24/05/2017

Cabeça de melancia...





A ciência juntamente com a religião vem constituindo ao longo do tempo um valioso e indispensável instrumento para a compreensão do sujeito e da sociedade a qual ele se insere, mas às voltas desse improdutivo ambos têm fracassado no desafio de conciliar a vida carnal com as tantas exigências espirituais, e mesmo assim, ainda muitos procuram insistentemente na palavra a possibilidade de reconstruir sua história de ideias.

Em si, a Bíblia está adaptada aos anseios do homem e suas várias crenças. Até aí, tudo parece certo, só que a fé nela e a racionalidade humana são antagônicas e só prospera uma de cada vez no mesmo cérebro. A questão é:

De que adianta explicarmos, a essas almas confusas e influenciadas pela falácia científica que parecem estar mais fugindo de Deus do que o buscando, se as mesmas não querem crer?

Embora, não nos importa quem diga ser mais racional e que consiga enxergar as contradições, os erros e os absurdos existentes nas concepções religiosas... ou que digam que prefiram se apegar a uma causa, que gere conforto do que a verdade por mais fácil que pareça.

Pessoalmente o que vejo são pessoas, que veem Deus com certo medo, e levam a vida completamente alucinadas em busca de respostas para tudo... Será que elas não estão se privando dos prazeres mais simples que a vida nos deu que é tão comum?

Penso que a maioria das pessoas se esquecem que temos em comum uma única chance de viver e o que fazemos agora, será passado adiante as nossas futuras gerações. E declaro sem exagero, que todos devemos sentar, refletir, pesquisar, estudar e trabalhar em prol do nosso desenvolvimento lógico, já que fomos espiritualmente agraciados pelo espirito dentro do nosso pequeno e pouco-interessante corpo o que custa relaxar?

Espero que todos ao invés de empreender na caminhada rumo a objetivos capazes de suprir a sua carência espiritual racionalmente, prefiram se vincular a uma situação calcada fora da alienação carnal, e principalmente, que não sofram de psicose - “uma desordem íntima do sentimento, por assim dizer, e não viva em um universo não-compartilhado, individual, cheios de fracassos e de metáforas, alucinações e delírios, estes últimos caracterizando um grande desespero.

Certamente, a fé e a razão sempre vão ser objeto de conflitos, o que acontece é que algumas coisas nunca serão descobertas. Nosso conhecimento só vai até o ponto onde podemos suportar. E saber mais do que ocorre no mundo nos deixa transtornados e antissociais. Ainda que a essência (Verbo) de Deus permaneça a mesma desde a criação, sempre veremos alguns desses alienados científicos e religiosos tentando acrescentar outros elementos às demandas da nossa vida moderna e no esteio desses fatos, constatamos neles um misto de loucura e insegurança, fora os sintomas que surgem a cada dia com diferentes roupagens em seus comportamentos contraditórios...

Tanto o psicótico cientifico quanto o religioso, ao se deparar com um evento que solicite suas possibilidades estruturais, a razão, por exemplo, responde com o surto, ou muitas vezes, uma neurose... Pela mente neurótica de ambos somos severamente advertidos a acabar se envolvendo em eventos emocionais conflituosos, em cima disso procuramos organizar nossa vida em função do “poder e não poder”: “Não posso isso porque é errado... não posso aquilo porque alguém castiga...”, e estes impedimentos aumentam progressivamente e se tornam “leis” que regem nossa consciência, na verdade são normas do medo, que vem sendo atualizada a cada novo descoberta.  
       
Inclusive, para certas denominações religiosas, aparentemente, o seu sustento está somente no relato de fé e tal artifício acontece sob a forma de arrependimento e “tristemunhos” desprovidos de ideia subjetiva, ou seja, a maioria se converte sem passar por uma avaliação psicológica. De antemão, é notório ver em alguns casos, falo dos casos especiais sem generalizar..., que muitos desses “ex alguma coisa”, carregam um quadro psicótico quanto à sua estrutura emocional, segundo a sua expressiva e casuística perspectiva religiosa que ultrapassa significantemente o limite da criação divina e muitos agem com o intuito de preservar o artifício utilizado pelo sujeito que o induziu (líder) até então...

E nessa “amarra sintomática”, de permanecemos num rastro de ignorância na crença de saber ou fazer o que supostamente Deus quer, muitos dizem por aí que são os ungidos, e os demais são apenas pessoas normais, mas é bom lembrarmos a esses tais que na psicose, existe uma perda diagnosticável de contato com a realidade, e que suas ideias se aplica só às suas alucinações religiosas. Lembremos aos psicóticos cientistas, que também há um predomínio em nossas ações: são as experiências culturais e históricas vividas, que condicionaram o nosso cérebro a um estado específico de um ambiente imaginativo qualquer, o que facilita a criação das imagens presentes nas alucinações em geral...  Uma coisa é falar do que os outros viram, e ser for sua própria experiência devemos acreditar?

Acho que o que está faltando nas pessoas é a busca pela própria experiência com Deus. Obviamente, há um certo tempo para que tudo se encaixe e a pessoa possa responder aos estímulos certos:

Em primeiro lugar, só deveriam comentar sobre Deus, Jesus quem entende alguma coisa sobre a bíblia. Só que isso é muito pessoal e não é um assunto para entender simplesmente, quem já passou por tais experiencias não pode jamais descrever o real acontecido, pois é questão de sentir, apenas sentir. Só quem tem realmente fé, sabe disso!


Em segundo lugar, as pessoas veem coisas que não existem ou não deveriam existir o tempo todo, seja na sua fé ou nas suas drogas... essa é a pura verdade. Mas essa verdade não exclui o que pode haver de oculto ou ainda a ser descoberto no sobrenatural espiritual, ou na “sobrenatureza” cientifica… 

E enfim, moralmente  cabe a todos nós fazermos o que é certo sem se importar com o que é dito pelos outros e com a nossa obediência não devemos fazer o que nos é dito sem se importar com o que for certo e principalmente aprendamos a fazer o que nos é dito exclusivamente pela forma contrária ao nosso querer, mas de modo respeitoso, Seus Cabeças de melancia! 

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tom caet