27/06/2014

Cheio de sal...



A nossa experiência de fé é constituída de sofrimento psicológico, prejuízos sociais e ocupacionais, de atitude crítica, de dúvidas sobre a realidade e incompatibilidade de ideias culturais ou religiosas entre outros, entretanto, ter uma experiência mística (espiritual) requer compreendê-la racionalemente, senão poderemos nos sentir desajustados em relação à nossa vida cotidiana. 

As místicas interpretações do Evangelho e o uso inadequado na aplicação dele nos eventos da própria vida espiritual, financeira, e saúde, infelizmente, vêm fazendo com que a Igreja do Senhor deixe de cumprir sua missão de sal e luz no mundo e se iguale as demais religiões que se baseiam nisso. Confundindo, iludindo, enganando.   Por causa disso, a saúde mental de um indivíduo cristão que implica num ego estruturado às suas relações sociais, familiares, afetivas e ocupacionais tem sido rechaçada e comparada a de um lunático, fanático religioso.   E a falta de compreensão, equilíbrio é confundida com sintomas psicóticos e dissociativos. Porém, os estágios dessa expe­riência dolorosa poderão ser superados à medida que o indivíduo adquira condições de autoconhecimento e aprenda a controlar a sua emoção.


A presença dessas condições sugere uma experiência espiritual não patológica, um controle emocional proposto na literatura bíblica, alcançado num consenso expressivo diferente das imposições de denominações místicas, ainda que muitos delas afirmem ter direções espirituais, teológicas e cientificas.


Enfim, qualquer misticismo religioso para obter bênçãos é invenção psicológica, humana, ainda que alguns tentem assegura-lo com argumentação tirada da palavra de Deus para defender sua crença, sempre os vemos deteriorando os valores morais e familiares, constantemente. As alucinações estão neles tal como a esquizofrenia, algo que se estende em maior ou menor grau e atinge toda a população “religiosa”, que também tem sido sabotada pelo transtorno psicológico de seus lideres... A palavra de Deus ensina que tudo que quereis que nos façam, façamos também, ou seja, em relação a minha Fé e crença, preciso respeitar para ter respeito. Portanto, o fato de "acharmos" alguma coisa a respeito de conhecimento bíblico não faz com que ele seja verdadeiro e para ser verdadeiro precisa ser fundamentado num dialogo (oração) e com causa estabelecida por Deus... Obviamente podemos afirmar com base em Fp 4:8 que o diálogo saudável obedece algumas recomendações: tudo o que é verdadeiro, tudo o que é respeitável, tudo o que é justo e tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se alguma virtude há e se algum louvor existe, seja isso que ocupe o vosso pensamento. Não nos esqueçamos das palavras de Jesus: Tende sal em vós mesmos e paz uns com os outros...  Portanto, deve ter sal em si mesmo e paz com os outros (Marcos 9.50) tendo sempre uma boa palavra “equilibrada”. Mas se for entendido como algo que extrapola nossa dimensão psicológica, isto é ilusão. Pessoas iludidas tendem a problemas mentais. Recebemos o Espírito como forma de conviver com a finitude da vida e não a conformidade dela. Se caso esteja inseguro acerca de sua condição mental em relação a sua fé pergunte a si mesmo: porque precisa, quem ajuda, aonde vai, quando termina, como acontece e pra que usar, ou procure um especialista. Ser espiritual é entender com racionalidade. 


Os critérios apresentados aqui são sugestivos para diferenciar uma experiência espiritual de uma condição de transtorno mental.  

fotos

tom caet