01/07/2011

AS NORMALIDADES DA POLÍTICA

AS NORMALIDADES DA POLÍTICA

  Para a política viver é morrer de descuido e de descaso... Infelizmente a esse fato alegamos as calamidades. Os nossos pensamentos nos levam a um abismo que não chegará ao fim...
Para o povo as normalidades se tornaram uma doença. Doença pública que pelo voto só se pode escolher o Barrabás. O homem que salva uma vida em situação de por a sua própria em risco deveria ser um herói; enquanto os que vivem todos os dias salvando vidas, são apenas pessoas pagas para isso. Que mundo imundo!
Para o político, poder é ter domínio sobre outros...
Para o povo, poder, antes de tudo, é controlar a si mesmo.
Para o político, a inveja dá a eles incentivo para quererem crescer. E que ninguém o inveje, mas imite –o. Segundo eles mesmos.
Para o povo, por exemplo, o que move um homem político é o poder, ele está feliz em ser quem é poderoso.
A política diz que odeia a mentira, mas não odeia com mais ódio aqueles sobre os quais são impostas as certezas de serem “eles” os promotores da mentira.
Para o povo quem não diz a verdade e não aceita a mudança é covarde.
Para a política aquele que discorda e não aceita um desafio é tolo...
Para o povo, nunca se deve aceitar desafios de outros, mas apenas andar segundo sua própria convicção.
Para o político, ele foi eleito por causa dessa convicção.
Para o povo, entretanto, ele é comum e não sabe se vai dar segundo o que prometeu. Para o político, ele advoga seguindo a sabedoria da vida: a Lei do poder, da força do dinheiro e dos projéteis...
Para o povo, ele está anestesiado pelo sucesso, prisioneiro e escravo do sucesso. O sucesso do povo é se libertar dessa escravidão e desse político. A comunidade deseja o bem comum sem ideologias, objetivos ou cronogramas de alcance de alvos materiais. Ela deseja um político sem dono humano aparente, mas que controla todas as nossas decisões, dando-nos a liberdade de escolher e ser feliz na terra onde nascemos e crescemos...
Chaplain Caetan

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tom caet