1. Mantenha a calma.
2. Tenha em mente a seguinte ordem de segurança quando você estiver prestando socorro: você é a prioridade (o socorrista). Depois a sua equipe (incluindo os transeuntes). E por último e nem menos importante, a vítima. Isso parece ser contraditório a primeira vista, mas tem o intuito básico de não gerar novas vítimas.
3. Ao prestar socorro, é fundamental ligar ao atendimento pré-hospitalar de imediato ao chegar ao local do acidente. Podemos por exemplo discar 3 números: 112.
4. Sempre verifique se há riscos no local, para você e sua equipe, antes de agir no acidente.
5. Mantenha sempre o bom senso.
6. Mantenha o espírito de liderança, pedindo ajuda e afastando os curiosos.
7. Distribua tarefas, assim os transeuntes que poderiam atrapalhar ajudá-lo-ão e sentir-se-ão mais úteis.
8. Evite manobras intempestivas (realizadas de forma imprudente, com pressa).
9. Em caso de múltiplas vítimas dê preferência àquelas que correm maior risco de vida como, por exemplo, vítimas em parada cardiorrespiratória ou que estejam sangrando muito.
10. Seja socorrista e não herói (lembre-se do 2o mandamento).
Quando devemos prestar socorro?
Sempre que a vítima não esteja em condições de cuidar de si própria.
Quais são as primeiras atitudes?
Geralmente os acidentes são formados de vários fatores e é comum quem os presencia, ou quem chega ao acidente logo que este aconteceu, deparar com cenas de sofrimento, nervosismo, pânico, pessoas inconscientes e outras situações que exigem providências imediatas.
Quando não estivermos sozinhos, devemos pedir e aceitar a colaboração de outras pessoas, sempre se deixando liderar pela pessoa que apresentar maior conhecimento e experiência.
Se essa pessoa de maior experiência e conhecimento for você, solicite a ajuda das demais pessoas, com calma e firmeza, demonstrando a cada uma o que deve ser feito, de forma rápida e precisa.
Apesar da gravidade da situação devemos agir com calma, evitando o pânico.
Situações vitais
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Que fazer em caso de acidente • Dominar rapidamente a situação e prevenir perigos mortais. • Afastar os feridos dos locais onde estes possam correr perigo (ex. estradas, fogo). Quando não fôr estritamente necessário nunca se deverá mover um ferido! • Em caso de acidente de viação deve-se colocar o triângulo de sinalização num local bem visível e usar o colete de sinalização. • Caso haja necessidade de chamar uma ambulãncia deverá mandar-se um terceiro. Nunca se deve deixar um ferido sózinho. • Devem verificar-se o tipo e importância das lesões, controlar o pulso e a respiração do ferido. • Os feridos graves deverão ser cuidados de acordo os princípios explicados em baixo. A - Paragem respiratória - desobstruir vias respiratórias, praticar respiração artificial. B - Hemorragias - colocar o ferido numa posição correcta; aplicar atadura que impeça a hemorragia. C - Estado de choque - tomar medidas preventivas: alívio da dor; repouso; protecção do frio. Na maioria das situações, excepto nos casos de suspeita de fractura da coluna vertebral ou do pescoço, deverá colocar a vítima na posição lateral de segurança (PLS).
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A respiração é a troca de gases dos pulmões com o meio exterior, que tem como objetivo a absorção do oxigênio e eliminação do gás carbônico.
FREQÜÊNCIA - crianças - 30 a 40 movimentos respiratórios/minuto
adulto - 14 a 20 movimentos respiratórios/minuto
ALTERAÇÕES DA RESPIRAÇÃO
Dispnénia: é a respiração difícil, trabalhosa ou curta. É sintoma comum de várias doenças pulmonares e cardíacas; pode ser súbita ou lenta e gradativa.
Ortopnéia: é a incapacidade de respirar facilmente, exceto na posição
ereta.
Taquipnéia : respiração rápida, acima dos valores da normalidade, freqüentemente pouco profunda.
Bradipnéia : respiração lenta, abaixo da normalidade.
