Irmãos,
Hoje passei uma peleja desagradável. Queimei a mão, e de recompensa recebi um jovem pentecostal que me perguntou absurdos em decorrência do seu próprio entendimento. A pior de todas foi ele ter perguntado se eu acreditava em salvação. Pode? A que ponto se está tirando da palavra de Deus o ensinamento de que a salvação está em ultimo plano na vida de um cristão?
Vejo muitos que carregam questões onde Deus não definiu uma única maneira de ver, entender ou agir, por isso, eles desrespeitam as decisões e entendimentos dos outros. Em 2 Tessalonicenses 1:8, Paulo disse que Jesus punirá eternamente aqueles que "não conhecem a Deus" e aqueles "que não obedecem ao evangelho de nosso Senhor Jesus". Portanto, a ignorância não pode ser a nossa defesa.
Aprendi que o Evangelho não ofende ninguém porque ele ensina. Que ele não humilha porque valoriza e não agride, pois pacifica. Paulo ensinou os irmãos a tolerarem as diferenças de consciência e ensinar as doutrinas bíblicas sem insistir em defender alguma liberdade não essencial ou pessoal. Tem sido muito triste ver irmãos usando a palavra de Deus para ofender, humilhar, agredir... Lamentavelmente, alguns estão julgando a espiritualidade do outro, baseado em sua santidade e conhecimento. E neste contexto a santidade e uniformidade cristã não é uma das exigências para a salvação. E devemos parar de usar textos bíblicos para justificar a conivência no pecado, e devemos abandonar as questões de opinião pessoais para não ferir a consciência de um irmão. Devemos lembrar que esse irmão também é um servo de Deus e, como tal, será julgado por Deus.
Se pudermos tolerar as diferenças em questões de liberdade pessoal, deixaremos de fazer as coisas do nosso próprio jeito e assim não julgaremos os outros com base nas nossas próprias opiniões ou experiências. A evidência no reino de Deus não está na liberdade de fazer ou falar o que quer, e sim a de participar da justiça de Deus. Os irmãos que compreendem este fato deverão compreender a urgência do trabalho missionário. Deus é longânime para convosco, não querendo que nenhum pereça, senão que todos cheguem ao arrependimento.
Os que se julgam fortes devem acolher os fracos, mas não para discutir, mas para servir. Compartilhar e compadecer. Quando servimos ao próximo, agradamos ao Senhor. Desta maneira, promovemos a paz e a edificação. Se insistirmos em usar as “nossas liberdades”, sem considerar a experiência do irmão, estaríamos destruindo a obra de Deus. É melhor abrir mão de algum privilégio do que fazer um irmão tropeçar. Ah! Enquanto a queimadura, foi só respingo de óleo de fritura de um ovo, mas que doeu bastante...
Abraços fraternos,
amados do Senhor.
