15/04/2023

Filipenses, 2.14-15 Não morda a maçã!

 

Filipenses, 2.14-15 Não morda a maçã!



De modo geral todo crente tem uma perspectiva diferente das coisas terrenas. Por exemplo, a   psicologia humana, a maioria a vê cheia de artimanhas que ora nos induzem a uma qualificação profissional, e ora nos conduzem a enganos e obviamente, a incredulidade espiritual.

E como cristão e psicoterapeuta, enxergo nisso dois possíveis problemas:

Em primeiro lugar, crente ou não, não deve rotular os gestos, atitudes de alguém ou algo de cunho emocional (“gatilho psicológico”), agindo assim parece que está a transferir algo do seu próprio coração para um objeto externo como se isso fosse a chave que controla o emocional de alguém.  

Acontece que ao se usar essa conexão entre evento e emoção pode nos levar erroneamente a pensar nisso como uma causa. O que pode não ser justo e correto. 

Na verdade, pode ser apenas previsibilidade, ou seja, desenvolvemos certos hábitos mentais em resposta à dor e isso nos leva a condições emocionais previsíveis. Além do mais, o nosso desespero, causa a ansiedade ou ira e isso revela o quanto estamos nos esquecendo de Deus e desconsiderando Suas promessas.

Em segundo lugar, em vez de pensar  em “gatilhos”, não seria melhor o crente ou não, ouvir apenas as “queixas” ou “deixas” dos outros que em certas situações ou pessoas são visíveis como sinais, avisos e lembretes de aflição, angustia e desespero?

Enfim, "gatilho", esse vocabulário psicológico consiste em fazer engajar um neologismo de bem estar, autoestima e afins, impondo  certo Duplopensar ou duplipensar que é o ato de aceitar simultaneamente duas crenças mutuamente contraditórias como corretas, muitas vezes em contextos sociais distintos.

Ps.: geralmente esse "gatilho" (grifo meu) parece mascarar  algo que  descreve, diz  ou quer culpar alguém de coisas ruins que lhes acontece por causa do que ele disse, pensou ou postou. Mas até que ponto a culpa é sempre do outro?

Recomendo que antes de se utilizar da psicologia humana – que é benéfica e de suma importância – se utilize da minúscula credulidade mofada no seu subconsciente (fé), e foque-se em eliminar a autocomiseração e falta de amor ao próximo. Basicamente, quando uma pessoa deixa de sentir dó de si mesma, automaticamente ela passa a amar melhor, se preocupar e cuidar do próximo. Porque o amor por si mesmo (ego) diminui, o que nos revela a realidade das coisas ao redor.  E a bíblia recomenda que todos...:

” Façam tudo sem queixas nem discussões, para que venham a tornar-se puros e irrepreensíveis, filhos de Deus inculpáveis no meio de uma geração corrompida e depravada, na qual vocês brilham como estrelas no universo” (Filipenses, 2.14-15)

A bíblia também diz sobre como deve ser nosso trato com alguém.

Tratem a todos com o devido respeito: amem os irmãos, temam a Deus e honrem o rei.”
(1 Pedro, 2.17)

Com isso, eu digo que devemos nos importar em olhar e compreender as emoções dos outros, com zelo pelo bem emocional deles, ter empatia, sabe?

Entenda que é errado provocar as pessoas ou querer dizer a elas coisas meramente para constrange-las. Se puder, olhe menos para os próprios umbigos. Agora a “deixa” de Deus:

Alegrem-se com os que se alegram; chorem com os que choram.” (Romanos, 12.15)

...e não morda mais a  maça do engano!

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tom caet