19/05/2016

Pessoas sinceras. Será mesmo?



Sabemos que a verdade de fato agrega um crescimento espiritual, e a sinceridade é sentida e como tal é humana e pessoal... E qual o sentido disso?  Mostrar Que a "a verdade doí", mas ensina... E que a sinceridade, bem, ela parece ser a alternativa correta para algumas pessoas. Todavia, não podemos deixar de ponderar acerca das consequências do uso inadequado da sinceridade e dos seus efeitos danosos...  A minha esperança é poder libera-las do diálogo interno entre o seu espírito e a autoacusação que não dá trégua, tirando o sono, a tranquilidade sempre aliviar os dramas de consciência que tanto torturam as essas pessoas... e não esqueçamos que ainda estamos na terra pra ajudar uns aos outros a sentirem bem.
Lamentavelmente estamos num mundo superficial cheios de preconceito e modinhas (caricatas por sinal) onde a maioria age por interesses próprios. Onde tem sido muito comum entre nós dizermos que "não somos obrigados a agradar ninguém". Mas como assim? A gente namora e casa, tem filhos, netos e amigos e não tem que agrada-los?
Pois bem, sempre ouvimos dizer que não somos obrigados a agradar ninguém, mas Infelizmente algumas pessoas ainda insistem em colocar sua prepotente razão acima do querer do outro, apenas porque está com vontade de falar o que vê , acha e quer. Falo das pessoas ditas sinceras - que acreditam que podem dizer e fazer tudo o que lhes passa na cabeça. Dá até medo de falar com elas, pois sempre tem algo de pesado pra chicotear nos nossos lombos. Essas pessoas não param de ofender e de magoar inclusive a elas mesmas.
Pra piorar, como convivemos num meio social nada democrático, ninguém está preparado para ouvir o que os outros têm a nos dizer... E o avanço tecnológico, a mídia, a tecnologia e as redes sociais trouxeram pras nossas mãos à pregação do valor às coisas transitórias, ou seja, bens materiais e aparência... Você pode até me acusar de arrogante, desrespeitoso e mal-educado ou sei lá o que mais... Por qual motivo? Porque não quero agir como quem se acha com o direito de só atender o que lhe interessa egoisticamente ou de falar tudo o que se pensa aleatoriamente, sem se preocupar como o outro irá receber tais palavras.   Mas com Quem está a razão? Com aquele que insiste em ser prepotente e egoísta nas suas opiniões? Ou quem se sente ofendido por não ser ouvido ou entendido e respeitado?
Na verdade ambos estão sendo egoístas, pois cada um quer ver suas vontades satisfeitas simplesmente.  Porém não basta só ter vontade de falar com sinceridade uns com os outros. É preciso saber se o outro tem vontade de ouvi-lo também. Talvez nem todos queiram ou deseje saber sua opinião acerca de alguém ou alguma coisa! E desrespeitar isso, nos torna: inconvenientes, agressivos e prepotentes.  E fica pior quando falamos coisas que os outros não estão preparados pra ouvir, por isso temos perdido certas amizades.
É preciso, portanto ter sempre cautela com o próximo e com o direito dele em recusar a nossa opinião. Se ninguém perguntou nada, não ha o menor sentido dizer o que pensamos sobre algo ou determinada atitude que não nos diz respeito, mesmo que tenhamos participação, conhecimento... Em alguns casos, o desrespeito costuma ser ainda maior quando implica a necessidade de ofender o outro por causa de seu conhecimento contrário ao nosso.
Procure sempre prestar atenção no outro para evitar agressões antes de expor suas opiniões. As pessoas que falam e fazem o que querem, sem se preocupar com a repercussão sobre o entendimento do outro, ou é egoísta ou tem um desejo de gratuito em magoar, nesse caso é um doente psicótico - alguém que comete o “sincericídio”. Onde muitos criticam simplesmente por malícia – Considerando que ao criticar esta tentando ajudar, mostrando soluções, e beneficio.
Pra alguns a verdade dói tanto a ponto de fazer com que se afastem de quem lhes apontam alguma crítica.  Ainda que goste da gente, isso não nos autoriza a nada! Por isso também preferiria afastar delas! Também podemos recusar as intenções delas conosco, ainda que elas queiram nos fazer críticas “construtivas”, ou venham nos oferecer o melhor negócio do mundo...
Em termos de Análise o sincericídio poderá se converter em uma reação depressiva, de intensidade variável de pessoa para pessoa cujas consequências podem ser imprevisíveis para a saúde mental. Assim: “ser ou não sincero todo o tempo?”, vale a seguinte ponderação: seja sensato. Ao invés de sair falando sinceramente por ai, seria mais conveniente se precaver para não mais cometer qualquer atentado à saúde do relacionamento, infelicitando-se e infelicitando ao próximo. Diante o risco de matar o próprio relacionamento, será válido este sincericídio?

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tom caet