o máximo que podemos. Isto porque na vida não podemos aceitar a média exigida pelo colégio: não podemos dar 70% de nós, ou seja, não podemos tirar 7,0.
10. As drogas e a gravidez indesejada estão em alta porque os adolescentes estão em busca de prazer. E o prazer é inconsequente.
11. A gravidez é um sucesso biológico e um fracasso sob o ponto de vista sexual.
12. Maconha não produz efeito só quando é utilizada. Quem está são, mas é dependente, agride a mãe para poder sair de casa, para fazer uso da droga. A mãe deve, então, virar as costas e não aceitar as agressões. Não pode ficar discutindo e tentando dissuadi-lo da ideia. Tem que dizer que não conversará com ele e pronto. Deve 'abandoná-lo'.
13. A mãe é incompetente para 'abandonar' o filho. Se soubesse fazê-lo, o filho a respeitaria. Como sabe que a mãe está sempre ali, não a respeita.
14. Se o pai ficar nervoso porque o filho aprontou alguma coisa, não deve alterar a voz. Deve dizer que está nervoso e, por isso, não quer discussão até ficar calmo. A calmaria, deve o pai dizer, virá em 2, 3, 4 dias. Enquanto isso, o videogame, as saídas, a balada, ficarão suspensas, até ele se acalmar e aplicar o devido castigo.
15. Se o filho não aprendeu ganhando, tem que aprender perdendo.
16. Não pode prometer presente pelo sucesso que é sua obrigação. Tirar nota boa é obrigação. Não xingar avós é obrigação. Ser polido é obrigação. Passar no vestibular é obrigação. Se ganhou o carro após o vestibular, ele o perderá se for mal na faculdade.
17. Quem educa filho é pai e mãe. Avós não podem interferir na educação do neto, de maneira alguma. Jamais. Não é cabível palpite. Nunca.
18. Muitas são desequilibradas ou mesmo loucas. Devem ser tratadas. (palavras dele).
19. Se a mãe engolir sapos do filho, ele pensará que a sociedade terá que engolir também.
20. Videogames são um perigo: os pais têm que explicar como é a realidade, mostrar que na vida real não existem 'vidas', e sim uma única vida. Não dá para morrer e reencarnar. Não dá para apostar tudo, apertar o botão e zerar a dívida.
21. Professor tem que ser líder. Inspirar liderança. Não pode apenas bater cartão.
22. Pais e mães não pode se valer do filho por uma inabilidade que eles tenham. 'Filho, digite isso aqui pra mim porque não sei lidar com o computador'. Pais têm que saber usar o Skype, pois no mundo em que a ligação é gratuita pelo Skype, é inconcebível pagarem para falar com o filho que mora longe.
23. O erro mais frequente na educação do filho é colocá-lo no topo da casa. O filho não pode ser a razão de viver de um casal. O filho é um dos elementos. O casal tem que deixá-lo, no máximo, no mesmo nível que eles. A sociedade pagará o preço quando alguém é educado achando-se o centro do universo.
24. Filhos drogados são aqueles que sempre estiveram no topo da família.
25. Cair na conversa do filho é criar um marginal. Filho não pode dar palpite em coisa de adulto. Se ele quiser opinar sobre qual deve ser a geladeira, terá que mostrar qual é o consumo (KWh) da que ele indicar. Se quiser dizer como deve ser a nova casa, tem que dizer quanto isso (seus supostos luxos) incrementará o gasto final.
26. Dinheiro 'a rodo' para o filho é prejudicial. Mesmo que os pais o tenham, precisam controlar e ensinar a gastar.

Chaplain Caetan

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