18/11/2012

“Próximo... é o que usa de misericórdia” (Lc 10,36-37)


Irmãos,

Como sabemos o evangelho não nos responde a tudo de forma acadêmica, e sim relata histórias como contada a uma criança, só que sem necessidade de explicações.  Se Jesus era criticado e acusado injustamente qualquer relato que façamos, seja uma exortação moral do anúncio do Reino de Deus, ou da volta de Cristo para buscar-nos, aos olhos de alguns “chatologos” é falta de estudo ou fantasia...

Em missões em determinados lugares e igrejas [templos], sempre vejo alguns desses homens se referindo a Deus, cheios de razão e certeza, expressando um amor falso, traidor, como criadores de heresias e tumultos principalmente quando apresentam textos segundo o seu próprio ensino e entendimento. 
Sem qualquer compromisso ao princípio que rege o amor ao próximo, ou seja, Jesus Cristo.

Ao tentar demonstrar que a misericórdia não é mais um atributo divino, mas sim a própria maneira [capacidade] de eles ensinarem o caminho a Deus, muitos se esquecem da manifestação da ternura de Deus conosco: Jesus Cristo. O único caminho.    

Jesus revela o coração misericordioso de Deus (Lc 1,78) todo o tempo quanto ao seu modo de agir e estar. Jesus dá-nos a medida exata do modo de ser e reagir: as tentações no deserto (Mt 4,1-12) por exemplo.
Jesus é grande e santo porque ama a todos sem exceção e de todos quer compadecer.

Jesus sente o que uma mãe sente pelo filho que tem no seu ventre. Ele é comovido quando um filho regressa aos braços do Pai.
Jesus viveu estando próximo dos sofridos, para lhes mostrar que eles têm um lugar especial no coração de Deus.

Jesus é a origem da permanente busca da dignidade humana. Sempre haverá solidão. Dores. Necessidade material, e infelizmente a falta de amor ao próximo.

 Se sua ação [morte na cruz] não significou o fim da fome e da miséria no mundo, ao menos, foi o primeiro a fazê-lo deixando a esperança no fim de tudo nas mãos Dele. Porque todo sofrimento tem fim, apesar de requerer atenção e consolação de todos. Por isso Deus tem permitido a miséria humana, como um convite para que sejamos misericordiosos uns para com os outros. Onde a piedade constitui uma parte essencial da mensagem Dele.

Estando certo ou errados, Jesus não excluía ninguém. Conversava com as prostitutas e os publicanos (Lc 7,34), e muitos se sentiam bem junto d’Ele, porque percebiam que ali havia um novo caminho para Deus: eles sentiam-se amados e perdoados mesmo antes de pedirem perdão. Hoje pedem: dinheiro, fama, reconhecimento, mas esse é outro caso...

Ao meu entender, sendo bom com o próximo, o Espirito Santo habita nos corações de quem atua assim.  Contudo, podemos perguntar: E quem é o meu próximo? 

Próximo é aquele a quem manifestamos o amor através da compaixão. Alegrando com os que se alegram e chorando com os que choram (Romanos 12.15). Isso é o que a palavra de Deus nos diz. Portanto, o amor único, não é casual, mas uma indicação de Deus pra saber a quem devemos amar: ...amarás o teu próximo como a ti mesmo... O que fará ultrapassar todas as barreiras denominacionais. Deus está do seu lado e luta pela sua causa.

Recomendo aos doutores da palavra que junte ao seu saber o fazer (Lc 10,28.37), pois quem ama não escolhe, faz-se próximo.

Quem não pode se juntar a obra ao menos colabora.


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tom caet