14/09/2014

O vencedor!


Todos nós recebemos graças, dons, talentos, e todos temos a responsabilidade de multiplicá-la entre os próximos. Mas ninguém deve controlar o campo emotivo dos outros, e nem acomodá-los aos interesses imediatistas da carne. Nem tampouco tentar padronizar as determinações de Deus a eles pelos nossos próprios decretos, lavrados à base de duvidosa autoridade... Muito menos impor ordens reparadoras, punitivas proveniente da angústia, da dor ou do fracasso...

Ser cristão é ser portador de grande coragem. Alguém ousado que desafia a autoridade, o poder, a sociedade. É alguém que se importa mais em defender o seu princípio de fé, do que a sua própria vida.  É quem ama e vai às últimas consequências, doa a vida, sacrifica sua posição social, renuncia o mundo, por Jesus. Portanto, um vencedor!

Hoje, no entendimento humano, infelizmente a palavra “vencer” tem sido usada como um mantra de julgamento positivo (só vitória), uma questão fundamental para o cristão moderno que está cheio de manias... Ainda que a própria natureza humana nos impulsione para as vitórias e para o crescimento continuamente, para esse tipo de crente, vale a pena vencer a qualquer custo.

E nesse mundo das ”vitórias” a qualquer custo, ele aparenta ter intimidade, santidade com Deus, só aparenta. Mas a coisa não é bem desse jeito, pois do que adianta vencer profissionalmente, ter sucesso, fama, riqueza e faltar amor?

Pra ser um vencedor sem amor, seria certamente uma vitória muito pequena, pobre…

Quem sempre quer vitória e acha que perder é ser menor na vida, perde a glória de chorar. Eu não quero ser um vencedor sempre, apenas quero levar a vida devagar… Pra não faltar amor do Pai.

O amor de Deus é infinito, eterno e misericordioso, e exigente! Pois pela sua justiça, ao que muito recebeu, muito será cobrado. Apesar da aparente simplicidade, as palavras Dele são duras, severas. Ou ainda não percebeu que os valores do mundo são coisas pequenas?
Então atendamos ao ide de Jesus: coloquemos os nossos objetivos a serviço do próximo. Mesmo que as nossas lutas sejam deferentes, e de não partilharmos os mesmos afazeres, ou não termos as mesmas aptidões, e não prestarmos o mesmo serviço...  
Sejamos fiéis doando o nosso pouco tempo a Deus! Disse-lhe seu senhor: - Muito bem, servo bom e fiel; já que foste fiel no pouco, eu te confiarei muito. Vem regozijar-te com teu senhor. (Mt 25,21)   


Só não coloquemo-nos acima nem abaixo de ninguém, mas ao lado. Pois os valores de Deus são grandiosos, e todos têm recebido cheios de amor incondicional, apesar de nem todos ainda se derem conta que já venceram. 

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tom caet