Apnéia: ausência da respiração
MATERIAL
Relógio com ponteiro de segundos
Papel e caneta para anotações
TÉCNICA
Lavar as mãos
Orientar o paciente quanto ao exame
Não deixar o paciente perceber que estão sendo contados os movimentos
Contagem pelo período de 1 minuto
Lavar as mãos no término
Generalidades sobre primeiros socorros
Os primeiros socorros consistem em alguns procedimentos, os quais limitam os estragos dos tecidos. Estragos esses, tanto devido a acidentes como a doenças. Através de primeiros socorros, tenta-se que as condições normais das células se mantenham, por forma a evitar-se uma maior danificação dos tecidos.
A danificação de tecidos pode ocorrer localmente, por exemplo, uma queimadura na pele ou um braço partido. Ou pode ser geral, por exemplo, uma queimadura muito extensa ou um grave ataque de asma. Uma pequena danificação de tecidos pode cicatrizar ou deixar uma pequena marca, enquanto que uma grande extensão de tecidos danificados poderá conduzir à morte. Uma paragem cardíaca é um exemplo de uma situação em que tecidos muito importantes, nomeadamente os tecidos do cérebro, são destruídos em poucos minutos, a não ser que sejam prestados de imediato e correctamente os primeiros socorros.
A danificação de tecidos pode ocorrer localmente, por exemplo, uma queimadura na pele ou um braço partido. Ou pode ser geral, por exemplo, uma queimadura muito extensa ou um grave ataque de asma. Uma pequena danificação de tecidos pode cicatrizar ou deixar uma pequena marca, enquanto que uma grande extensão de tecidos danificados poderá conduzir à morte. Uma paragem cardíaca é um exemplo de uma situação em que tecidos muito importantes, nomeadamente os tecidos do cérebro, são destruídos em poucos minutos, a não ser que sejam prestados de imediato e correctamente os primeiros socorros.
Nos primeiros socorros devem-se assegurar duas coisas:
1. Prevenir mais lesões
2. Assegurar que sangue oxigenado circule com a pressão normal.
Primeiros Socorros - Paragem cardíaca
Obtenha uma ideia geral do estado de consciência, respiração e circulação sanguínea.
Consciência
A consciência pode encontrar-se em quatro estados:
- O primeiro é o normal, em que o paciente está totalmente acordado, lúcido e orientado.
- No segundo estado, a consciência está ligeiramente afectada, mas o paciente responde à voz.
- No terceiro estado, o paciente está mais confuso, mas reage à voz e/ou movimento para evitar a estimulação dolorosa, por exemplo beliscar a ponta da orelha ou dar um murro numa costela.
- No quarto estado, o paciente encontra-se numa inconsciência profunda e não reage a estimulações dolorosas.
Níveis de consciência:
1. Acordado
2. Reage à voz
3. Reage à dor
4. Não tem reacção.
Respiração
A respiração normal, num estado de repouso, é de 12 a 15 respirações por minuto. A frequência da respiração aumenta com o exercício físico, com perturbações emocionais ou em casos de doenças onde o corpo fica com falta de oxigénio, por exemplo com a perda de sangue, febres altas, envenenamento e doenças dos pulmões.
O nível de respiração pode ser superficial, normal ou profunda.
A respiração pode ser fácil ou difícil. Isto pode ser verificado olhando para o paciente e vendo se tem dificuldade em respirar. Se o respirar é ruidoso e os músculos do pescoço/garganta se contraem, tornando-se visíveis com a respiração, é porque a respiração é difícil.
O nível de respiração pode ser superficial, normal ou profunda.
A respiração pode ser fácil ou difícil. Isto pode ser verificado olhando para o paciente e vendo se tem dificuldade em respirar. Se o respirar é ruidoso e os músculos do pescoço/garganta se contraem, tornando-se visíveis com a respiração, é porque a respiração é difícil.
Verifique a respiração1. frequência2. profundidade3. dificuldade/facilidade
No caso do paciente se encontrar no estado de consciência dois ou três, coloque-o, se achar necessário, na posição de recuperação.
