O primeiro mandamento da racionalidade é: "Não dê sua opinião ou conselho, a não ser que lhe seja pedido."
Dizem que pessoas inteligentes discutem ideias. Pessoas medíocres discutem outras pessoas. Infelizmente, as últimas são mais numerosas.
De certo modo, todos temos a capacidade de opinar, ou seja, somos capazes de nos apoiar com próprios recursos intelectuais e referências EXTERNAS para poder manifestar nossos pontos de vistas acerca de qualquer coisa. Mas esse é um processo de socialização cuja limitação pode "enfraquecer" nossa autoapoio e assim ficarmos dependente ou se apoiando na do outro. Inclusive, esse comportamento de pedir ou dar opinião alheia está no bojo desse processo.
O bom de tudo é que não somos autossuficientes e ouvir opiniões alheias sem exacerbação pode ser muito bom em certos momentos.
Por outro lado, Provérbios 23:9 diz pra que não desperdicemos nossa sabedoria dando conselhos aos tolos porque eles não darão a menor importância ao que dissermos.
Mas mesmo assim há quem insista em dar opiniões e conselhos não solicitados porque pela sua fé e conhecimento, tudo se faz grandioso demais para ficarem calados. Mas será que realmente precisamos falar o que os outros precisam ouvir ou tudo é relevante e desnecessário ou qualquer opinião é sem importância?
Se for cuidar no sentido literal, sim. Precisamos falar o que sentimos com aqueles que temos afeição. E eles precisarão ouvir algo diretamente daqueles que querem o seu bem. Agora se o sentido for de falar mal para menosprezar as inseguranças e anestesiar as frustrações quanto aos fracassos das pessoas e assim nos fazer melhores do que ela, óbvio que não.
Embora ultimamente muitos tem usado seu instinto humano pra falar dos outros e pra pôr a culpa de algo..., falar mal ou criticar é histórico e considero isso como um assunto recorrente desde o início da civilização. Por exemplo, no [meu] ponto de vista bíblico entendo que Deus falou mal de Adão; que falou mal de Eva; que pariu Cain e que matou Abel que não falava mal de ninguém.
Também teve Moisés que falou mal dos governantes; que no deserto guiou um povo que também falava mal dos reis, imperadores e tiranos e depois de ter adorado um bezerro de ouro puro foi criticado por ele. Detalhe: Não vi ninguém falando mal do ouro puro. Também não vejo ninguém falar mal de diamantes, de dinheiro.... Afinal, a quem devemos o quê?
Realmente, todos podem falar mal dos vizinhos, criticar governantes inaptos, políticos corruptos, advogados vendidos, juízes deuses, empresários gananciosos, lucros abusivos, escravidão e até da incompreensão humana. Sim, podemos falar até de nós mesmos, e provavelmente por termos pouco a falar de si, preferimos falar mais dos outros. Enfim, criticamos tudo e todos todo o tempo...
Psicologicamente criticamos para exibir arrogantemente os nossos defeitos, tudo para sentimo-nos melhores, ou maiores, ou mais perfeitos. E Já que gostamos de falar mal de todos (sem exceções) é bom que saibamos que somos iguais e só conseguimos enxergar o que nos convém. Portanto, não a sua “critica” para se vingar da sua insegurança em ouvir a verdade, pois quem não aceita a ouvi-la é porque se sente bem com a mentira.
Resumidamente, há de fato, muitas pessoas que cuidam da vida alheia pra compensar as frustrações de suas vidas fúteis. Muitas delas até sabem que deveriam deixar de se meter, cuidar ou falar da vida dos outros, afinal podem acabar esquecendo de suas próprias vidas e quando notar a sua já tem passado, mas não fazem. Então, desinteressar em cuidar da vida alheia?
Não saberia lhe responder tão facilmente, mas diria que antes de cuidar da vida dos outros, deixe que Deus cuide da sua primeiro!