Existia um rei muito rico, mas
era difícil saber o que era maior, se sua riqueza ou seu desapego das coisas
materiais. Certo dia um dos seus súditos perguntou-lhe qual era o segredo de
combinar tamanha riqueza com tanta simplicidade. O rei então ordenou a um
soldado que desse uma lamparina ao homem e o levasse à sala do tesouro. Disse
que era para deixá-lo olhar e tocar em tudo o que quisesse, mas, se a chama da
lamparina apagasse, deveria receber 10 açoites.
Duas horas depois o homem voltou
à presença do rei, que viu a lamparina ainda acesa. Perguntou então ao homem o
que achara de seus tesouros. Timidamente o homem respondeu que se preocupara
tanto em manter a chama acesa que nem prestara muita atenção aos tesouros. O
rei disse-lhe qual era seu segredo: “Fico tão ocupado em manter a chama da
minha alma acesa que nem reparo direito nessas coisas”.
Quando esteve entre nós o Mestre
disse que, enquanto aqui estivesse, Ele era a “Luz do mundo” (João 9:5), há
quase dois mil anos Ele voltou ao Céus e, para que o mundo não ficasse em
trevas, passou a nós a tarefa de ser a “luz do mundo”. Ordenou ainda que
deixássemos nossa luz brilhar e que a fizéssemos brilhar de tal modo que o Pai
fosse glorificado por nossas ações (Mateus 5:14 – 16).
Diariamente temos oportunidade de
fazer nossa luz brilhar, mas, se os cuidados da vida ocuparem o primeiro lugar
em nossa mente, deixaremos de iluminar os que nos rodeiam. O maior tesouro,
pelo qual devemos lutar, não é o ganho ou enriquecimento pessoal, mas a
salvação daqueles pelos quais Cristo morreu no Calvário. Resplandeça sua luz
diante dos homens.