"tem gente que nem sabe que é..."
Muitas causas de doenças e outros
sofrimentos são para que nos tornemos cada vez mais, humildes, solidários… Deus
permite no nosso caminho algumas pedrinhas de tropeço, não para cairmos, mas para
nos posicionar melhor diante do mundo. Infelizmente, esquecemo-nos disso quando
deixamos a soberba da vida nos levar. Embora não exista ensino, sem aprendizado,
ainda há muitos se achando autossuficiente. Sabendo demais acerca de tudo, e
por isso, acreditam serem os donos da razão, mas na verdade o que fazem é uma
demonstração de que possuem pouca sabedoria. Tal atitude é representada como “soberba”,
mas tradicionalmente pra eles, ela é enaltecida como “autossuficiência”, uma virtude
cega. O excesso de soberba, autossuficiência, e, outros atributos nada
invejáveis aos olhos de Deus, não somam, pelo contrário, dividem…
Quando se é soberba, a pessoa está
sempre acima dos outros e nada deve a ninguém. Havendo, porém, casos mais
atípicos, aonde muitos chegam quase a raiar o desequilíbrio psíquico e precisamente
demonstram uma manifestação radical, ou seja, ainda que acreditem ou não em Deus,
nada pode contra o soberbo, porque ele pode tudo, sabe tudo, faz tudo e muito
mais!
O soberbo foge da crítica de
qualquer natureza e, perante o trabalho, a fé, o conhecimento alheio é descrente,
porém, é idolatra da “sua” verdade, da “sua” razão, do “seu” conceito, o “seu
conhecimento” do seu deus, e se reveste de falácias para refutar as críticas
alheias espontaneamente para desvalorizar o outro e sobrevaloriza-se.
O soberbo tem a mente impregnada de
ambição. Olhos voltados tão somente para as coisas terrenas - a riqueza, a fama...
Por esse motivo não consegue mais ver em seu caminho a totalidade de Deus. Pois
quem deseja possuir, quem deseja adquirir os bens terrenos, fica incapacitado
de entender e amar a Ele e Seus preceitos. Ele coloca Deus de lado e pauta sua
existência no “eu” sem Deus.
Sempre deparamos com alguém
dizendo essa palavra “eu”: Eu
vou; Eu acho; Eu penso, “eu
prefiro” eu gosto, eu quero… afinal, ansiar,
querer, poder entre outros desejos são próprios da natureza humana. Porque essa é a cultura do ego, ou seja,
uma tendência natural em seguir aquilo que se deseja e que se agrada. A soberba
escraviza em si mesmo e faz esquecer-se de Deus. Desse
modo muitos infelizmente têm sofrido. Por não verem os excessos em seus desejos
e se entregar fervorosamente na busca de obter o melhor “da” terra, causam mal
a si mesmo, ao próximo e a fé. Porque tudo o que há no mundo, o sensualismo
da carne, a concupiscência dos olhos e a soberba da vida, não são do Pai, mas
do mundo. 1 João 2.16
A soberba tem muitos filhos: orgulho, vaidade, vanglória, arrogância,
prepotência, presunção, autossuficiência, amor-próprio, exibicionismo,
egocentrismo, egolatria, etc. Portanto, quem se acha cheio de si mesmo, se
esquece de que tudo vem de Deus e é dom do alto, “Toda dádiva boa e todo dom perfeito vêm de cima: descem do Pai das
luzes” (Tg 1,17).
Também incide a soberba, fazer a
pessoa sentir-se como se fosse a fonte dos seus próprios bens
materiais e conhecimentos espirituais. Foi ela que levou os anjos a se
rebelarem contra Deus, e levou Adão e Eva à desobediência. A Bíblia em provérbios
diz que "O orgulho leva a pessoa à destruição, e a vaidade faz cair na
desgraça".
Como dito em provérbios, a
soberba precede a ruína e se configura num pecado terrível, pois afasta o homem
de Deus e invalida o sacrifício de Cristo. Todos somos pecadores frágeis. Criaturas,
sujeitas a frequentes desvios e quedas no caminho.
E você ainda permite Deus te
confrontar através de Sua Palavra, através de uma pessoa, através de uma
pregação?
A consequência de ensoberbecer
termina numa vida solitária. A soberba para
nós hoje, pode representar uma lepra espiritual. Se não queremos acabar mal, solitários
e espiritualmente leprosos, aprendamos com Deus. Ele nos ensina a perder a
soberba quando nos ensina a amar, respeitar uns aos outros em paz.
Numa ocasião, depois de ter
curado um paralítico, Jesus havia dito: “Veja que estás curado; não queiras
pecar mais”. Noutra, Jesus respondeu:
nem ele nem seus pais pecaram; mas foi para que se manifestassem nele as obras
de Deus (cfJo 9, 1-4). PENSE NISTO!
E a paz de Deus, para a qual também fostes
chamados em um corpo, domine em vossos corações; e sede agradecida. (Colossenses 3:15)
Reflitamos sobre nossa condição de
fé!