29/05/2014

Entrar ou sair do poço?

Certa hora me vem à cabeça algumas palavras de ordem. Eu as coloco num papel e as vejo se transformar em reflexões. Uma palavra que falo, exprime o que sinto e penso, demonstrando exatamente como eu sou ou estou ou como eu quero que me conheça.

É evidente que todas as nossas ações geram consequências, inclusive, falar à verdade, que é melhor e o correto a ser feito. Dizem que “falar a verdade dói”, e por isso muitos não a aceitam e começam a perseguir, se afastar, ignorar, julgar quem fala.  Geralmente, age assim quem busca benefícios materiais, agitação, astúcia, fama e poder, a inquietude do saber, ao contrário dos demais que buscam a simplicidade da fé, dos dons, da graça.  E todos sabem que Deus criou o dom e junto a cada dom, uma missão. Cabe a nós escolher o seu próprio e não usa-lo ao bel prazer.  

Em missões, descobrimos que Deus nos dá uma sublime missão: Falar o que o povo sente. Faz-nos conhecedores das dores, da fome, da solidão, dos problemas crônicos... Também ensina-nos a ajudar o próximo a seguir em frente, esquecer o passado, mas principalmente a aceitar os fatos e continuar a viver mesmo entre as dificuldades e perdas e aprender a lhe dar com poço onde algumas pessoas são jogadas e outras retiradas dele.

Em relação aos dons, para alguns Ele deu o dom de escrever, a outros, deu uma voz abençoada; e ofereceu os demais dons que nos leve a presença uns dos outros... Para usarmos com o homem que tem sonhos, ideais e compromissos que os frustram. Cada um tem sua história, um cotidiano banal. E não sabe lhe dar com isso. Tem gente que não gosta, tem gente que gosta, tem quem fala mal do que nem viu, ou conhece ou protege quem não merece, enfim.

Por outro lado, quem critica, fala mal, ignora, estando certo ou errado, sempre reconhece o amor de alguém e desse amor se submete... E é aí que surge a oportunidade de apresentarmos a Verdade – Jesus pra elas. Portanto, podemos não ser dono da verdade, mas A temos. Podem recusar, nos impedir de falar, mas não de apresenta-La.

Devemos se cristãos nas coisas simples da terra, andar a pé, cuidar das plantas, dos animais, um dos outros. Deus criou o sol para o dia, à lua para a noite, a agua para matar a sede, a árvore e sua sombra, o vento para refrescar, o fruto para alimentar e a flor para mostrar que fez tudo em harmonia. Fez-nos para amar, sonhar, realizar. Pra que complicar tudo isso?

Quando estiver no poço, tente olhar para cima e veja o céu azul, a força de Deus. Ou olhe para baixo e veja uma terra sem esperança... Também pode olhar para si mesmo e tentar ver o próprio Cristo que foi crucificado pela incompreensão de muitos, mas que mesmo na cruz, no poço, na prisão, no quarto de hospital... Não deixou de olhar pro Pai, o único que nos tira de dentro de qualquer sofrimento desse mundo.

Às vezes não sabemos compreender os porquês de ter tido ou ido ao fundo do poço, nesse caso atentar aos exemplos de quem passou por ele:
Em primeiro lugar Somos humanos  e recebemos de Deus a propriedade que cabe só a nós decidir - o livre arbítrio, ou seja, as consequências das nossas atitudes seja ela ruim ou boa, é somente nossa. Estando no poço devemos tentar ou não sair dele por nós mesmos, o que não podemos é responsabilizar a Deus por não conseguirmos. Deus não tem nada a ver com a nossa desgraça. Ele fica neutro ante aos nossos erros e acertos.

Em segundo lugar, quem saiu do fundo poço, deve aprender com as lições dessa EXPERIÊNCIA: solidão, fé, decisão, compreensão e por aí vai...  Principalmente desacostumar da ingratidão, e parar de responsabilizar os outros por todas as coisas que nos acontece, seja bom ou ruim, mesmo sem entender as causas. Deus não nos pune pela atitude que tivemos, apenas permite que passemos pelas consequências, sem nos abandonar.

Em terceiro lugar devemos saber e entender como e quando estamos recebendo a ajuda Dele, Seu consolo. Se insistirmos em andar desequilibrados na fé, obviamente com as palavras e nossos pensamentos,  estaremos cultivando problemas. E nessa escolha de vida, viveremos de prazer momentâneo, num presente interminável de infelicidade e um futuro próspero ao desgosto lamentavelmente.


Como podem ver o poço não é exclusividade de ninguém, é pra todos que insistem viver em maldades, intolerâncias, contendas, invejas, falsidades entre outras atitudes diárias que praticamos, e Deus não tem nada  a ver com isso também. Enfim, ou teremos humildade pra reconhecer nossos limites e mudar ou teremos indisposição para realmente aceitar e compreender a pura e simples verdade, absoluta ou subjetiva que seja pra entender QUEM ESTÁ CERTO: se é quem diz a verdade ou se é quem não a ouve! Qual é você?

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tom caet