20/11/2016

Amizades sem drogas


Uma das formas mais comuns de uma pessoa, principalmente adolescente, iniciar a experimentação de drogas é por influência de amigos e colegas que já estão fazendo uso delas. Isto não significa, no entanto, que para manter a amizade seja necessário adotar esses mesmos comportamentos, especialmente quando se tem conhecimento de que eles são perigosos.

Em todos os grupos sociais existem aqueles que tomam atitudes extremamente arriscadas e aqueles que decidem ter uma vida mais saudável. No caso do uso de drogas, este último grupo constitui a maioria. Assim, optar por não fazer uso de drogas significa estar de acordo com um número maior de companheiros e amigos.

É frequente que aqueles que estão experimentando drogas procurem exercer influência sobre os colegas, seja por estar percebendo apenas o lado prazeroso deste comportamento, sem se dar conta dos efeitos nocivos do mesmo, seja para aumentar seu grupo de cúmplices, diminuindo a possibilidade de serem criticados ou até denunciados para os adultos. 

Desta forma, é muito importante aprender a resistir. Em primeiro lugar percebendo que, se há algumas razões para seguir os usuários, como a amizade, o prazer que eles dizem sentir ou certo desejo de matar a curiosidade, existe um número muito maior de razões para não fazê-lo: ter uma mente lúcida e consciente, manter a confiança e o bem-estar da família, desenvolver uma vida saudável, apostar no futuro escolar e profissional, procurar um relacionamento aberto e gostoso com amigos e namorada (o), ter um bom desempenho esportivo, curtir música e seus hobbies favoritos, ser fiel a seus valores. Enfim, estar seguro de que é possível buscar desafios e obter prazer sem precisar recorrer à distorção da realidade por meio de substâncias que tornam o prazer artificial e passageiro.

Nem sempre é fácil conviver com amigos que estão usando drogas sem se sentir excluído. Há situações em que pode ser necessário se afastar para preservar a identidade, buscando outras pessoas com as quais se possa ser mais autêntico em relação às próprias decisões. Mas, se esta amizade é muito importante, pode-se pensar em inverter os papéis e tentar dar testemunho de que é possível ser alegre, criativo e sociável sem usar drogas. 

Muitas vezes pode ser útil planejar como agir em determinadas ocasiões, treinando mesmo, o que dizer e como agir quando a pressão se fizer presente.


Os usuários de drogas quando começam a se tornar dependentes perdem o interesse por outros assuntos, atividades ou amigos que não envolvam o consumo de substâncias. 

Neste caso, é necessário avaliar se vale a pena manter este relacionamento. As experiências mostram que críticas excessivas e sermões não são eficientes para que uma pessoa mude seus hábitos em relação às drogas. Se a intenção é ajudar os amigos a reverem seu comportamento, pode ser necessário recorrer a um adulto próximo ou a um especialista que possa dar uma orientação quanto ao que fazer. 

Acima de tudo, é importante perceber que ser amigo não significa fazer tudo da mesma maneira e que é preciso apegar-se às próprias crenças, envolver-se em atividades sociais prazerosas e ter autoconfiança e força de vontade para resistir ao assédio daqueles que pretende nos levar a assumir comportamentos que colocarão em risco nossa vida pessoal, familiar e social.

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tom caet