24/05/2011

devocional

Dois representantes de uma grande fábrica de sapatos do Rio Grande do Sul foram enviados à África para pesquisar a respeito da abertura de uma nova fábrica naquele país. Depois de 6 meses de pesquisas e estudos telefonaram dando o parecer:
o primeiro ligou de manhã: este projeto não vai dar certo, pois o pessoal daqui só usa sandálias e chinelos.
o segundo ligou à tarde eufórico: Pode trazer tudo que vai dar certo, pois até o momento o pessoal não tem sapato: só usa sandália e chinelo.




A fumaça cinzenta chegando perto. Com náuseas, você advinha os degraus, correndo tropegamente. Alguns lances de escada antes e o forro despencara, quase atingindo sua cabeça. Ao fundo, gritos desesperados, quiçá de vizinhos condenados pelas chamas famintas.
Mas ele surge.
O chapéu engraçado e a roupa vermelha não parecem deixar dúvidas. “Suba nas minhas costas, vou tirá-lo daqui e levá-lo a um lugar segundo”, anuncia o bombeiro com voz de urgência.
“Espere um momento”, você interrompe. “Não vamos sair daqui antes que eu obtenha algumas respostas”. O bombeiro coça a cabeça. Esse tipo de situação não constava no manual de treinamento. Ele se aproxima para salvá-lo, julgando ter diante de si alguém sem juízo. “Nem pense nisto!”, é sua veemente advertência.
Talvez alguma coisa no tom de sua voz seja forte o suficiente para convencê-lo. Ou talvez sua abordagem seja tão original que o seu salvador resolva escutar.
“Bem, amigo. Você está realmente certo de que precisamos sair do prédio? Quero dizer, tudo bem, um incêndio está acontecendo, mas ele não pode parar assim como começou – repentinamente? Outra coisa: quem me garante que lá fora seja um lugar seguro? Você trouxe fotos da parte externa do prédio?”
Pela fisionomia, pode-se ver a confusão no rosto do bombeiro – ele simplesmente se encolhe indiferente às perguntas, surpreso com o local escolhido para fazê-las. Antes que o oficial retome a palavra, você prossegue: “Outra coisa: quem é você? Em que lugar fez seu treinamento? Sempre pensou nesta carreira? Ser bombeiro dá tanto dinheiro como ser analista de sistemas?”
Eu sei. A situação toda é sem cabimento. A emergência cala nossa curiosidade, não é? Qualquer pessoa curiosa teria, ao menos, o bom senso de esperar sair do perigo para fazer perguntas. Ninguém interromperia o próprio resgate para submeter seu salvador a um questionário fora de lugar.
Pelo menos, na vida comum.

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tom caet