- Verifique se o paciente respira
No caso do paciente se encontrar no estado de consciência quatro, continue a verificar a respiração, colocando a sua face próxima da boca do paciente e uma mão sobre o peito. Nesta posição poderá sentir a respiração quer na sua face quer na sua mão, e ainda verificar se o peito se move.
- Está o paciente a respirar?
Evite a passagem de vómitos para os pulmões do paciente. Se possível, coloque-o na posição de recuperação. Se a posição de recuperação não for possível, ele pode ser colocado com o ventre para baixo e com a cabeça para o lado. Verifique se a passagem de ar é mantida desobstruída.
- Posição de recuperação
- O paciente não respira?
Dobre o pescoço do paciente para abrir passagem do ar. Abra a boca do paciente e verifique se existe algum corpo estranho, por exemplo um vómito, o qual deve ser retirado por sucção (ou com os seus dedos). Verifique outra vez se o paciente está a respirar.
- Agora está a respirar?
Coloque o paciente na posição de recuperação.
-Respiração artificial boca-nariz só é utilizada em ultimos casos em afogamentos
- Ventilação usando uma máscara
- Limpe as entradas de ar: com uma mão por baixo do maxilar do paciente e a outra na testa, puxe o maxilar inferior para a frente e o pescoço para trás. Verifique se o paciente está a respirar olhando para o peito e ouvindo o nariz ou a boca.
- Posição de desobstrução das vias respiratórias - A máscara é colocada em torno da boca e nariz, com o polegar e o indicador na máscara e os outros três dedos na maxila. Dê oxigénio através do saco de ventilação.
- Segure o saco de ventilação com a sua coxa e dê oxigénio apertando o saco bruscamente com a sua mão livre. Verifique que o peito aumenta de volume.
- Dê oxigénio uma vez em cada 4 segundos, correspondendo a 15-16 vezes por minuto.
Circulação sanguínea
Uma ideia geral da circulação sanguínea pode ser obtida, medindo a frequência cardíaca e a pressão sanguínea (tensão), registando a resposta capilar, a temperatura e a cor da pele.
- Circulação sanguínea:
1. Pulsação
2. Pressão sanguínea
3. Resposta capilar
4. Cor da pele
- Medição da pulsação
O ritmo cardíaco, em repouso, encontra-se normalmente entre os 60 e os 80 batimentos por minuto. O ritmo cardíaco depende da idade, do sexo e das condições. O ritmo cardíaco aumenta com a actividade física, com excitações emocionais e em casos de doenças onde o corpo sente falta de oxigénio, por exemplo perda de sangue, febres elevadas, envenenamentos e doenças dos pulmões. Durante a febre, a pulsação aumenta aproximadamente de 10 a 15 batimentos por cada grau de temperatura.
A forma mais simples para retirar a pulsação é no pulso ou no pescoço. Sinta, com as pontas do dedo indicador e do médio, o ritmo cardíaco. Conte o número de batimentos durante 15 segundos e calcule o número de batimentos por minuto multiplicando por quatro.
A pulsação é encontrada no pulso da seguinte forma: vire para cima a parte de baixo do pulso por forma a que o polegar aponte para fora do corpo. A artéria encontra-se perto da base do polegar, aproximadamente 2 a 3 cm acima do pulso e cerca de 1 a 1-1/2 cm do exterior do braço.
A pulsação é encontrada no pescoço da seguinte forma: incline o pescoço do paciente para trás, na posição em que as vias respiratórias se encontram abertas, e vire um pouco o nariz para o lado, para o outro lado donde vai medir a pulsação. Deixe o seu indicador e dedo do meio deslizar da "Maçã de Adão" em direcção ao maior músculo cervical inclinado. O pulso pode ser sentido imediatamente antes do músculo cervical.
- Pressão sanguínea
A pressão sanguínea é medida em duas pressões e em mm de mercúrio (=mg Hg): a mais alta, a pressão sistólica, é normalmente 100 + idade. A mais baixa, a pressão diastólica, é cerca de 60-80 mm Hg.
