16/11/2013

Epa, péra aí! Será que essa pessoa tem razão?



Estamos o tempo todo pensando de certo jeito e quase nunca vemos o outro lado da moeda. A Constituição diz que somos livres para manifestar nosso pensamento, mas é só apresentarmos um ponto de vista diferente que logo alguém grita: eu não concordo com você ou com isso... Mas até onde vai o limite de nossa discordância? Será que podemos ter o direito de escolher ser intrometido?

Engraçado como certas pessoas querem que as respeitem, mas não respeitam a ideia dos outros. Vivem discordando de algo que as pessoas dizem, uns por ignorância outros por pura intromissão.

Estamos tão acomodados a esse sistema social paranoico - onde tudo o que se diz pode ser retrucado e pode se usado contra você - que nem percebemos que estamos numa "via oposta" a liberdade de expressão. Será que discordamos pelo fato de não entender o limite dessa liberdade ou é apelação pra violência moral onde não queremos ficar por baixo?

Digo que devo perceber se em mim tal atitude vem interferindo e causando mal pra outras pessoas... Por Exemplo: Você tem o direto de discordar disso também, mas no momento em que fala que discorda sem ser solicitado para tal, você acaba declarando que não conhece a pessoa que convive e os seus motivos que a levaram a pensar diferente de você. Assim evite dizer não concordo, apenas espere o momento pra afirmar o seu ponto de vista, pois quem discorda aleatoriamente faz o outro crescer na sua convicção. Ou seja, dialogar com uma pessoa de opinião diferente da nossa nos faz crescer, porém, dialogar com quem concorda com tudo o que dizemos é mesmo que falar sozinho. Portanto, pare um pouco para analisar a última frase. Espere, ouça, pense mais um pouco! Senão nos tornamos reféns dos nossos próprios pensamentos.

Também analise cada tarefa, cada conversa que pratica com seus amigos. Não é porque estamos pensando na vida ou caminhando por ela que podemos decidir opinar em tudo ou mudar de opinião simplesmente por nada. Podemos sim acrescentar uma nova direção ou mudar uma situação, basta reconhecer que não sabemos tudo ou quase nada. Porque a nossa mente nos engana todo o tempo. Embora Paulo tenha retrucado Pedro [Gal. 14-16] publicamente, parece que ele agiu de tal modo porque estava profundamente preocupado exatamente com o princípio que Pedro parecia ignorar. Mas, quem é Pedro? Quem é Paulo? O que somos nós?

Não há nada melhor na vida do que aprender e não há nada melhor do ficar aberto pra entender que não sabemos nada. Se é que sabemos, então estamos à luz da ignorância nesse ponto, então estamos na mais miserável escuridão. Quem sou eu para considerar impuro um compa­nheiro crente justificado porque ele tem ponto de vista diferente? Temos de ouvi-lo no­vamente mas com os ouvidos espirituais. Pois a voz que veio do céu disse o que Deus purificou não conside­res comum (At 10:15).





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tom caet