Verifique se a braçadeira está sem ar e se a válvula de borracha está completamente fechada. Vire o braço esquerdo do paciente para cima. Procure a pulsação arterial na parte de dentro do cotovelo. Mantenha os dedos nesse local. Coloque a braçadeira no braço superior cerca de 2 cm acima da dobra do cotovelo. Encha a braçadeira até deixar de sentir a pulsação.
Coloque o estetoscópio com a membrana na artéria no ponto onde sentiu a pulsação. Verifique se o braço está esticado. Lentamente, liberte o ar da braçadeira e oiça cuidadosamente. Quando ouvir a pulsação, obtém a pressão sistólica. Continue a libertação do ar e oiça cuidadosamente. Quando a pulsação desaparece, obtém a pressão diastólica.
- Resposta Capilar
Pressione e liberte a pele, uma unha ou um lábio. Se a circulação for normal, a pele/unha/lábio ficará branca quando pressionada e cor-de-rosa quando libertada.
Se a área ficar branca, vermelha ou azul violeta é sinal que a corrente sanguínea é pobre ou parou.
- A pele
A cor é normalmente cor-de-rosa, mas pode tornar-se branca/pálida ou azul violeta, e pode ser facilmente vista nos lábios ou unhas.
o Branca/pálida: o sangue não chega à pele.
o Azul violeta: o sangue encontra-se parado nos capilares e o oxigénio está a libertar-se. A temperatura da pele pode sentir-se anormalmente fria ou anormalmente quente.
o Pele fria: o sangue está a sair da pele e a entrar em órgãos essenciais.
o Pele quente: a pele está a receber grandes quantidades de sangue.
Tipicamente, as paragens cardíacas começam com a pessoa a cair sem vida. Em investigações feitas a pessoas sem vida, não é encontrada qualquer reacção a estimulações dolorosas, não há respiração, não há pulso, não há resposta capilar e a pele é pálida.
Mais raramente, paragens cardíacas podem aparecer de um modo diferente. Nunca há pulso, mas pode haver pequenos ataques, como convulsões e respiração difícil. Os lábios, as unhas e a pele podem tornar-se azul violeta.
Organização da ressuscitação
Vá buscar o móvel de ressuscitação com oxigénio, sacos de ventilação, máscaras, aparelhos de sucção, seringas, agulhas e ampolas de atropina e adrenalina. É aconselhável que estejam presentes 3 pessoas, as quais se possam ajudar mutuamente:
- Organização da ressuscitação
- Uma pessoa comanda, dá massagens cardíacas e conta em voz alta.
- Uma outra pessoa toma conta da respiração.
- A outra comunica com o médico, dá as drogas, toma nota da hora do início do tratamento e das drogas a ministrar.
Tratamento da Paragem Cardíaca
Quando tiver a certeza do diagnóstico, deverá começar o tratamento:
-Comece dando 5 respirações artificiais
- Comece dando 5 respirações artificiais e verificando se a respiração espontânea se iniciou.- Sinta o ponto de pressão
- Sinta a ponta do esterno (ponto de pressão)..- Dar dois murros fortes
- Dê dois murros fortes com a parte lateral do pulso no ponto de pressão. Verifique se agora existe pulso.- Colocação das mãos
- Pressione com os seus braços esticados e verticalmente. A palma de uma mão apoia-se na metade inferior do esterno, ficando os dedos livres. A outra mão é colocada sobre a primeira.- Pressão das mãos no esterno inferior
- Pressione com força suficiente por forma a que o esterno inferior se mova para baixo cerca de 5 cm.
- Pressione cinco vezes. Dê então uma respiração artificial. Tenha cuidado para não se apoiar sobre o peito enquanto é dado o ar.
- A massagem é dada com um ritmo de 100 vezes por minuto.
- A pessoa que dá a massagem conta de alto:
"1,2,3,4,5, - insuflar"
"1,2,3,4,5, - insuflar"
- Verifique o pulso nos intervalos.
Se estiver sozinho, deverão ser dadas séries de 15 massagens e duas respirações.